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Religião

Paróquia São Pedro de Erechim conta com dois novos diáconos

A ordenação aconteceu com a presença do bispo da Diocese de Erechim e foi seguida por um jantar de comemoração

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Nesta sexta-feira (22) às 19h, aconteceu a ordenação dos diáconos Fabrício Fernando Ferrari e Jandir Alberto Casagrande na Paróquia São Pedro em Erechim. O bispo ordenante que conduziu a passagem para o diaconato permanente foi Dom Adimir Antonio Mazali. A Celebração eucarística foi acompanhada pelos familiares dos novos diáconos e fieis da paróquia. Na sequência, houve um jantar para comemorar este novo momento para a comunidade e para a igreja.

O Portal de notícias Roda de Cuia esteve presente no evento e entrevistou os novos diáconos. Veja as entrevistas na íntegra abaixo.

Diácono Jandir Alberto Casagrande

Roda de Cuia: Como você percebeu o chamado à missão de ser diácono? Como sua família reagiu à notícia quando soube sobre sua decisão?

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Diácono Jandir Alberto Casagrande/Foto: Nelsir Luterek

Diácono Jandir: O chamado à uma vocação, em geral, é fruto de uma caminhada de discernimento, de escuta e de muita oração. No meu caso, como sempre fui muito atuante na Igreja Católica, estudei 8 anos no seminário e participo há mais de 20 anos do movimento de cursilhos, sentia que Deus queria algo a mais de mim, mas não pensava em diaconato, até que, em 2017 fui convidado a cursar a Escola Diaconal. Foram 3 anos de estudo e de discernimento, para saber se era essa mesmo a minha vocação. Aos poucos a ideia foi se consolidando, e entendi que sou chamado também a esta vocação e tomei a decisão de pedir a ordenação ao Bispo diocesano. Minha família sempre esteve ao meu lado e me ajudou significativamente a perceber este chamado. Principalmente minha esposa Vera Lucia, que abriu mão de muitas coisas para estar ao meu lado todo este tempo. Posso afirmar com tranquilidade que a vocação diaconal é minha, mas o “sim” é também de minha família.

Roda de Cuia: Diaconato é um ministério carregado de significados, para você o que isso representa?

Diácono Jandir: Com certeza, a ordem diaconal é, dentre todos os ministérios da Igreja, um dos mais carregados de significado. Surgiu lá no início da Igreja, quando os Apóstolos do Senhor pediram à comunidade que indicasse alguns homens para serem designados “ao serviço das mesas e à caridade” (At.6,4). Esta é a missão primordial do diácono, ou seja, o serviço. Para ser fiel a este chamado o diácono deve imitar o Cristo Servo. Há também a dimensão litúrgica, que é o serviço ao Altar durante a celebração da missa. Talvez esta seja a característica mais conhecida do diácono, pois em nossa diocese constantemente vemos os diáconos auxiliando os padres durante a celebração. Outro aspecto é o da celebração da Palavra de Deus, na ausência do sacerdote.

A história da vocação diaconal na Igreja católica é muito rica. Além do exemplo de Cristo, temos muitos exemplos de diáconos que doaram-se totalmente, alguns a ponto de serem martirizados, como Santo Estêvão, primeiro mártir e São Lourenço de Huesca. É importante também destacar que o diácono é um homem casado e deve conciliar seu tempo entre a Igreja, a família e o trabalho, pois é um serviço gratuito, sem remuneração. Talvez aí esteja um dos principais aspectos da vocação diaconal: na gratuidade do seu serviço prover aos necessitados, na disponibilidade de sua missão levar o pão espiritual à comunidade, e, com a remuneração de seu trabalho, prover as necessidades de sua família.

Roda de Cuia: Ao percorrer o caminho até este momento especial de ordenação, você teve que abrir mão de muitas coisas. Pode descrever um pouco desta trajetória rica de espiritualidade?

Diácono Jandir: Na Igreja Católica, em geral, os ministérios são conferidos após um período de preparação. Os ministérios ordenados, que são conferidos aos diáconos, aos padres e aos bispos, exigem um longo período de estudos preparatórios. Minha caminhada de estudos específicos, voltados ao diaconato, iniciou em 2017 com a Escola Diaconal que durou 3 anos, com aulas em todos os finais de semana. Depois tivemos mais dois anos de estudos complementares. Foi um período de muita renúncia e dedicação. Tivemos que abrir mão de viagens, convivência com a família, amigos, descanso, enfim, foi um tempo de muito estudo e oração e de discernimento. Mas foi proveitoso e valeu a pena. Espero, com a graça de Deus e as luzes do Espírito Santo, desempenhar bem minha missão de diácono.

Roda de Cuia: Qual é a sua mensagem final à comunidade?

Diácono Jandir: Fico muito honrado em ser entrevistado pelo Portal Roda de Cuia e poder compartilhar um pouco de minha história e vocação. Agradeço imensamente este convite!

Acrescentaria, talvez, alguns aspectos de minha vida pessoal e profissional: sou catarinense de nascimento, moro em Erechim desde 2013, aposentei-me após 30 anos de trabalho no Banco do Brasil, atualmente tenho uma indústria de jogos pedagógicos e de alfabetização. Casado, desde 1986, com Vera Lucia Araujo Casagrande, temos 3 filhas e dois netos. Sou graduado em Filosofia e pós graduado na área de gestão.

Meu lema de ordenação diaconal é do salmo 40, versículos 8 e 9: “Eis que venho, Senhor! Com alegria faço a Tua vontade!”

Diácono Fabrício Fernando Ferrari

Roda de Cuia: Como você percebeu o chamado à missão de ser diácono? Como sua família reagiu à notícia quando soube sobre sua decisão?

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Diácono Fabrício Fernando Ferrari/Foto: Nelsir Luterek

Diácono Fabrício: Em conversas com minha esposa sempre tive a vontade de ajudar a igreja no processo de evangelização. Isso despertou em mim a iniciativa de ser ministro da eucaristia. Então veio o convite do então pároco da São Pedro, Padre Paulo Bernardi para fazer parte da Escola Diaconal. Foram 3 anos de preparação e mais 2 para aprofundar a vocação . Minha família me deu e continua me apoiando, pois foi uma decisão familiar

Roda de Cuia: Diaconato é um ministério carregado de significados, para você o que isso representa?

Diácono Fabrício: O significado dei diaconato para mim é a proximidade com as pessoas de nossas comunidades, através da caridade, palavra e liturgia, trazendo a elas muito mais que celebrações, mas também a escuta para a união do povo de Deus.

Roda de Cuia: Ao percorrer o caminho até este momento especial de ordenação, você teve que abrir mão de muitas coisas. Pode descrever um pouco desta trajetória rica de espiritualidade?

Minha trajetória foi tranquila, pois com o apoio da família e também da comunidade deixou o caminho suave. Mesmo nos momentos de insegurança tive um grande apoio familiar e comunitário que me dava força para prosseguir na missão. Nada é por nós, sempre é pelo Reino de Deus. O Espírito Santo nos guia e nos ilumina a cada passo dado. O Diaconato Permanente é um ministério familiar. A família ajudar o Diácono a seguir na missão a qual lhe é concedida por Deus em nossa igreja particular (Diocese) para o auxílio e conforto de quem assim necessitar.

Roda de Cuia: Qual é a sua mensagem final à comunidade?

Diácono Fabrício: A comunidade de Erechim pode ter certeza de que vai ter uma pessoa empenhada em ouvir, acalentar e celebrar. Contem sempre comigo. Paz e bem a todos!

Entenda o que é o diaconato

O diaconato é um ministério, primeiro grau da ordem, carregado de significados e tem origem bíblica, no contexto dos Atos dos Apóstolos. Diante da queixa dos helenistas contra os hebreus de que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos aos pobres, os apóstolos propuseram escolher sete homens de ‘boa reputação’, ‘espírito’ e ‘sabedoria’ para que se dedicassem ao serviço da cáritas (amor fraterno) (cf. At 6,1-6). No decorrer da história, o diaconato tornou-se o ministério do ‘serviço da caridade’, da ‘proclamação da Palavra’ e do ‘serviço do culto’.

Os Padres da Igreja, Irineu de Lião, Cipriano e Eusébio de Cesareia ressaltaram que o diaconato constitui o núcleo identitário do Sacramento da Ordem. A essência do diaconato é servir. Derivado do grego ‘diakonós’, o diácono é aquele que pratica a ‘diakonia’ que é o ‘serviço’ à comunidade.

Conforme o documento Directorium Diaconi,  foi o Concílio Vaticano II a estabelecer que o diaconato pudesse, no futuro, ser restaurado como grau próprio e permanente da hierarquia definindo ser homens de idade madura, também casados, e bem assim a jovens idóneos, para os quais, porém, deve permanecer em vigor a lei do celibato.

Para se tornar diácono permanente, as normas da Igreja fazem algumas exigências: a formação deve durar pelo menos três anos (no mínimo mil horas) e deve conter obrigatoriamente Teologia Bíblica, Dogmática, Litúrgica e Pastoral. O candidato deve estar casado há no mínimo cinco anos; tem que ter pelo menos 35 anos de idade, vida matrimonial e eclesial exemplares. Além disso, é necessária autorização verbal da esposa no momento da ordenação e por escrito, arquivada no processo.

Um diácono permanente pode exercer seu ministério em qualquer lugar do mundo, pois ele recebe um sacramento válido e a Igreja é Una, Santa e Católica, ou seja, é UNIVERSAL. No entanto, o diácono está intimamente ligado ao Bispo Diocesano a quem deve plena obediência.

Multimídia

Confira a missa na integra:

Confira a galeria de fotos.

Créditos para as fotos: Portal Roda de Cuia

Nelsir Luterek

Empresário, colunista, especialista em TI, mentor, CTO e consultor estratégico em inovação.

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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