Quatro ministros do governo provisório do Afeganistão são ex-presos de Guantánamo
Membros do Talibã foram liberados da prisão dos EUA em Cuba em 2014, após acordo com Obama
Quatro ministros do governo provisório do Afeganistão, anunciado pelo Talibã na última terça-feira (7), estiveram presos pelas autoridades dos Estados Unidos. Jairulá Jairjwa (Ministro Informação e Cultura), Norulá Nuri (Fronteiras), Abdul Haq Wasiq (diretor serviço inteligência) e Mohamad Fazl (vice-ministro de Defesa) estiveram presos na Base Militar de Guantánamo, território ocupado pelos EUA em Cuba, e foram soltos em 2014 em troca da liberação do sargento estadunidense Bowe Bergdahl, capturado pelo Talibã em 2009.
A troca foi negociada durante a gestão de Barack Obama, na qual Joe Biden foi vice-presidente. A Casa Branca afirma que o seu reconhecimento do novo governo afegão dependerá das ações do Talibã.
Além dos altos funcionários do governo provisório, o atual governador do estado de Khost, Mohamad Nabi Omari, também esteve detido na base de Guantánamo. Khost está a 233km à leste da capital Cabul, na fronteira com o Paquistão, região rica em petróleo.
Após a retirada de tropas do Afeganistão, Biden volta a ser questionado diante da composição do novo governo Talibã.
A China defende que Washington e seus aliados cooperem com ajuda econômica ao Afeganistão após 20 anos de invasão do seu território. O chanceler chinês Wang Yi anunciou o envio de US$ 31 milhões (cerca de R$ 150 milhões) em ajuda humanitária.
Nesta quarta-feira (8), o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin classificou como uma “etapa importante” o estabelecimento de um governo provisório no Afeganistão depois de “três semanas de anarquia”.
A China, que compartilha 76 km de fronteira com o Afeganistão, decidiu manter sua embaixada aberta em Cabul.
Fonte: Brasil de Fato