A premissa básica do controle biológico é controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitóides, e microrganismos, como fungos, vírus e bactérias, e substancias químicas naturais, como feromônios, hormônios reguladores de crescimento e enzimas.
Por que usar defensivos biológicos?
O controle biológico potencializa o combate a pragas e doenças e reduz custos nas lavouras, sendo um método de controle racional e sadio, que utiliza agentes naturais de controle biológico, que não deixam resíduos nos alimentos e são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população. Com isso, a adesão ao controle biológico representa uma estratégia inteligente e aliada à demanda mundial por alternativas de produção mais sustentáveis, sem perder a produtividade e qualidade dos alimentos.
UMA AGRICULTURA MODERNA E ECOLÓGICA
O Projeto Laranja do Futuro desenvolvido pelo sistema CECAFES, vem conduzindo a estratégia de produção orgânica de laranja, organizando os produtores, conduzindo a certificação dos pomares e prestando-lhes assistência técnica específica com o agrônomo Fredy Magrini, especializado em agroecologia.
A produção de laranja orgânica tem como objetivo melhorar a qualidade e a produtividade dos pomares a partir do uso de insumos biológicos, tanto para a recuperação e melhoria da fertilidade dos solos, quanto para o controle de pragas e doenças, melhorando a vida do produtor, preservando sua saúde e permitindo aumento de sua renda.
Além de contribuir com a preservação ambiental e a saúde dos consumidores, favorecendo toda a sociedade.
Controle Biológico como alternativa de controle de pragas
Segundo Luiz Ângelo Poletto, engenheiro agrônomo e assistente técnico da Emater/RS Regional Erechim, o controle biológico ainda não é usado com tanta intensidade, mas está em crescente uso. Sua utilização vem pela própria necessidade dos consumidores quererem alimentos mais naturais. Cita, por exemplo, os problemas causados pela cigarrinha, que é uma praga do milho e que está afetando muito a lavoura. “Nós temos tratamento preventivos a base de controle biológico, mesmo na lagarta do milho tem o inimigo natural que se pode utilizar em baixa escala e que também dá resultado”.
Poletto explica que o uso de defensivos agrícolas é prática disseminada entre os agricultores e gera grande comércio, mas acredita que a necessidade e os novos hábitos de consumo farão cada vez mais o próprio agricultor produzir alimentos mais saudáveis e utilizar o controle biológico ou produtos naturais.
“Uma coisa que acontece muito na fruticultura e mesmo na olericultura é que deveria se valorizar mais na venda o produto ecológico. O produto natural ter um preço adicionado. Muitas vezes é mais difícil de você produzir um produto natural e não se tem essa compensação financeira. Ai, os produtores muitas vezes acabam produzindo, fazendo o que todo mundo faz, que é usar defensivos agrícolas para controlar pragas, doenças”, frisa o engenheiro agrônomo.
Poletto ainda faz uma orientação aos produtores: “O produtor tem que buscar sempre uma orientação técnica de algum agrônomo ou alguma pessoa com conhecimento, pois sempre que for usar um defensivo agrícola se deve ter recomendação de um agrônomo, isso é o que a gente recomenda”.
– Com informações da Cecafes e Emater/RS-Ascar Regional Erechim
