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Tecnologia

Hyperloop promete viagem de Porto Alegre à Serra em 19 minutos

Estudo de viabilidade da empresa em parceria com UFRGS aponta custo de R$ 40 bilhões

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Os resultados de um estudo de viabilidade de uma rota de transporte de altíssima velocidade entre Porto Alegre e Caxias do Sul foram conhecidos na última quinta-feira (2). A análise foi realizada por meio de um acordo com o governo gaúcho e em parceria com a Hyperloop Transportation Technologies (HyperloopTT).

A pesquisa para a implementação do modal em cápsulas para passageiros e cargas é pioneira na América Latina e estima que, em 30 anos, haverá uma redução de R$ 2,3 bilhões no custo operacional da rota que vai de Porto Alegre a Caxias do Sul, passando pelas cidades de Novo Hamburgo e Gramado.

O estudo de viabilidade considerou o período de cinco anos para a implementação do sistema e analisou os impactos do projeto no decorrer de 30 anos de funcionamento do transporte no sul do país. Com o sistema, o trajeto de 135 quilômetros, que hoje é feito em duas horas de carro, poderá ser realizado em apenas 19 minutos e 45 segundos, em uma velocidade máxima de 835 km/h.

Um aspecto priorizado pelo estudo foi a viabilidade econômica do projeto. De acordo com as características geográficas da região, constatou-se que o valor total para a implementação do Hyperloop, junto com os custos de operação e os impostos pelos próximos 30 anos, será de US$ 7,7 bilhões (aproximadamente R$ 39,7 bilhões).

O valor investido é compensado já nos primeiros cinco anos de funcionamento, principalmente com receita proveniente dos passageiros (52%) e empreendimentos (35%), além de aluguel de lojas nas estações (2%), publicidade (2%) e transporte de carga (1%). Como o projeto não exige subsídios governamentais, a empresa interessada em realizá-lo terá um retorno completo e passará a lucrar em apenas 14 anos.

Já dentre os principais benefícios para a economia local estão a criação de 50 mil empregos diretos no setor de construção durante o período de obras, 9.243 empregos diretos e indiretos e 2.077 empregos no segmento de energia solar anualmente durante três décadas, crescimento do PIB e o aumento da receita tributária. Dessa forma, os ganhos serão cerca de 31% superiores aos custos envolvidos no projeto, revela o estudo feito pela UFRGS.

No período de análise de 30 anos, a projeção é que o transporte em cápsula, que se movimenta sem atrito em um ambiente de alta pressão, evite 67 acidentes com mortes, 1.203 acidentes com feridos e 651 acidentes com danos apenas materiais. No total, são quase 2 mil acidentes a menos no estado, em apenas três décadas.

Além da mobilidade urbana, outro setor que promete ser beneficiado na região é o imobiliário. Com cerca de seis anos de implementação do Hyperloop, deve ocorrer uma valorização de R$ 27,4 bilhões dos terrenos e propriedades no entorno das estações.

O modal proposto pela HyperloopTT é alimentado por energia renovável e prevê a instalação de painéis fotovoltaicos em 80% do percurso entre Porto Alegre e Serra Gaúcha acima do solo, considerando possíveis problemas técnicos como sombreamento, que podem inviabilizar a instalação em alguns trechos.

Seu potencial de produção anual de energia é estimado em 339 GWh, enquanto o consumo energético é de apenas 73 GWh ao ano. Assim, o Hyperloop poderá produzir 3,6 vezes mais energia do que consome e ser considerado um sistema com autossuficiência energética, em que a venda do excedente não é necessária para a sua sobrevivência.

O estudo da rota gaúcha priorizou um percurso que minimiza a distância entre as cidades e, ao mesmo tempo, se adequa à topografia do terreno para reduzir a necessidade de obras complexas relacionadas a túneis e viadutos e, assim, mitigar o impacto ambiental.

A emissão de gases que causam o efeito estufa e outros poluentes também será drasticamente reduzida com a adoção do transporte no Rio Grande do Sul, já que cerca de 95 mil toneladas de CO2 deixarão de ir para a atmosfera.

“Essa é uma iniciativa global que vai alterar de forma definitiva os padrões de mobilidade no mundo e a Universidade se sente completamente satisfeita em contribuir com esse passo histórico que está sendo buscado”, afirma Luiz Afonso Senna, um dos coordenadores do projeto pelo Laboratório de Sistemas de Transportes da UFRGS.

Fonte: Revista Amanhã

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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