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Europa

O que acontece agora após a morte da rainha

Com a morte da rainha Elizabeth II, cada passo das próximas semanas estão sendo planejados e ensaiados aos mínimos detalhes – e foram até sinalizados pela própria monarca

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Há décadas acontecem reuniões regulares entre os vários departamentos envolvidos, desde grupos do governo central e local até autoridades militares e religiosas e representantes dos outros 14 países onde Elizabeth II também foi chefe de Estado.

A bandeira da União será baixada em edifícios públicos em todo o Reino Unido. O Estandarte Real, que é a bandeira pessoal do monarca, nunca é baixado porque o monarca nunca morre.

Embora muitos dos detalhes ainda não tenham sido divulgados, aqui está o que sabemos agora.

Rei Charles III

O príncipe Charles automaticamente se torna rei após a morte de sua mãe. Ele será nomeado como rei Charles III.

Ele agora é o chefe de Estado não somente da Inglaterra, mas de outros 14 países da Commonwealth, incluindo Austrália e Canadá. Ele também se torna líder dos 56 membros da Commonwealth, embora essa não seja uma função com transmissão hereditária. Sua chegada ao cargo foi acordada por líderes da Commonwealth em uma reunião em Londres, em 2018.

Ele se tornou chefe das Forças Armadas britânicas, do Judiciário e do serviço público, e é o Governador Supremo da Igreja da Inglaterra. Ele é a Fonte da Honra, o que significa que todas as honras, como o título de cavaleiro, agora serão dadas em seu nome.

Salva de tiros e mudança de títulos

Um dos primeiros compromissos após assumir o trono será uma reunião do Conselho de Adesão numa cerimônia no St. James’s Palace, em Londres. Ele vem em duas partes. Na primeira parte, a morte do soberano é formalmente anunciada, e o novo soberano é proclamado. Esta é uma reunião fechada, mas com a presença de centenas de dignitários e membros do Conselho Privado, que é um painel de conselheiros reais.

O principal rei das Armas da lerá da sacada do palácio a proclamação do novo rei e as salvas de tiros ecoarão por toda a capital. Haverá outras proclamações seguidas no Royal Exchange – no distrito financeiro – e nas capitais das nações – Edimburgo, Cardiff e Belfast. As bandeiras retornarão ao topo do mastro enquanto as proclamações são feitas.

A segunda parte da reunião do Conselho de Adesão tem participação do rei e outros membros da realeza. Pela primeira vez na história, veremos este ritual centenário, que será transmitido ao vivo.

O príncipe William é agora o primeiro na linha de sucessão ao trono e herdou o título de Duque da Cornualha de seu pai e a renda que vem com isso. Ele agora tem vida financeira próspera e sua esposa, Kate, assumiu o título de Duquesa da Cornualha, substituindo Camilla, que tecnicamente se torna rainha. O mundo então assistirá enquanto o rei Charles III assume uma série de compromissos e jura fidelidade à Igreja da Escócia.

Livros de condolências serão abertos no St James’s Palace e em outros locais. Após o Conselho de Adesão, Charles retornará ao Palácio de Buckingham para reuniões com políticos e líderes da igreja.

Nas 24 horas após o anúncio da morte da rainha, haverá salvas de tiros em Londres – uma leva para cada ano da vida de Elizabeth – e uma transmissão ao vivo do novo rei será exibida. Uma cerimônia será realizada na Catedral de São Paulo, em Londres, nos próximos dias, que não contará com a presença da família real. É um momento para o público se lembrar de sua Rainha. Espera-se que pessoas de todo o país apareçam.

Nos próximos dias, os sinos da Abadia de Westminster, da Catedral de São Paulo e do Castelo de Windsor vão tocar.

Preparativos para o funeral

Como monarca, a rainha Elizabeth recebe automaticamente um funeral de estado com financiamento público, e os detalhes serão divulgados nos próximos dias. A rainha morreu no Castelo de Balmoral, sua residência na Escócia, então nos próximos dias serão feitos arranjos para que ela seja transportada de volta para a Inglaterra.

Elizabeth pode ter aprovado seus próprios planos funerários, mas eles só podem ser assinados pelo monarca em exercício. O rei Charles III cumprirá esse dever em uma reunião com o Earl Marshal que supervisiona os eventos cerimoniais. Podemos supor que ele dará seu aval, pois já viu os planos e pode ter feito ajustes como parte do processo de planejamento.

A última ordem de serviço no dia da morte seria uma reunião do comitê de Lord Chamberlain, que é responsável pela administração da Casa Real, para garantir que tudo esteja em ordem nas próximas duas semanas, incluindo o funeral em Westminster e enterro em Windsor.

Os corpos dos antigos monarcas permaneceram no Westminster Hall, a parte mais antiga do Palácio de Westminster, que abriga o parlamento do Reino Unido. Seus caixões repousam em uma plataforma elevada no meio do salão guardado 24 horas por dia por unidades da Guarda-costas do Soberano, Guardas de Infantaria ou do Regimento Montado de Cavalaria Doméstica.

Os membros da família real britânica que possuem alta patente militar, o consorte do soberano e o herdeiro do trono normalmente recebem funerais reais cerimoniais.

O príncipe Philip, marido da rainha há mais de 70 anos e o consorte britânico mais antigo da história, recebeu um funeral cerimonial real na Capela de São Jorge em Windsor, a oeste de Londres, em abril de 2021. As restrições da pandemia de coronavírus fizeram com que a congregação fosse limitada a 30 familiares e amigos próximos.

Philip também esteve intimamente envolvido no planejamento de seu próprio funeral, certificando-se de que a cerimônia refletisse suas afiliações militares e interesses pessoais. Milhões de pessoas assistiram ao cortejo fúnebre televisionado, mas as multidões foram desencorajadas a se reunir em Windsor ou em outras residências reais.

Todos os outros membros da família real, seus filhos e seus cônjuges geralmente recebem uma cerimônia real privada.

Por CNN

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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