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Tecnologia

Brasil assina acordo de membro na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN)

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, assinou nesta quinta-feira (03/02), em Meyrin, na fronteira Franco-Suiça, o acordo de acessão do Brasil como Membro Associado da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).

A organização é reconhecida pela pesquisa em física de altas energias e é considerada um dos maiores e mais avançados centros científicos do mundo. O CERN conta com 23 estados membros plenos, 9 países associados e 3 países com status de observadores, contando com a participação de milhares de cientistas de mais de uma centena de nacionalidades.

Os maiores feitos do CERN incluem a comprovação do bóson de Higgs (“partícula de Deus”), construção do LHC (Grande Colisor Hadrônico), maior e mais potente acelerador de partículas do mundo, a invenção da World Wide Web (www), em 1989, e experimentos e descobertas sobre a antimatéria.

Marcos Pontes afirma:

“É extremamente importante essa nossa participação por diversos aspectos. O primeiro aspecto é o científico, a possiblidade de intercâmbio de pesquisadores, a possibilidade dos nossos pesquisadores brasileiros poderem utilizar as instalações de pesquisa do CERN, trabalhar com cientistas de praticamente todo o mundo e muitos outros pontos importantes que vai apoiar o desenvolvimento de tecnologias avançadas em diversos setores”

Grande parte das tecnologias utilizadas no CERN são desenvolvidas em parceria com a indústria, por meio de contratos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), fornecimento de serviço e de materiais. Com a acessão do Brasil, empresas brasileiras poderão participar das licitações de contratos disponibilizadas pela organização. Segundo relatórios anuais, os gastos com contratos e encomendas junto à indústria alcançaram nos últimos anos, em média, cerca de US$ 500 milhões.

Além das soluções para a comunidade científica e para o setor produtivo do país, o acordo também será importante para as startups, empresas de base tecnológica que oferecem soluções para problemas do cotidiano.

O CERN apoia atividades de empreendedorismo e startups, por meio de uma rede de Centros de Incubação de Empresas (Business Incubation Centre – BIC), criada em 2016. Essa rede conta atualmente com nove centros espalhados por diversos países da Europa e visa levar as tecnologias inovadoras do CERN do conceito técnico à realidade do mercado. Até o momento, são 29 startups e spinoffs usando totalmente ou parcialmente as tecnologias e conhecimentos do CERN, em áreas de medicina, aeroespacial, segurança, indústria 4.0, tecnologias emergentes, entre outras.

Presença do Brasil na CERN

A comunidade científica brasileira participa dos trabalhos do CERN desde a sua criação, em 1954.

Entre os países não-membros, o Brasil foi o 4º que mais enviou pesquisadores aos experimentos do CERN, ficando apenas atrás da China, Canadá e Coreia do Sul. O Brasil passa a ser, ainda, o único país das Américas e do hemisfério sul a ser membro da organização.

Com a acessão do Brasil, pesquisadores, cientistas e outros profissionais brasileiros poderão ter acesso prioritário a postos de direção, estágios científicos de longa duração, e cursos de curta duração. Além das oportunidades para a comunidade científica brasileira, a associação permitirá ao governo brasileiro participar da agenda científica internacional no mais alto nível, trazendo não somente ganhos científicos, mas também econômicos e sociais de longo prazo, fortalecendo a posição do Brasil no cenário científico, tecnológico e de inovação mundial.

A parceria poderá, ainda, beneficiar o Sirius, acelerador de partículas vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI), unidade de pesquisa vinculada ao ministério. O Sirius é a maior infraestrutura científica já construída no Brasil, incluindo acelerador de partículas de tecnologia nacional.

Um dos principais objetivos da parceria recém-estabelecida com o CNPEM/MCTI seria o de colaborar e transferir conhecimentos técnicos para a fabricação de filamentos de nióbio e titânio para utilização em seus respectivos aceleradores.

Fonte: MCTI

Nelsir Luterek

Empresário, colunista, especialista em TI, mentor, CTO e consultor estratégico em inovação.

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