À medida que vamos amadurecendo, em meio a erros e acertos, aprendemos muito com a nossa caminhada. Muitas vezes, mudamos radicalmente a forma de pensar, o que nos leva à outra forma de viver e de se relacionar com as pessoas.
Passamos a viver uma vida mais refletida, ou pelo menos, é o que se espera. Muitos passam a valorizar mais as relações familiares – no meu caso. Outros buscam amizades mais sinceras que ofereçam qualidade e bem-estar. Outrem, passam a ler mais buscando crescimento emocional. Essas são apenas algumas das mudanças pelas quais as pessoas passam.
No caso deste jornalista que lhes escreve este post, passei a prezar mais pelas relações familiares, procurando entender mais os defeitos dos familiares, buscando julgá-los menos e, acima de tudo, mudar a mim, em primeiro lugar, para depois tentar mudar algo em algum deles que se faz necessário.
Hoje, trago-lhes alguns filmes que assisti na Netflix que mostram essa valorização das relações familiares e humanas, no geral, e que me fizeram refletir bastante sobre as minhas relações com meus familiares, buscando corrigir os meus erros, primeiramente. São filmes que podem nos ensinar lições valiosas.
Assista-os de mente aberta, sem pré-conceitos ou julgamentos.
Rosa e Momo
Este filme retrata a vida de duas pessoas com histórias muito difíceis, que tornam as nossas querelas diárias minúsculas. De um lado, está Madame Rosa, uma sobrevivente do Holocausto, período macabro da história humana que dispensa comentários. Do outro lado, está Momo, um menino senegalês de 12 anos que, traumatizado pelo passado, comete pequenos delitos roubando objetos da casa de Rosa. Isso sem falar sobre o preconceito que sofre em razão de sua origem étnica.
Os dois vivem na belíssima Puglia, sul da Itália. Entre muitas desavenças e inquietações, regado a muitas confusões, os dois acabam se aproximando, no decorrer do filme. No fim das contas, a relação entre eles, passa a ser de afeto e admiração. É um belo filme que nos ensina que o amor salva a vida humana.
Veja o trailer abaixo:
O Vazio de domingo
Outro filme emocionante, ao qual eu já assisti duas vezes e que me fez refletir muito sobre as relações familiares, principalmente pelo fato de a história estar centralizada entre uma filha e sua mãe, as quais viviam há 30 anos separadas pelo destino.
Em meio a lindas paisagens de inverno na Espanha, momento em que se passa o filme, vive Chiara, abandonada pela sua mãe aos 6 anos. Do outro lado, em um luxuoso palácio europeu em Paris, vive Anabel, a mãe. As duas, então, vivem alheias às realidades uma da outra.
Chiara busca sua mãe com o objetivo de passar dez dias com ela. “Quero que passe dez dias comigo”. A partir de então, uma surpreendente e linear história passa a se desenrolar. O clímax, ao contrário de grande parte dos filmes tradicionais, apresenta-se bem no final. Acredite-me, a trama toda com o seu fim inesperado, fá-lo-á pensar na sua relação com sua mãe, principalmente se você a ama muito.
O caderno de Sara
Aí está outro a que eu já assisti duas vezes. É um belíssimo filme que retrata a relação entre duas irmãs. Laura, uma advogada que vive em Madri, sente a falta de sua irmã, a qual estava suspostamente morta. Contudo, ela vê uma foto de Sara que está na República Democrática do Congo, na África Central, um dos países mais perigosos do mundo.
Sem pensar duas vezes, Laura viaja com destino ao país africano, enfrentando vários obstáculos em uma realidade totalmente diferente daquela em que está acostumada a viver. Ao chegar lá, em meio aos perigos, ela parte em uma aventura no interior do país por dentro das florestas densas onde a morte está à espreita. Este é outro filme que fará você pensar nas relações familiares. Acredite-me, o final, além de emocionante, é surpreendente.
