Terms & Conditions

We have Recently updated our Terms and Conditions. Please read and accept the terms and conditions in order to access the site

Current Version: 1

Privacy Policy

We have Recently updated our Privacy Policy. Please read and accept the Privacy Policy in order to access the site

Current Version: 1

Saúde

Câncer de testículos – Entrevista com o oncologista Alison Castanho

0:00

O número de casos de cânceres, ao redor do mundo, ultrapassou os 18 milhões segundo a última estimativa do World Cancer Research Fund, sediado em Londres, na Inglaterra, em parceria com o American Institute for Cancer Research feita em 2020. Destes, 9,3 milhões de casos foram em homens e 8,8 milhões em mulheres. Os 5 cânceres mais comuns no mundo são de seio – 12,5%; pulmão – 12,2%; colo retal – 10,7%; próstata – 7,8%; e estômago -6,0%. Entre os que se seguem na lista, existe o câncer de testículo que atinge 0,4 da população masculina mundial, conforme o instituto, encontrando-se na posição 27 na lista, bastante distante dos cinco primeiros colocados. Apesar de pouco sabermos – cidadãos comuns – e pouco se falar sobre ele, é importante que os homens, principalmente da faixa etária de 15 a 35 anos, estejam atentos aos sinais.

Conforme explica o Oncologista Alison Roberto Castanho, o câncer testicular é um tumor sólido, isso significa que ele é uma massa anormal de tecido sem cistos ou líquido e representa apenas 5% de todos os cânceres em homens, conforme o INCA (Instituto Nacional do Câncer) em sua última atualização de dados em agosto de 2021, cita ele. Felizmente ele é uma das neoplasias sólidas mais curáveis ​​devido aos notáveis ​​avanços no tratamento. Os tumores testiculares geralmente se apresentam como um nódulo ou inchaço indolor de um testículo, que pode ser notado incidentalmente pelo paciente ou por seu parceiro sexual. Os pacientes também podem apresentar uma queixa de dor incômoda ou sensação de peso na parte inferior do abdome, região perianal ou escrotal, numa minoria de pacientes, pode ocorrer uma dor aguda, acrescenta Alison.

O INCA, em sua última previsão realizada em 2020, afirma que o Brasil somará 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022, tendo a obesidade entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de 11 dos 19 tipos mais frequentes na população brasileira. Comportamentos não saudáveis como fumar, consumir bebidas alcoólicas, sedentarismo e manter dieta pobre em vegetais também aumentam o risco de 10 tipos da doença. Quanto ao câncer de testículos, mais especificamente, o oncologista Alison afirma que existem vários fatores de risco conhecidos para neoplasia testicular, incluindo criptorquidia que é a não migração dos testículos para a bolsa escrotal em bebês, história pessoal ou familiar de câncer testicular, infertilidade ou subfertilidade e infecção pelo HIV. Algumas síndromes genéticas como a síndrome de Down, a síndrome Klinefelter – uma alteração genética rara que afeta apenas os meninos e que surge devido à presença de um cromossomo X extra no par sexual -, alguns estudos também demonstram um risco aumentado em usuários crônicos de maconha, afirma o médico oncologista.

Alison afirma que os fatores responsáveis ​​pelo aumento da incidência de câncer testicular não são claros, mas uma variedade de hipóteses foi proposta, incluindo exposição in útero ao estrogênio, exposição precoce a vírus ou outros agentes ambientais e trauma testicular. Quanto ao diagnóstico, ele pode acontecer a partir de uma suspeição clínica e pode envolver a necessidade de exames de imagem como ultrassonografia e laboratoriais e o tratamento é composto de cirurgia e quando indicado, quimioterapia ou radioterapia.

Apesar de raro, o câncer preocupa porque há chance de ele ser confundido ou, até mesmo, mascarado por orquiepididimites – inflamação dos testículos e dos epidídimos – são canais localizados atrás dos testículos e que coletam e carregam o esperma – geralmente transmitidas sexualmente, conforme também explica o INCA. O oncologista explica que como meio de estimularmos a prevenção, é necessário sempre incentivar e orientar os homens em relação ao autoexame, assim como se faz para a detecção de tumor de mama nas mulheres e também, é essencial a avaliação por um profissional médico quando necessário.

Texto e Entrevista por Cássio FT Rogalski

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo