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Datas Especiais

Dia das Mães também é um dia de saudade

Maria Eduarda Molossi, Aline Rudysink e Carla da Matta falam sobre como lidam com a falta que suas mães fazem e como as mantém vivas em suas memórias.

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Existem muitas significações para a palavra mãe e cada um, no seu âmago, pode entende-la com um conceito especial. Independente das crenças que habitam cada ser pensante, mãe é inerente a amor e proteção e, não necessariamente, precisa ser mãe biológica, pois seu significado vai muito além disso. As mães são nossas fortalezas, elas são um pedaço de nós e fazem falta quando não estão por perto e muito mais quando já se foram e não fisicamente estão entre nós, mas habitam os nossos pensamentos e se fazem presentes de uma forma ou outra. Como dizia James Joyce, escritor holandês, Tudo é incerto neste mundo hediondo, menos o amor de uma mãe.

Sua mãe pode não estar mais presente corporalmente, mas ela se faz próxima por meio de seus pensamentos, sejam eles diários ou mais esporádicos e, de algum modo, você também celebra o Dia das Mães, ou chorando de saudades, ou sorrindo relembrando os momentos que passou junto dela. A dor de não a ter, só pode ser sentida por quem a perdeu, porém nem sempre pode ser explicada, pois há momentos, situações ou sentimentos que não têm explicação.

As Mães que já partiram vivem eternamente na saudade e na memória dos seus filhos (Domingos Massa)

O Portal Roda de Cuia, mais uma vez, como em outras datas especiais, busca celebrar esta data tão especial e importante de uma forma diferente. Neste dia, damos espaço àquelas pessoas que infelizmente já perderam suas mães, mas que as mantêm na memória e no coração, como se fosse uma plantinha que você rega frequentemente para que ela permaneça viva. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas que ainda têm suas mães por perto, valorizem-nas, nutram respeito e carinho por elas e que também, possam se sentir felizes por este privilégio e para aquelas que não as têm, que possam relembrar e celebrar os melhores momentos vividos ao lado delas.

Conversamos com Maria Eduarda Molossi, Aline Rudysink e Carla da Matta sobre como lidam com a falta que suas mães fazem e como as mantém vivas em suas memórias. Prepare o lenço, pois temos certeza de que você vai se emocionar e vai lembrar de sua mãe enquanto estiver lendo e caso, ela ainda esteja com você, abrace-a e agradeça-lhe por tudo o que ela lhe representa. Caso não a tenha mais neste plano, agradeça-lhe também por todos aqueles momentos que lhe causam saudades, lágrimas e sorrisos.

Aline fala de sua mãe com grande carinho que se confunde com emoção e saudade

Bem, minha mãe faz falta toda vez que chego em casa e não a vejo, toda vez que algo bom ou ruim acontece e quero dividir com ela, aí olho pro céu e converso com ela, sinto que ela está sempre olhando por mim, é isso que me conforta. Muitas vezes bate uma saudade de rasgar o peito, aí choro muito, mas depois que passa, penso que independente da distância, estaremos sempre juntas.

Aline Rudysink e sua mãe, Diva Rudysink

Impossível suprir a falta de uma mãe pra um filho. O amor que ela sentia/sente por mim é inigualável. Meu dia das Mães ainda é doloroso, pois fazem 3 anos e 2 meses de sua partida, então eu me recolho em casa com meu pai e oro bastante por ela, tento me conectar o máximo possível. Vou ao cemitério levar flores, que ela amava.

Minha Divina, como a chamavam, é uma pessoa inesquecível, incomparável, ela está em tudo de bonito que vejo. Lembro do cheiro, da voz, da risada mais gostosa do universo. E nessas datas comemorativas que sinto mais saudade, ela sempre se faz presente nos meus sonhos que são de reencontros e abraços saudosos onde ela me diz que está bem, com saudade e que me ama.

Maria Eduarda fala de momentos saudosos que viveu com sua mãe, Rita Molossi e diz que ainda sente muito a sua perda

Lidar com a falta da minha mãe ainda tem sido difícil. Nos separamos nesse plano a 1 ano e 6 meses e não há um dia se quer, que eu não pense nela. Ainda é difícil não ter ela para contar algo, para pedir um conselho, pra ganhar um carinho e pra ter um mimo culinário no final de um dia cansativo. E principalmente, amor de mãe! Isso foi uma coisa que nunca faltou e sei que de onde ela estiver, continua me guardando, me protegendo e comemorando minhas vitórias, de sonhos que construímos juntas.

Maria Eduarda Molossi e sua mãe, Rita Molossi

 Suprir a falta dela é impossível, conforme o tempo passa, a dor vai se tornando cada vez mais saudade. Saudade que segue apertando o peito e em datas como o dia das mães, eu talvez não saiba lidar com ela ainda. Falar sobre Ritinha, sempre foi muito fácil, mas desde que ela se foi, meus olhos enchem de lágrima e eu ainda tento entender todos os desígnios de Deus e as promessas que ele tem para cada um de nós.

 Nunca pensei em ter que seguir a vida, aos 21 anos, sem mãe… e hoje e para sempre, levarei essa dor comigo! Que as memórias felizes que eu tenho dela, se mantenham em todos os dias das mães da minha vida! Inclusive, passarei ele em um dos lugares que conhecemos juntas, que me apresentou e me mostrou o mundo, onde tudo me lembra ela!

Carla da Matta acredita que consegue amenizar a saudade de suas mães por meio de seus filhos

A falta e uma ferida que aos poucos vai cicatrizando, mas sempre vai ficar escondido e principalmente nessas datas ou não quando lembramos de algo no nosso dia a dia que faz lembrar dela e muito dolorido mas sentimos em silêncio. Acho que conseguimos amenizar quando temos filhos, esse amor e tão grande que mesmo lembrando muito da nossa rainha nos conforta é acolhe sabermos que temos um amor grande como o dela e agora nós somos as mães e é um sentimento diferente.

Carla da Matta com sua mãe biológica, Jocelia da Matta em vermelho.
Carla da Matta com sua mãe de criação, Margarida Rudysink em preto.

Meu dia das mães ao mesmo tempo que é ótimo por ter meus filhos e uma lembrança constante por ter tido uma pessoa tão especial e agora ela ser às doces lembranças. Acho que a lembrança da mãe nunca pode ser apagada dentro de nós aprendemos a conviver com o vazio no coração. A Mãe não tem como ser esquecida e a rainha da minha vida eu além de guardar na lembrança e no coração guardo nas fotos e coisas que mantenho em casa que lembram ela.

Uma boa mãe vale por cem professores. (George Herbert)

Origem do Dia das Mães

Tudo começou na Grécia e Roma antiga

Essa celebração teve origem na Grécia e Roma Antiga, mais precisamente nas festas primaveris. Nesses eventos aconteciam os cultos de adoração às divindades que representavam as mães, como as Deusas Reia, mãe dos deuses, ou Cibele, a Deusa mãe romana, conhecida também por Magna Mater.

Com o passar do tempo, essa celebração foi crescendo e adquirindo lugar de destaque nas datas comemorativas, sendo festejada em quase todas as partes do mundo, em diferentes épocas.

Na Inglaterra, surge o Mothering Day no século XVII

No século XVII a Inglaterra surge como motivadora dos eventos e comemorações em homenagem às mães. Lá a data é celebrada no quarto domingo da Quaresma e denominado de “Mothering Day”. Desde então, os operários passaram a ter esse dia de folga com o intuito de visitarem suas mães.

Nos Estados Unidos, no início do Século XX, a data como a conhecemos se populariza

A celebração ganhou maior visibilidade a partir dos esforços de Anna Jarvis (1864-1948), uma jovem norte-americana que havia perdido sua mãe, a ativista Ann Maria Reeves Jarvis, em 1905.

Ann Maria Reeves Jarvis já tinha um trabalho no sentido de valorizar as mulheres que exercem a maternidade e havia fundado em 1858 o Mothers Day Work Clubs, realizando campanhas em prol das mães trabalhadoras e contra a mortalidade infantil. Seguindo os passos da mãe, sua filha Anna também se torna ativista.

Com o falecimento de Ann e a enorme tristeza que isso lhe causa, Anna Jarvis inicia então, com o apoio de suas amigas, uma campanha nos EUA a fim de demostrar a importância da figura materna na sociedade.

Ann Marie Reeves Jarvis (esquerda) e sua filha Anna Marie Jarvis (direita)

Ela deu continuidade ao trabalho de sua mãe e conseguiu fazer com que fosse reservado um dia em comemoração às mães.

A data foi oficializada nos Estados Unidos em 1914 pelo presidente Woodrow Wilson (1856-1924) e se popularizou pelo mundo, sendo celebrada com muitos presentes, almoços familiares e surpresas.

Anna Jarvis ficou bastante desapontada ao perceber que o evento havia se tornado comercial, pois foi desvirtuado de seu principal objetivo, que era reunir mães e filhos e celebrar a presença materna.

Nas palavras dela: “Não criei o dia das mães para ter lucro”, frase que enfatiza sua indignação ante esse fenômeno comercial. Em muitos países, a celebração é considerada uma das mais altas temporadas de lucros e movimentação de consumidores, depois do Natal.

Enfim, Anna que não mediu esforços para que esse dia fosse oficializado como uma maneira de homenagear todas as mães, com a popularização da data e seu uso mercadológico, lutou por sua eliminação.

O 1º Dia das Mães no Brasil chega em 1932

No Brasil, o Dia das Mães é comemorado no segundo domingo do mês de maio, assim como nos Estados Unidos, Japão e Itália.

A data foi implementada em 1932 no governo de Getúlio Vargas, embora já seja comemorada desde 1918, por iniciativa da Associação Cristã de Moços, de Porto Alegre.

Mais tarde, em 1947, o Arcebispo Dom Jaime de Barros Câmara, determinou que o dia fizesse parte também do calendário oficial da Igreja Católica.

No país, a data é muito popular e comemorada de diversas maneiras, como eventos especiais e atividades escolares. (Calendarr)

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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