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Agronegócio

Alimento agroecológico: tendência na mesa dos brasileiros

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Uma forma de agricultura sustentável, de amor e respeito à terra

Segundo o site ecycle, a nomenclatura “agroecológico” é um conceito que foi desenvolvido pelo pesquisador Howard, em 1934. Porém, o termo ‘Agroecologia’ foi apropriado pelo pesquisador Lysenko, em 1950, passando a ser usado nos cursos de agronomia até 1964, devido ao acordo do MEC-Usaid, que o aboliu do ensino.

Isso causou várias reivindicações na época de 1960 a 1980, por práticas de agricultura sustentável. O termo agroecologia passou a ser utilizado para representar a agricultura que incorpora as dimensões sociais, culturais, éticas e ambientais, como fazia a agronomia antes do acordo MEC-Usaid, de acordo com o professor e engenheiro agrônomo Carlos Pinheiro Machado, em seu livro “Dialética da Agroecologia”.

O Roda de Cuia convidou a agricultora Cleonice Farikoski, residente da comunidade de Cerro Alegre, interior do município de Três Arroios, para explicar o que são os alimentos agroecológicos. A agricultora trabalha há 15 anos na produção de hortaliças agroecológicas.

Cleonice agricultora 1

RC – O que é o alimento agroecológico?

Cleonice – É o alimento que além de ser orgânico é um alimento produzido em parceria com o bem-estar humano e ambiental. O agricultor agroecológico é aquele que produz seu alimento em parceria com o meio ambiente, e não se preocupa apenas em gerar lucros.

RC – Qual a diferença entre um produto orgânico ou agroecológico?

Cleonice – O produto orgânico não deve ter nenhum tipo de agrotóxico ou componente químico, mas isso não garante que para produzir este alimento se tenha alguma responsabilidade social ou ambiental, hoje, em grandes fazendas muitas vezes é produzida de forma mecanizada. Enquanto que o alimento agroecológico além de ser orgânico é produzido pelo pequeno agricultor familiar, respeitando o meio ambiente. É a forma como produzimos alimentos aqui em nossa propriedade. Tratamos a terra como um ser vivo pois é dela que retiramos nosso alimento e sustento.

RC – Como é ser produtora e empreendedora de hortaliças agroecológicas?

Cleonice – Ser produtora é muito fácil, trabalho em parceria com o meio ambiente, respeito a natureza e ela em troca me proporciona lindas colheitas. Já sobre ser empreendedora é o que faz toda diferença. Gerencio meu negócio, amo o que eu faço e o mais importante: faço a diferença na vida das pessoas. Pois todo o alimento que sobra no final da feira é doado para pessoas carentes em Passo Fundo. Isso é o que dá sentido à minha vida, e ao meu trabalho.

RC – O que motivou você a trabalhar com hortaliças agroecológicos?

Cleonice – A motivação para produzir alimentos é que sempre tive uma conexão incrível com a terra e a natureza. E acredito que tudo o que precisamos vêm delas, não existe nada tão prazeroso quanto saber que o mesmo alimento limpo, produzido de forma sustentável, que vai para minha mesa, está também na mesa dos consumidores por um preço justo. Essa é minha motivação, e é isso que me faz feliz.

RC – As hortaliças possuem o selo que certifica o produto agroecológico. Como é feito este processo?

Cleonice – Elas possuem um certificado de produção orgânica. Além de serem orgânicos são agroecológicos, a certificação da propriedade é feita de forma participativa.

RC – O que é necessário fazer para trabalhar com este segmento?

Cleonice – Para trabalhar com alimentos agroecológicos é preciso em primeiro lugar amar essa atividade. Eu sei que nasci para isso, esse é meu propósito. A agroecologia é minha filosofia de vida. Em qualquer atividade é preciso gostar. Em segundo lugar procurar conhecer o assunto, ver as regras vigentes e buscar certificação.

Para finalizar, Cleonice Farikoski deixa uma mensagem aos leitores e leitoras: “Especialmente para as agricultoras mulheres, quero dizer que eu tive a oportunidade de conhecer uma grande mulher que me inspirou a nunca baixar a cabeça e desistir, que foi a Maristela Ferro, agricultora agroecológica assim como eu. Ela me mostrou que se queremos algo de fato vamos achar a forma de como alcançar. O medo atrapalha nossos sonhos, é preciso acreditar e ser forte”.

Regiane Ferreira

Jornalista

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