Presidente do Equador decreta estado de emergência e conflito armado interno
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta nesta terça-feira (9) estado de emergência por 60 dias por dia depois que o prisioneiro mais procurado do país desapareceu da prisão onde estava detido.
Também foi decretado que 22 grupos do crime organizado sejam identificados como organizações terroristas e “atores beligerantes não estatais”. As Forças Armadas equatorianas devem realizar operações militares para neutralizar os grupos armados, ainda de acordo com o documento.
Além disso, foi formado um Conselho de Segurança Pública e do Estado para analisar a situação da segurança do país.
O Ministério da Educação do Equador anunciou que as aulas presenciais estão suspensas em todo o país até o dia 12 de janeiro. Já a Direção-Geral de Aviação Civil pediu que a segurança seja reforçada em instalações aeroportuárias, áreas públicas e imediações.
Serão identificados como terroristas os seguintes grupos:
- Águilas;
- ÁguilasKiller;
- Ak47;
- Caballeros Oscuros;
- ChoneKiller;
- Choneros;
- Covicheros;
- Cuartel de las Feas;
- Cubanos;
- Fatales;
- Gánster;
- Kater Piler;
- Lagartos;
- Latin Kings;
- Lobos;
- Los p.27;
- Los Tiburones;
- Mafia 18;
- Mafia Trébol;
- Patrones;
- R7;
- Tiguerones
Estado de Emergência
O presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência por 60 dias na segunda-feira (8), permitindo patrulhas militares, inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.
Noboa, filho de um dos homens mais ricos do país, assumiu o cargo em novembro do ano passado, prometendo conter uma onda de violência relacionada ao tráfico de drogas nas ruas e nas prisões que tem crescido há anos.
A medida foi uma resposta à possível fuga de Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos, e a outros incidentes prisionais recentes, incluindo a tomada de guardas como reféns.
Acabo de assinar um decreto de estado de emergência para que as Forças Armadas tenham todo o apoio político e jurídico para as suas ações. Acabou o tempo em que os condenados do tráfico de drogas, os assassinos e o crime organizado ditavam ao governo o que fazer.
disse Noboa.