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Cultura

Acervo Documental do Margs será digitalizado com recursos de fundo americano para preservação cultural

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Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs)instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), e o Consulado-Geral dos EUA em Porto Alegre anunciam o “Projeto de Digitalização do Acervo Documental do MARGS”.

A iniciativa será financiada com recursos do Fundo de Embaixadores para Preservação Cultural (Ambassadors’ Fund for Cultural Preservation – AFCP). Viabilizando, por meio da Associação de Amigos — AAMARGS, a compra de equipamentos e a contratação de serviços especializados por profissionais que se somarão à equipe do Museu, a iniciativa garantirá que toda a coleção de arquivos do Margs, estimada em mais de 250.000 páginas, seja convertida para formato digital e ofertada em plataforma online — o Tainacan, um repositório digital com software livre. 

Assim, será oportunizado acesso público e irrestrito em meio digital a um acervo de arquivos que faz do Margs um centro de referência documental para a pesquisa, o estudo e a preservação da memória visual e artística sul-rio-grandense e brasileira (nas áreas de artes visuais, história da arte, patrimônio e museus/instituições, entre outras).

Além de proporcionar maior alcance na disponibilização do Acervo Documental do Margs à sociedade, o Projeto de Digitalização oportunizará também maior facilidade de consulta às informações históricas documentadas pelo Museu para todos os interessados, como estudantes e pesquisadores, e mesmo para o público em geral. Ao mesmo tempo, garantirá a preservação e a segurança desta importante coleção documental pública, cuja totalidade se encontra até aqui apenas em formato físico.

O projeto encaminhado pelo Margs foi contemplado na edição especial dos 20 anos do Fundo com o valor de US$ 42.000 e também inclui o intercâmbio de funcionários do museu gaúcho e de museus americanos. O Fundo dos Embaixadores é administrado pelo Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos EUA. Os recursos são destinados a projetos para a preservação do patrimônio cultural em países menos desenvolvidos, incluindo edifícios históricos, sítios arqueológicos, objetos etnográficos, pinturas, manuscritos e línguas indígenas e outras formas de expressão cultural tradicional.

“Para os Estados Unidos, essa parceria consolida ainda mais nosso relacionamento com o Rio Grande do Sul e apoia os objetivos e valores da política do governo americano no Brasil, como a inclusão, permitindo que todos os brasileiros tenham acesso à extensa coleção de vídeos, fotografias, livros, periódicos e outras publicações relacionadas à produção das artes visuais no Rio Grande do Sul”, disse o Encarregado de Negócios da Missão dos EUA no Brasil, Douglas Koneff.

 O “Projeto de Digitalização do Acervo Documental” é o passo seguinte ao processo pelo qual o Acervo Artístico do Museu passou entre 2011 e 2012, quando foi realizada a digitalização da coleção de obras de arte, resultando no Catálogo Geral do Museu (2013, em formato físico) e no Catálogo Online, que oferece acesso e consulta permanente em meio digital no próprio site do Museu, sendo atualizado constantemente com as novas entradas e aquisições. 

O diretor-curador do Margs, Francisco Dalcol, assinala que desde 2019, quando assumiu a Direção, a meta colocada foi prosseguir avançando nas melhorias do Museu em termos de preservação, segurança e qualificação. O que tem a ver diretamente com uma diretriz assumida como visão estratégica no âmbito da recriação da Sedac, pela Secretária Beatriz Araujo, sendo também uma visão de valor que o governador Eduardo Leite dedica e destina à cultura.

“O Acervo Documental do Margs é uma referência para os campos das artes visuais, da história da arte e da memória artística sul-rio-grandense e mesmo do Brasil. Reconhecendo isso, desde que assumi a Direção do Museu, a busca pela sua digitalização se colocou como um dos projetos prioritários, e que agora começa a se oportunizar graças à parceria com o Consulado-Geral dos EUA em Porto Alegre. Ao ampliarmos o alcance da disponibilização deste acervo documental que conta e preserva grande parte de nossa memória visual e artística, estaremos proporcionando uma maior democratização quanto ao acesso público ofertado para a sociedade. Ao mesmo tempo, estaremos assegurando a preservação e perpetuação desta coleção, que contempla tanto a história institucional do Margs quanto a de artistas, críticos, historiadores da arte e demais agentes e instituições do sistema artístico. Tudo isso se reveste de significados ainda mais profundos e especiais em se tratando de um Museu público do Estado do RS, voltado desde sua origem e sempre à sociedade gaúcha e sua comunidade artística”, comenta o diretor-curador do Margs, Francisco Dalcol.

“A Secretaria de Estado da Cultura está sempre atenta às demandas das instituições museológicas. Esta parceria com o Consulado-Geral dos EUA em Porto Alegre reafirma o nosso compromisso com a preservação do patrimônio cultural. E tão importante quanto é o fato de estudantes, pesquisadores e o público em geral terem acesso, por meio da internet, a esta importante coleção documental pública, cuja totalidade se encontra em formato físico”, celebra a secretária de Estado da Cultura do RS, Beatriz Araujo.

coordenação do Projeto de Digitalização do Acervo Documental do Margs, que está previsto para ser realizado ao longo de 12 meses, estará a cargo de Raul Holtz, responsável pelo Núcleo de Acervos e Pesquisa do Museu. Servidor de carreira do Estado do RS, com formação em Arquivologia (UFRGS), Holtz traz experiências de atuação em projetos anteriores, em especial o de digitalização do Acervo Artístico do Margs, o qual coordenou durante sua realização entre 2011 e 2012.

“O Projeto de Digitalização do Acervo Documental do Margs tem por objetivo oportunizar o acesso universal aos documentos que registram a história do Museu desde a sua criação até os dias de hoje, e também a nossa história artística. A digitalização oportuniza e garante o início de um processo mais extenso e que se dará de forma continuada, com a atualização constante dos novos documentos que forem ingressando, e mais à frente com a etapa que possibilitará cruzamentos entre os itens do Acervo Documental e do Acervo Artístico do Margs. Ou seja, entre as obras de arte e os documentos relacionados”, declara Raul Holtz.

Breve Histórico do Museu

O Margs foi criado em 1954 por decreto do Governo do Estado do RS, sem sede nem acervo inicial. Depois de passar os anos iniciais sendo organizado e com a coleção em constituição, foi inaugurado oficialmente em 1957, tendo como primeira sede o Theatro São Pedro.

Em 1973, o Margs precisou se mudar, em razão das obras de restauro do Theatro São Pedro, instalando-se em dois andares do Edifício Paraguay, sede do antigo Cotillon Club, localizado na Avenida Salgado Filho, no centro de Porto Alegre. 

Desde o final dos anos 1970, o Margs ocupa a atual sede, um prédio histórico na Praça da Alfândega, no Centro da cidade de Porto Alegre. 

Seu Acervo Artístico reúne mais de 5.000 obras de arte, desde a primeira metade do século 19 até os dias atuais, incluindo arte acadêmica, moderna e contemporânea. Assim, abrange diferentes linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação, performance, arte digital e design, entre outras. Esse acervo de arte do Museu é composto por arte brasileira, com ênfase na produção de arEstas gaúchos (do Rio Grande do Sul), e também por obras de arEstas estrangeiros, da qual conta com nomes significaEvos da arte mundial. 

Breve Histórico do Acervo Documental

Nos anos 1970, os trabalhos e as atividades do Margs passaram por uma maior organização nas diversas áreas, conforme suas competências e atribuições. Assim, foram instituídos diferentes Núcleos, cada qual dando conta de setores específicos, como prossegue ainda hoje, com algumas alterações que resultaram de reformulações e reformas administrativas das gestões até aqui.

Em 1975, o Margs começou a documentar sistematicamente suas atividades e refletir sobre o campo artístico através de boletins informativos, que ao longo dos anos transformaram-se em verdadeiras revistas de arte, com artigos e entrevistas. Os Boletins depois seriam substituídos pelo folheto Em Pauta, que circulou até 1998. 

Entre 1981 e 1986, o Acervo Documental ganhou fôlego com a doação de 796 pastas do colecionador e artista Cláudio Morrain, contendo 15 mil recortes de jornal e 3 mil catálogos de exposições. Este acervo daria início aos chamados dossiês de artistas plásticos, existentes até hoje. 

Também incorporou importantes acervos documentais particulares, como do artista Iberê Camargo e do crítico Aldo Obino.

Breve Panorama do Acervo Documental

O Acervo Documental do Museu conta com mais de 8 mil publicações bibliográficas e 5 mil pastas contendo documentos sobre a trajetória de artistas e a história de agentes do sistema artístico.

Assim, além de documentos históricos e administrativos desde a fundação do Margs, em 1954, o Acervo Documental se destaca também pelo expressivo conjunto de documentos relacionados à produção sul-rio-grandense de artes visuais, com especial atenção à biografia e à obra de artistas e demais profissionais com destacada trajetória e reconhecimento no meio artístico. Os assuntos estão organizados segundo uma hemeroteca.

Quanto a coleção bibliográfica, é formado por volumes, catálogos de exposições, periódicos, álbuns e figuras. Há também uma coleção de vídeos e arquivos fotográficos. 

Atualmente, o Núcleo de Acervos e Pesquisa do Margs é responsável pela guarda, documentação, catalogação, organização e gestão dos Acervos Artístico e Documental do museu, fornecendo subsídios para a pesquisa, o estudo, a conservação, o restauro e a exibição de obras, documentos e demais itens pertencentes ao Museu. Ao zelar pela manutenção dos acervos mantidos sob guarda do Margs, atua no sentido de garantir a sua preservação e conservação.

É também atribuição do Núcleo de Acervos e Pesquisa supervisionar o acesso ao acervo e aos arquivos sob sua guarda. E, juntamente ao trabalho interno de documentação e de pesquisas que subsidiam os projetos curatoriais, educativos e editoriais do Museu, presta atendimento a pesquisadores externos mediante solicitação e agendamento prévio.

Alguns Números do Acervo Documental

História e memória institucional do Margs:

> 114 pastas A-Z: em torno de 57.000 páginas abrangendo o período de 1954 a 2021

> Em torno de 1.000 exemplares de Publicações do Margs

Acervo documental de artistas:

> Mais de 4.000 pastas sobre a trajetórias dos artistas

> Documentação de mais de 1.800 artistas

Hemeroteca de assuntos de artes visuais e patrimônio:

> Em torno de 65.000 páginas e recortes de jornais.

Acervo bibliográfico:

>  Mais de 5.000 livros sobre artes visuais;

> Coleção de mais de 6.500 catálogos

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