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Lavoura de Soja

Soja preta – Grãos que beneficial a saúde dos consumidores

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Todos conhecem a soja comum, cujos grãos têm cor bege. Mas, na verdade, existem tipos de soja de cores e formas variadas e, também, com características bem específicas. Em 2019 a Embrapa, em parceria com a EPAMIG e a Fundação Triângulo, lançou uma cultivar de soja preta conhecida pelo nome BRSMG 715A. O objetivo primordial do desenvolvimento dessa cultivar foi o de oferecer uma alternativa para ampliar a adoção da soja na alimentação humana, mantendo o seu potencial produtivo na lavoura.

São diversas características que diferenciam a soja preta das cultivares comerciais, além da cor. A primeira delas é o teor mais elevado de proteína, o que a torna mais nutritiva. A segunda é a maior facilidade de cozimento. A terceira é o sabor agradável, de acordo com os testes efetuados. A quarta é a maior proporção de ácidos graxos monoinsaturados, o que lhes confere maior estabilidade oxidativa. E a quinta é ser rica em antocianinas (que conferem a cor preta), as quais são antioxidantes naturais. O fato de essa cultivar haver sido desenvolvida com coloração preta não foi por acaso, vez que a estratégia subjacente é utiliza-la como sucedâneo parcial ou total do feijão preto na brasileiríssima feijoada.

Os benefícios

O consumo de soja preta é comum na Ásia, onde é consumida como alimento saudável e usada na medicina popular há séculos, sendo rica em proteínas, lipídios, minerais e isoflavonas. No entanto, o que a diferencia são os pigmentos pretos no tegumento da semente, constituídos por polifenóis como antocianidinas e flavonoides, que contribuem para a capacidade antioxidante da soja preta. 

Um estudo demonstrou que o consumo de soja preta (35% da dieta), por 10 semanas, em ratas ovariectomizadas, aumentou a atividade antioxidante, inibindo o estresse oxidativo e melhorando os perfis lipídicos, resultando na redução dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares (DCV). Esse artigo pode ser acessado em http://bitly.ws/qz8z.

Outro estudo com cobaiais demonstrou que a administração oral de extrato de soja preta em ratos, a 50 e 100 mg/kg de peso corporal, durante 14 dias, reduziu o risco de DCV ao melhorar a circulação sanguínea através da inibição da agregação plaquetária e de formação de trombos (http://bitly.ws/qz8I).

Parcela dos benefícios advém de ingredientes com capacidade antioxidante, que têm a capacidade de proteger as células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo. O antioxidante serve para doar elétrons, seja para os radicais livres ou para células afetadas por eles, reduzindo ou eliminando o estresse oxidativo produzido pelos radicais livres

A função vascular está intimamente relacionada com o risco de DCVs. Um dos fatores de risco, quiçá o mais importante, é o envelhecimento do organismo, que causa alterações funcionais e estruturais da parede vascular. O aumento da rigidez vascular é a principal consequência, e compromete a adaptação vascular às alterações do fluxo sanguíneo e da pressão arterial.

Na saúde humana

Também existem estudos científicos conduzidos com populações humanas. Em um dos estudos, realizado na Coreia do Sul, foi relatado que a suplementação de extrato de soja preta (2,5 g / dia), por 8 semanas, diminuiu o acúmulo de gordura visceral e os perfis lipídicos plasmáticos em adultos com excesso de peso (http://bitly.ws/qz8Z). Outra pesquisa foi conduzida pelo grupo da Dra. Yoko Yamashita, da Universidade de Kobe (http://bitly.ws/qz7n). Nesse estudo, os cientistas investigaram o efeito do consumo de soja preta na função vascular e estresse oxidativo, associado às concentrações de polifenóis em mulheres saudáveis. A diminuição da idade vascular foi observada em 33 dos 44 voluntários que completaram o estudo de 8 semanas. Observou-se melhora da rigidez vascular, aumentando o nível de NO2 e NO3 na secreção urinária, e diminuindo os marcadores de estresse oxidativo. Para quem gosta de química, os marcadores utilizados foram 8-hidroxi-2′-desoxiguanosina, hexanoil-lisina e mieloperoxidase.

O estudo também mostrou que a concentração de 12 polifenóis, presentes na soja preta, aumentou no plasma e na urina da população em teste, como função direta do consumo da soja preta. A conclusão do estudo foi que o consumo de soja preta melhorou a função vascular, através do aumento do óxido nítrico e diminuição do estresse oxidativo, acompanhado pelo aumento das concentrações de polifenóis em mulheres saudáveis.

Nelsir Luterek

Empresário, colunista, especialista em TI, mentor, CTO e consultor estratégico em inovação.

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