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CulturaViadutos

“A poesia ainda salvará o mundo…”

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“O tempo e a sombra da morte” é o poema de Tailine Amábila Ortiz de Viadutos que foi selecionado e publicado no livro Sarau Brasil 2021: Seleção Brasileira de Poesia. Tailine é vendedora e também poetisa e desde criança sempre foi apaixonada pelos livros e, conforme ela relata, sempre foi incentivada pelos pais à leitura. Ela acrescenta que, apesar de ser formada em Ciências Contábeis, marketing e administração hospitalar, sua grande paixão sempre foram os livros. Neste ano, Tailine conta que iniciou biblioteconomia, curso superior no qual ela afirma que se encontrou de verdade.

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Cada pessoa tem uma forma de expressar suas emoções. Alguns são artistas pintando quadros, outros compondo músicas, eu me encontrei na escrita. Sou de família que aprecia a arte das mais variadas formas.  Há uma frase do escritor Mike Sullivan que admiro muito, a qual diz: -“A poesia ainda salvará o mundo…”, e eu tenho certeza disso. É uma das formas de libertar o que está preso, o que buscamos, o que acreditamos e sentimos.

Com muitos poemas ainda não publicados, Tailine diz que está trabalhando em um livro. Essas coisas levam tempo, porém acredito que logo finalizo. São palavras que vem da alma, não surgem da noite para o dia. Minha temática é mais mórbida. Aprecio demais as obras de “Augusto dos Anjos”, o “Poeta da Morte”. Ele me inspira. Além do poeta brasileiro, Tailine menciona o famoso escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón, em “A sombra do vento” ela cita: “- Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte. ”

A representatividade de publicação e da leitura na vida de Tailine

A autora do poema mostra-se orgulhosa e muito contente pelo poema selecionado e diz que esta publicação representa todo o amor que tenho pela leitura. Representa de certa forma, todas as pessoas que passaram por momentos difíceis e tristes. Quando escrevi “O Tempo e a Sombra da Morte”, foi pensando no sentimento de cada ser humano que passou por uma fase depressiva. Todas as sensações e pensamentos. Os delírios, a tristeza, a frieza…e a perseverança em busca do sol…em busca de dias melhores.

A leitura sempre me fascinou. Abrir um livro é como se transportar para outro mundo. Há um universo ali dentro. Todas as pessoas deveriam ler mais. Tem muito conhecimento para ser explorado. A poesia é arte. Ela nos fornece uma luz que irradia o nosso redor. Tem muito amor ali.

O reconhecimento

Tailine acredita que o concurso foi muito importante para provar o valor da arte da poesia e se sente orgulhosa por ter sido o primeiro do gênero para o qual escreveu seu poema. Esse é o primeiro concurso de que participei. Fiquei imensamente feliz e grata em fazer parte dessa Antologia Poética. Em meio a tantos poemas, o meu sendo escolhido para integrá-lo (o livro), me dá um sentimento de orgulho e satisfação. Muito honrada em fazer parte do Sarau Brasil 2021 da Editora Vivara.

Sobre o seu próprio livro de poemas

Tailine está criando uma coletânea de poemas e se prepara para publicá-los em seu primeiro livro.  Trata-se de um livro de poemas. São poemas que venho escrevendo há muitos anos. Todos são voltados para algo mais mórbido, obscuro, pessimista e angustiante. Alguns poemas precisam ser revisados, e pretendo escrever mais ainda.

Todos são inspirados em situações cotidianas que passei…e também em sonhos, mais precisamente em pesadelos noturnos.

Esse livro, é um projeto que tenho em mente há muito tempo. Mas, só agora resolvi dar continuidade com objetivo de concretizá-lo.

Leia abaixo o poema publicado

O tempo e a sombra da morte

As meninas estão no sol
Os meninos com garrafas de bebida
A senhora com uma margarida nas mãos
E um rato no canto dilacerado!
No meu quarto uma porção de livros
Três ou quatro garrafas de vinho abertas
Há um relógio morto na parede
Contando as horas mortas.
O vento aqui não bate. O sol aqui não chega.
Há somente malditas poesias escritas com rimas tortas
Estou no meio da podridão
No décimo andar abaixo do inferno
Na décima janela subterrânea enferrujada
Os vermes já nem posso contar!
Mas tem um pássaro depravado.
Decepou três avezinhas pequenas e desnutridas
Há um rosto sorrindo pra mim
Um velhote barbudo recitando sarcasmo!
A lúgubre sombra da morte já está me velando
Esperando eu partir
Um dia sonho em voar
Talvez eu ganhe um par de asas
E possa sentir o sol, que seja…
Pela última vez

Texto e entrevista: Cássio Felipe Tartas Rogalski

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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