A autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR) abriu na terça-feira (12) uma embaixada na Rússia.
A embaixadora Olga Makeyeva e a ministra das Relações Exteriores Natalia Nikonorova disseram a jornalistas que diplomatas que representam o DPR apoiado pela Rússia já receberam “um grande número” de petições de cidadãos, com a intenção de resolver seus problemas, de acordo com uma reportagem do jornal russo Kommersant.
Donetsk fica na região de Donbass, no leste da Ucrânia, que sofreu uma pesada ofensiva russa nos últimos meses. Em uma medida denunciada pelo Ocidente e pela Ucrânia, a Rússia reconheceu a autoproclamada independência da RPD e da República Popular de Luhansk (LNR) – outra entidade separatista no Donbas – em 21 de fevereiro, três dias antes de a Rússia lançar sua invasão.
A abertura da embaixada em Moscou na terça-feira ocorreu sem a presença de figuras importantes do governo russo. “Não podemos comemorar aqui quando nossos compatriotas estão morrendo”, disse Makeyeva.
Os diplomatas também planejam “fornecer informações verdadeiras sobre os eventos na RPD” e aumentar o número de países que reconhecem sua independência, informou o Kommersant.
A Síria é o único país além da Rússia que reconhece oficialmente a RPD. De acordo com Nikonorova, as negociações de reconhecimento estão em andamento com a Coreia do Norte.
Makeeva disse que, além de trabalhar com os cidadãos, seus cerca de 20 funcionários também abordarão questões políticas.
“Temos que trabalhar com missões diplomáticas representadas em Moscou. Mas também teremos que transmitir informações verdadeiras sobre o que está acontecendo na República e, claro, implementar a política externa do DNR na Rússia”, disse Makeeva.
Por CNN