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Europa

Putin se prepara para uma longa guerra, alertam EUA

Para chefe da inteligência dos EUA, guerra na Ucrânia não deve acabar com conquista de Donbass, no leste. Putin conta com queda no apoio ocidental a Kiev e só usaria arma nuclear se percebesse "ameaça existencial", diz.

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A Inteligência dos Estados Unidos alertou nesta terça-feira (10/05) que o presidente russo, Vladimir Putin, está se preparando para uma longa guerra na Ucrânia e que uma eventual conquista da região de Donbass pela Rússia não deve encerrar o conflito.

Em audiência no Senado, a diretora da Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, afirmou também que Moscou conta com uma diminuição do apoio ocidental a Kiev.

Segundo Haines, os objetivos estratégicos de Putin provavelmente não mudaram desde o início da invasão, apesar da retirada de tropas russas na região de Kiev e concentração no leste ucraniano, onde separatistas apoiados por Moscou enfrentam forças de segurança ucranianas há anos. Ela alertou que o líder russo pretende expandir o conflito para além da região de Donbass e que a guerra pode entrar numa fase mais imprevisível, volátil e sanguenta nos próximos meses.

“A natureza incerta da batalha, que está se transformando numa guerra de desgaste, combinada com a realidade de que Putin enfrenta um descompasso entre suas ambições e as atuais capacidades militares da Rússia, provavelmente significa que nos próximos meses poderá se avançar numa direção mais imprevisível e numa escalada da violência”, avaliou Haines.

A diretora disse que Putin poderia buscar “meios mais dramáticos” para atingir seus objetivos, incluindo a imposição da lei marcial na Rússia e a mudança na produção industrial para sustentar o esforço de guerra, além de realização de novos testes nucleares como alerta ao Ocidente. Ela avaliou ainda que o uso desse tipo de armamento seria aprovado pelo líder russo somente se ele percebesse uma “ameaça existencial” ao seu regime.

Haines acrescentou também que Putin “provavelmente” conta com um enfraquecimento do apoio dos Estados Unidos e da União Europeia à Ucrânia, quando a escassez de alimentos se agravar e os preços de energia subirem ainda mais.

Ela ressaltou que Putin pretende criar uma ligação terrestre entre a Crimeia e a Transnístria, na vizinha Moldávia, mas para isso, necessita de uma mobilização militar maior. Haines afirmou que, apesar da escala da ofensiva russa, suas forças atuais podem não ser grandes ou fortes o suficiente para capturar e manter o território que deseja.

Por DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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