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Mundo

Renault recua e suspende operações na Rússia após reação

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A montadora francesa Renault anunciou na noite de quarta-feira (23/03) que suspenderá as operações em sua fábrica de Moscou por causa da invasão russa na Ucrânia.

A decisão foi tomada após reações negativas à decisão anterior da empresa, divulgada nesta segunda-feira, de reabrir a sua fábrica em Moscou. A fabricante de automóveis era uma das poucas empresas internacionais que haviam reiniciado suas operações na Rússia.

Na quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em discurso aos parlamentares franceses, pediu que a Renault e outras empresas francesas que operam na Rússia “parassem de ser patrocinadores da máquina de guerra russa”.

O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, também propôs um boicote global à Renault. Após a decisão da montadora de interromper a produção, Kuleba disse que a Renault havia tomado a decisão “responsável”.

O que disse a Renault?

A empresa divulgou um comunicado para informar que havia suspendido “as atividades em sua fábrica em Moscou”. A montadora acrescentou que estava analisando as “opções disponíveis” em relação à sua parceria com a maior empresa de automóveis da Rússia, a AvtoVAZ.

A Renault tem uma participação de 69% na AvtoVAZ, a principal montadora da Rússia, que detém as marcas Lada e Zhiguli, o que a deixa mais vulnerável ao mercado local do que outros concorrentes. A Rússia é responsável por 8% da receita da montadora francesa, de acordo com o Citibank.

Mais de 400 empresas, incluindo Apple, Coca-Cola e McDonald's, reduziram ou interromperam suas operações na Rússia desde o início da guerra, de acordo com pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Outros fabricantes estrangeiros de automóveis, como a alemã Volkswagen e a japonesa Toyota, também suspenderam a produção e as exportações. 

A Renault disse que, “considerando o ambiente atual”, estava procurando agir com responsabilidade em relação aos seus 45 mil funcionários na Rússia. A empresa também reduziu suas projeções financeiras e disse que estimava agora uma “margem operacional do grupo de cerca de 3%, contra pelo menos 4% anteriormente”.

Muitas empresas ocidentais que continuam a operar na Rússia estão sob crescente pressão para suspender suas atividades comerciais no país. Em um discurso transmitido a manifestantes na capital suíça de Berna na segunda-feira, Zelenski criticou a empresa suíça Nestlé por continuar operando na Rússia. A Nestlé rebateu dizendo que havia “reduzido significativamente” seus negócios lá, exceto em “produtos essenciais”.

O Kremlin ameaçou apreender e nacionalizar os ativos de empresas de propriedade estrangeira que não retomassem seus negócios na Rússia.

bl/ek (AP, dpa)

Fonte: DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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