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Fashion

Moda: Roupa de boneca, uma tendência crescente no artesanato

Conheça a artesã que viu a oportunidade na pandemia para alavancar o seu negócio

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Quem nunca ouviu falar sobre a boneca Barbie, uma febre que até hoje faz sucesso no mundo revolucionando diversos modelos e estilos? Qual menina não teve uma quando era criança? No Brasil a boneca chegou em 1982, e desencadeou uma representatividade na forma de como as meninas brasileiras passaram a se ver e a sonhar além dos tradicionais estereótipos e gêneros.

A boneca Barbie foi lançada oficialmente em 9 de março de 1959, na Feira Internacional de Brinquedos em Nova York, por sua criadora Ruth Handler, cofundadora da empresa de brinquedos Mattel. Ela era uma mulher visionária que sentiu a necessidade de brinquedos para meninas. Até então, as opções eram as bonecas bebês.

A ideia de Ruth foi de trazer uma boneca mais moderna, mais adulta para que as meninas pudessem trocar as roupas e os acessórios, tendo mais liberdade para explorar a própria imaginação.

“A moda é algo multicultural, que vem de milhares de anos e a indústria de brinquedos não poderia ficar de fora, pois estamos falando de roupas, tecidos, moda. Vários profissionais entenderam que o mercado permitia espaço para o vestuário das bonecas”. Blog Andina.

Em entrevista ao Roda de Cuia, a artesã Ana Paula de Albuquerque nos conta como surgiu a ideia de fazer roupinhas para as bonecas. Tudo começou há três anos, no ápice da pandemia, quando a filha da minha prima fez um pedido que precisava de roupinhas para suas Baby Alive, na época a menina tinha 3 anos, e foi quando pesquisei o trabalho de criação de roupas de bonecas. Foi assim que surgiram as primeiras peças.

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Abertura do Próprio Negócio

Esse fascínio pela costura não é de agora, já vem de muito tempo. Paula, trabalhou por anos, até 2014, na empresa Mara Gaúcha, foi quando tomou a decisão de fazer um acerto e comprou duas máquinas novas e abriu o seu próprio negócio na sua casa em 2015 com o nome Ateliê de Costura Paula.

Pandemia X Oportunidade

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Foto: Roda de Cuia

Paula continuava trabalhando no seu ateliê, em casa, com reformas de peças sob medida para terceiros. Mas, não se sentia feliz com o trabalho que desenvolvia e nem tinha amor pelo que fazia. Porém, com a pandemia, em 2020, foi a época em que mais ganhou dinheiro com a costura, fazendo máscaras 3D. Com o auxílio do governo, investiu no seu negócio, comprou muito tecido e o que antes era um trabalho não prazeroso, deu lugar aos vestidos Baby Alive, surgindo assim, a marca que é atualmente Paula Coisas de Boneca, nome que agregou ao seu ateliê.

“Em outubro de 2020, veio a satisfação profissional.  Hoje trabalho sete dias por semana, uma média de 12h a 15h horas por dia, em casa e estou muito feliz porque faço o que amo”.

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Paula explica como se inspira para fazer as roupas e se ela segue as tendências de moda. “Hoje em dia, com o YouTube, tenho duas influencers, Raquel Gaúcha Crochet que dá aula de alguns modelos da Barbie e, a Soraia, da Dona Boneca Crochet, que tem um canal Baby Alive for Fun. Ela ensina os modelos da boneca e faz umas novelinhas que as crianças adoram e reconhecem as peças que são os modelos que desenvolvo, mas as mães não. Em relação às tendências de moda que acabo seguindo, o vestido do filme Barbie, foi um sucesso tão grande que esgotou na Expo Erechim. Também, algumas datas comemorativas, como os trajes gaúchos entre outros.

A matéria-prima para confecção das roupas é adquirida por meio de eventos que participa com intuito de trazer matéria-prima diferente que não conhece, como o Mega Artesanal 2023, que é uma feira completa, realizada há mais de 15 anos em São Paulo, com a participação da Indústria, do Comércio, dos Ateliês, Confeiteiros e Artesãos. Oferece infinitas oportunidades para quem gosta e faz arte, artesanato e artes manuais. Milhares de cursos e demonstrações são oferecidas, além dos lançamentos e venda de produtos, matérias-primas, projetos, desafios, exposições, premiações, encontros, negócios e muito mais

“Estive no Mega Artesanal através da Prefeitura Municipal que incentiva o artesanato ganhamos a viagem para conhecer e trouxe muitos detalhes de botões florzinha, umas linhas que nem sabia que existiam e que fazem toda a diferença no produto. O tecido do vestido do filme também trouxe da mega”.

Paula, destaca o apoio e o incentivo da Prefeitura Municipal para o Artesanato de Erechim, assim como amigos que acreditam no seu trabalho, como Michele Sansigolo que é a Turismólogo do município e, em especial, para a Berenice Didone. Essas pessoas são importantes para fomentar cada vez mais o artesanato devido aos eventos proporcionados pelo município. Em pouco mais de um ano, participei de várias feiras, entre elas, as duas principais da capital, Frinape e a Expo Erechim. Nunca pensei em chegar tão longe. Antigamente achava que eu era só costureira, agora sou artesã registrada. Em setembro, tirei minha carteira de artesã por conta das roupas de crochê que não há igual na região, só eu que faço. Estamos no melhor momento no artesanato em Erechim, ainda temos algumas lutas como uma feira no mínimo mensal, na rua, para criar o hábito na população de feiras, mas já temos muito a agradecer pelas coisas que já conquistamos.

Memórias da Infância

Paula relembra a sua infância “nasci em Porto Alegre, vim para Erechim com sete anos de idade e sempre fui apaixonada pelas roupinhas da Barbie. Nas férias, eu passeava na casa da minha dinda e trazia do Brique da Redenção em Porto Alegre e ali já fazia algumas roupinhas com retalhos da minha vó Rosa que me dava”.

 O artesanato está em alta. Um trabalho manual que é feito peça a peça e não em larga escala, deve ser valorizado e apreciado por todos para incentivar e a apoiar as artesãs a produzirem suas artes e garantir sua fonte de renda.

Para maiores informações: @coisas.de.boneca / (54) 98435-1560 Paula

Regiane Ferreira

Jornalista

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