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Cultura

Orquestra de Concertos de Erechim: 71 anos de história e ensino da música

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Em 10 de junho de 1950, o maestro Frederico Schubert e um grupo de amigos fundaram a Orquestra de Concertos de Erechim (OCE), que durante sua trajetória realizou mais de 400 concertos e formou inúmeros musicistas no decorrer das gerações seguintes.

A OCE realizou seu primeiro concerto em 5 de setembro de 1950, no palco do então Cine Theatro Apollo, no centro de Erechim, local que posteriormente passaria a ser chamado de Cine Luz.

O maestro Frederico Schubert uniu músicos de toda a região do Alto Uruguai na formação da OCE, reunindo músicos de origem alemã, austríaca, italiana, tcheca, russa e israelita para compô-la.  Schubert dedicava-se intensamente a Orquestra, transcrevendo manualmente as partituras para todos os instrumentos.

Sirlei Terezinha Carlezzo 2
Sirlei Terezinha Carlezzo, presidente da OCE
(foto: Arquivo pessoal)

A atual presidente da OCE, Sirlei Terezinha Carlezzo, anota como foram especiais aquelas primeiras décadas da Orquestra.  “Foi um período maravilho em que a maioria das orquestras que surgiram no sul foram fundadas por europeus que fugiram da guerra. Pessoas de cultura. Por exemplo, o fundador da orquestra fazia parte da Filarmônica de Viena, e outros da de Berlin. Então, culturalmente Erechim já foi muito grande”, enfatiza Sirlei.

Os objetivos primordiais da OCE, desde sua criação, foram de expandir a educação artística e cultivar o gosto pela música. Buscando, desta forma, elevar o nível cultural e artístico da região. Oferecendo ao público do Alto Uruguai belíssimos concertos sinfônicos e mantendo vivo o apreço pela boa música erudita.

No princípio das suas atividades a OCE contava com a participação de alunos da Escola de Belas Artes e do Conservatório São José de Erechim, que tinham como professores o maestro Frederico Schubert e posteriormente o professor Affonso Krüger. Assim, a OCE contribuiu na formação e aprimoramento de muitos musicistas, e boa parte deles continuaram seus estudos e se mantiveram ligados com atividades musicais.

“Daqui saíram muito artistas que hoje são expoentes na arte e na música. Nós da OCE geramos muitos músicos que estão na Europa, nos EUA e pelo Brasil trabalhando com a música. O que nos dá alegria é ver que a geração do início dos anos 2000 para trás foram adiante. Estão bem sucedidos trabalhando com a música. Fazendo doutorado e especialização na área musical. No mês passado recebemos uma ex-aluna, a professora Dora Utermohl de Queiroz, também do início dos anos 2000, que está concluindo o doutorado em Portugal, de violoncelo, na Universidade de Aveiro, e faz parte do corpo docente da Universidade Federal do Ceará. Saiu daqui e por isso te digo que dessa geração pra trás muita gente se destacou”, comenta Sirlei.

OCE 2015
Foto: OCE, 2015.

Escola de Música

Em 1993, por intermédio do maestro Aldo Ademar Hasse, a OCE desenvolveu uma Escola de Música em que os alunos podiam aprender a tocar instrumentos como violino, viola de arco, violoncelo e contrabaixo. Além de participar de aulas de técnica vocal, teoria musical, solfejo e prática em grupo (a formação inicial de uma orquestra). Após o período de prática os estudantes eram convidados a participar da Orquestra.

Atualmente a OCE conta com professores de violino, viola de arco, violoncelo e contrabaixo; instrumentos de sopro como trombone de vara, trompete, flauta doce, flauta transversal e clarinete; e aulas de percussão.

Sirlei explica um pouco sobre a formação oferecida pela OCE: “Todas as cordas, que é o violino, a viola de arco, o violoncelo e o contrabaixo. Nós temos os vários tamanhos de violinos e as violas que são maiores que o violino, e que são as cordas base da orquestra. Depois a gente tem a percussão, que é bem ampla. Ela é uma percussão mais direcionada para orquestra, como por exemplo, o xilofone. É uma série de instrumentos percussivos, então temos uma gama bem ampla. Da parte do sopro, temos a flauta doce que é adequada para a iniciação do aluno, para aprender uma digitação. Depois o aluno passa para a flauta transversa. Temos o clarinete, o trompete, toda essa parte do sopro. A flauta, o clarinete e os metais como o saxofone e o trombone. Temos o tímpano de orquestra, uma espécie de tambor, com aquele som maravilhoso”.

Violino de epoca
Instrumentos musicais serão expostos para apreciação do público (foto: OCE)

Falando dos instrumentos musicais, Sirlei lembra que vários deles estão conservados e poderão ficar expostos para apreciação do público. “Possuímos instrumentos que vieram da Europa na época da fundação. Alguns ainda estão em estado de uso, outros vamos transformar em peças de exposição. Que comporão um mini museu dentro das dependências da Orquestra, pois são peças que não se fabricam mais. São relíquias, que hoje não se fazem mais. Aqueles materiais são únicos. Então, a gente vai reunir um mini acervo muito interessante”, pontua.

A Orquestra de Concertos de Erechim está inclusa no grupo das sociedades musicais que resistem no interior do Estado. Em seus 71 anos de trajetória, a OCE foi regida por diversos maestros, que com entusiasmo e dedicação, levaram o talento musical realizado em Erechim para diversas cidades do sul do Brasil, realizando apresentações nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

OCE 2013

Documentário

Conforme Sirlei, a OCE prepara um documentário dessa trajetória de sete décadas. O documentário deverá ser feito através de projeto vinculado ao FAACE. A proposta é de que muitas pessoas contribuam com esse resgate histórico. “Não é uma coisa exclusivamente nossa. A gente detém uma parte da história, mas não somos os únicos. O entorno detém a parte que nos falta. A história se constrói de ações, mas ela também se constrói de vidas. Que observam. Que fazem parte. E que contribuem de alguma uma forma”, explica Sirlei.  

A previsão é que o documentário seja realizado ainda este ano e que faça parte de um evento comemorativo dos 72 anos da OCE.  

Maestro Frederico Schubert

Frederico Shubert OCE
Maestro Frederico Schubert (Foto: OCE)

Frederico Schubert, o primeiro maestro da OCE, nasceu em 16 de fevereiro de 1901 em Viena, Áustria. Faleceu na cidade de Rezende no estado do Rio de Janeiro, Brasil, em 8 de agosto de 1978.Casado com Anny Prasmarer e pai das meninas Traudel e Heleni, a família Schubert chegou em junho de 1949 em Erechim.

Schubert era fotógrafo profissional e estudou violino na Academia de Música de Viena. Participou de diversas orquestras, incluindo, principalmente, a Orquestra Filarmônica de Viena.

Além da OCE, o maestro Frederico Schubert criou a Banda de Música, o Coro do Clube do Caixeiral, uma Orquestra Infantil e uma Camerata Infantil.

Fundação e primeira diretoria

Participaram do ato constitutivo da OCE: Osvaldo Engel, Darvil Faraon, Maximiliano Heldwein, Irma Olinda Sponchiado, Arthur Sperger, Pedro Paulo Mandelli, Carlos Irineu Pieta, Venturino Faccin, Francisco Koller, João Skrabe, Christiano Hafner, Flávia Irma Zanardo, Mario Canale, Wilma Tecla Müller Skrabe, Florindo Palma, Arno Schmaedecke, Frederico Schubert, Arlindo Vilmo Leipioni, Rosa Plavnik, Antonio Molter, Rodolfo Manuel Losina, João Arnoldo Schoessler (Noly), Paulo Kameneff, Narciso Costa, Francisco Ferdinando Losina, Arthur Krüger, Paulo Carlos Moron, Adelaide Dileta DallaCosta Palma, Affonso Krüger, Rodonildo Menta, Albino Kreische, Oswaldo Buss, Berta Kreische Engel, Carlos Rigoni, Armando L. Müller, João Silvio Menta e Alma Lourdes Picolli, os quais assinaram a ata de fundação em 10 de junho de 1950.

A primeira diretoria da OCE foi composta por: Presidente – Darvil Faraon; Vice-Presidente – Maximiliano Heldwein; 1º Secretário – Osvaldo Engel; 2º Secretário – Pedro Paulo Mandelli; 1ª Tesoureira – Irma Olinda Sponchiado; 2º Tesoureiro – Arthur Sperger; Conselho Deliberativo – Carlos Irineu Pieta, Venturino Faccin, Francisco Koller, João Skrabe e Christiano Hafner; Maestro – Frederico Schubert.

Os Maestros

Desde sua constituição a OCE teve os maestros: Frederico Schubert – 1950/1968; Pedro Paulo Mandelli – 1969/1970; Pastor Conrad Heumann – 1971; de 1972 a 1974 não houve maestro fixo; Affonso Krüger – 1975/1980; Alfred Siegwalt – 1980/1985; Carino Corso – 1986/1990; Rosemari Niederberger – 1987/1991 (responsável artística); José Carlos Queller – 1991; Aldo Ademar Hasse – 1992/2009; Rudolfo Krüger – Junho 2010 (maestro interino nos concertos de 60 Anos da OCE); Maurício Castelli –  Agosto 2010/2018; Murilo Andreolla – 2019/2020 (regente e diretor artístico pedagógico); Iuri Gheno – 2019 (maestro convidado).

Presidentes da OCE

Presidiram a OCE desde sua fundação: 1950 – Darvil Faraon; 1955 – Darvil Faraon; 1960 – Arthur Sperger; 1965 – Darvil Faraon; 1970 – Danton Hartmann; 1975 – Danton Hartmann; 1977 – Altair Menegatti; 1982 – João Kuchta; 1985 – Gerhardt Arthur Krüger; 1987 – Gerhardt A. Krüger; 1989 – Gerhardt A. Krüger; 1990 – Cleiva Canello Corte; 1991 – Ademar Francisco Brum; 1997 – Ruy Werner Antoni; 2002 – Cezar Augusto Dufloth; 2003 – Ademar Francisco Brum; 2005 – Mozart Ilhas Lima; 2007 – Mozart I. Lima; 2009 – Vitor Hugo Hollas; 2013 – Rodrigo Garcez; 2015 – Neiva T. Mores; 2017 – Alex Sandro Amaral; 2019 – Alex Sandro Amaral; 2021 – Sirlei Terezinha Carlezzo.

Aulas e informações

A OCE é composta pela Orquestra de Concertos, Orquestra de Concertos Infanto-juvenil, Camerata e Escola de Música e Coral Madrigal.

Mais informações sobre o funcionamento da OCE e inscrições para as aulas de música podem ser obtidas pelo telefone (54) 99147-3480.

  • OCE 2018 2
  • OCE 2018 3
  • OCE 2018
  • Rudolfo Affonso kruger professor instrumentista da OCE 1
  • Violinos OCE 1

Fotos: Arquivo Orquestra de Concertos de Erechim (OCE)

Com informações da OCE e PM Erechim

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