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Mundo

Barbados abandona monarquia e troca a rainha Elizabeth II por uma presidente como chefe de Estado

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Um paraíso incrustado no meio do Caribe, a ilha de Barbados caminha rapidamente para se tornar uma república e se afastar de vez da Coroa britânica.

Nesta quarta-feira (20) o território de quase 290 mil habitantes elegeu, pela primeira vez na história, uma presidente que substituirá a rainha Elizabeth II como chefe de Estado.

No ano passado, a ilha já havia sinalizado sua intenção de se separar da Commonwealth, grupo de nações que integram a chamada Comunidade Britânica.

A Commonwealth surgiu do império britânico no meio do século 20 e a rainha Elizabeth II tem sido sua chefe desde o início do seu reinado, em 1952.

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Quem será a presidente?

Seguindo os ritos anunciados para a implantação da república, em 30 de novembro, o parlamento de Barbados elegeu, de forma indireta, Sandra Mason, de 72 anos, como presidente.

Primeira mulher a integrar o tribunal de apelações da Suprema Corte, ela se tornou, em 2018, a representante oficial da rainha na ilha, sob o cargo de governadora-geral.

“A Câmara e o Senado se reuniram para eleger a primeira presidente de Barbados, outro marco histórico no caminho para a república”, celebrou o governo do país em uma rede social.

Com a eleição de uma presidente, Elizabeth II perderá sua soberania sobre Barbados. O “divórcio” com a Coroa britânica foi anunciado em setembro de 2020 pela própria governadora-geral.

“Após obter a independência há mais de meio século, nosso país não pode duvidar de sua capacidade para se autogovernar”, disse Mason em um discurso na capital Bridgetown.

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Sandra Mason conversa com a rainha Elizabeth II em foto de 20 de março de 2018 — Foto: Família Real Britânica

Países que já abandonaram a Coroa

Em 30 de novembro, quando completa 55 anos da independência dos britânicos, Barbados se tornará uma república, mas não será a primeira a ter deixado a coroa entre as nações caribenhas.

A Guiana – antiga Guiana Britânica, que faz fronteira com o Brasil – tomou este caminho ainda em 1970, em menos de quatro anos após conquistar sua independência.

Em seguida, ainda na década de 1970 mais duas nações abandonaram a monarquia para se firmarem como república: Trinidad e Tobago, em 1976; e Dominica em 1978.

No passado, a Jamaica já sinalizou seu descontentamento com a monarquia britânica mas não seguiu adiante com o processo de separação.

A rainha Elizabeth II é chefe de Estado do Reino Unido e outros 15 países:

  • Antígua e Barbuda
  • Austrália
  • Bahamas
  • Barbados
  • Belize
  • Canadá
  • Granada
  • Jamaica
  • Nova Zelândia
  • Papua Nova Guiné
  • São Cristóvão e Névis
  • Santa Lúcia
  • São Vicente e Granadinas
  • Ilhas Salomão
  • Tuvalu

Destino turístico popular

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Praia de água cristalina em Barbados — Foto: Orion Pires / G1

A economia de Barbados, está fortemente baseada no turismo. O destino é especialmente popular entre a alta sociedade britânica, pela proximidade cultural.

Esta é a ilha mais a leste do mar do Caribe, e está localizada a cerca de 300 quilômetros da Venezuela.

Antes da pandemia de Covid-19, mais de um milhão de turistas visitavam anualmente o país famoso por suas praias paradisíacas e suas águas cristalinas.

Passado colonial

Em seu discurso do ano passado, a governadora-geral da ilha, Sandra Mason, confirmou a intenção de Barbados “deixar o passado colonial completamente para trás”.

Este já era um pedido constante da sociedade deste território caribenho, que via na presença da monarca “associações imperialistas”.

Mais de meio século após conquistar a independência do Reino Unido, os habitantes de Barbados elegeram uma chefe de Estado local.

“Esta é a declaração máxima de confiança em quem somos e no que somos capazes de conseguir”, afirmou Mason na ocasião.

Questionado sobre esta decisão, um porta-voz do Palácio de Buckingham afirmou que este é um assunto “do governo e do povo de Barbados”.

Fonte: G1

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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