A confiança do empresariado do comércio melhora em agosto
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio Gaúcho (ICEC-RS), da CNC, registrou 99,4 pontos na edição de agosto de 2024. Esse resultado superou em 10,7% o do mês anterior. Na comparação com agosto de 2023, o indicador está 7,9% abaixo. O indicador ainda permanece 6,1% abaixo do nível pré-catástrofe climática. A pesquisa foi divulgada pela Fecomércio-RS.
Dentre as componentes do ICEC, o Índice de Situação Atual (ICAEC) atingiu os 78,4 pontos, o Índice de Expectativas (IEEC) 123,7 pontos e o de Investimento (IIEC) 96,2 pontos. Tanto as componentes quanto o índice ICEC interromperam nesta edição uma sequência de três quedas marginais consecutivas. Em nível, o ICEC ficou próximo da neutralidade (100,0 pontos) e ficou abaixo de patamares pré-cheias. Portanto, o aumento da confiança ocorreu, em boa medida, devido à base de comparação deprimida.
Contudo, há aspectos positivos a ressaltar. A avaliação das condições atuais (78,4 pontos), apesar de ser o indicador mais baixo em nível entre os três subindicadores, foi, nesta edição, o que apresentou a maior recuperação. O estímulo ao consumo foi impulsionado pelas doações, transferências de renda e pela necessidade, que entusiasmaram as vendas do varejo, especialmente em supermercados, lojas de móveis e eletrodomésticos, bem como material de construção.
Já as expectativas (123,7 pontos) seguem acima dos 100,0 pontos, mesmo apresentando recuperação menos expressiva nesse período pós-cheias. Neste indicador, fica mais evidente a cautela dos empresários uma vez que o último trimestre do ano tende a elevar as vendas do comércio em função das datas comemorativas. Ainda assim, os empresários seguem em um otimismo moderado.
Por fim, na percepção de investimentos (96,2 pontos), a pesquisa evidenciou movimentos importantes. A componente de contratação de funcionários superou novamente os 100 pontos (107,9 pontos). Dessa forma, os empresários se demonstram relativamente otimistas com o incremento do quadro de funcionários. Em contrapartida, a componente de investimentos tem tido uma evolução mais tímida e reflete a dificuldade da reestruturação do segmento após o impacto negativo da crise.
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