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Saúde

Julho Verde: Brasil deve registrar 36 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço em 2022

Queda na realização de exames diagnósticos durante a pandemia preocupa especialistas

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Segundo um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os cânceres de cabeça e pescoço estão entre os nove mais frequentes no mundo. Os mais comuns são câncer de boca, de laringe e de tireoide. Apesar de aparecerem com certa regularidade, eles estão longe de serem simples.

De acordo com Marco Aurélio Vamondes Kulcsar, cirurgião do Hcor e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), o Brasil deve registrar 36 mil novos casos apenas neste ano. Para chamar a atenção sobre a importância da detecção precoce da doença, a campanha “Julho Verde” busca disseminar informações sobre ações preventivas que podem ser as maiores aliadas na redução dos casos.
 

Entre elas, está a realização de exames regulares. “Quando o câncer é detectado no início, as chances para o tratamento funcionar são maiores. Uma pesquisa feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) revelou uma redução de 20% nos exames diagnósticos de cânceres gerais em 2020, considerada a maior queda desde 2012. Os números caíram muito durante a pandemia, mas com a melhora do cenário da epidemia, a expectativa é que as pessoas retomem os cuidados”, avalia Dr. Kulcsar.
 

Ainda que hábitos saudáveis, como alimentação adequada, redução da ingestão de bebidas alcoólicas e combate ao fumo ajudem a prevenir cânceres de cabeça e pescoço, alguns casos podem ter origem genética. “Doenças hereditárias podem ser fatores de risco para o surgimento de alguns desses cânceres. É necessário ficar atento com síndromes, como a de Gardner, por exemplo, ou polipose familiar”, alerta o médico.

Câncer de boca

O câncer de boca pode acometer lábios, língua, gengivas e bochechas. A causa mais comum é o uso do cigarro e o abuso de álcool, mas também pode ser originado por próteses dentárias mal adaptadas, má higiene da boca e, em poucos casos, estar associado ao vírus do HPV. É importante observar toda ferida ou afta que dure mais de 15 dias e procurar atendimento médico.

“O diagnóstico é feito por um especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Ao examinar a boca e identificar o tumor, deve ser feita a biópsia. A principal forma de tratamento é a cirurgia com a retirada do tumor e a limpeza dos gânglios linfáticos do pescoço. Com o resultado da análise do material, pode ser necessária a complementação com a radioterapia e/ou quimioterapia. A chance de cura gira em torno de 65%”, explica o cirurgião.

Câncer de tireoide

O tumor mais frequente é o papilífero, mas também existem o folicular, o medular e o anaplásico. As causas do surgimento desse câncer ainda não são completamente conhecidas, mas a mais comum é a exposição à radiação. Aparece como um nódulo na parte anterior do pescoço, que precisa de avaliação do médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e/ou endocrinologista.

“A principal modalidade de tratamento é a cirurgia para remoção do tumor, com a retirada da glândula tireoide, chamada de tireoidectomia. Em alguns casos, pode haver a necessidade de tomar o iodorradioativo como complemento da cirurgia e, muito raramente, o uso de radioterapia e quimioterapia. O indivíduo tem chance de 98% de cura, quando diagnosticado no início”, esclarece Dr. Kulcsar.
 

Câncer de laringe

O câncer de laringe atinge, principalmente, as cordas vocais e, na maioria dos casos, está associado ao tabagismo. Em geral, surge de uma rouquidão que permanece por mais de 15 dias e/ou pela presença de nódulos no pescoço. O diagnóstico é feito pelo exame das cordas vocais, chamado de laringoscopia, junto com a biópsia.
 

“Para os tumores pequenos, o tratamento é feito com radioterapia ou cirurgia. Para os tumores mais avançados, que acarretam em dificuldade de respirar e comer, o tratamento é a laringectomia total (retirada da caixa da voz), acrescido de radioterapia e até quimioterapia. As chances de cura dos tumores pequenos são maiores, chegando a 90%, enquanto a dos maiores fica em torno de 50%, dependendo do estágio da doença”, finaliza o especialista.

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