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CulturaErechim

Patrick Menegazzo apresenta a peça teatral “A Aposta” no 25 de julho

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Aconteceu na última sexta-feira, (09), no Centro Cultural 25 de Julho, em Erechim, a apresentação do monólogo teatral chamado “A Aposta”, do renomado autor russo Anton Tchekhov, (1860-1904). O monólogo apresenta o desenrolar e as consequências de uma aposta entre um poderoso banqueiro e um jovem turista interpretado pelo ator erechinense, Patrick Menegazzo. A apresentação contou com um público de mais de 200 pessoas.

Patrick Menegazzo

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Ator Patrick Menegazzo contracenando em “A Aposta”. Créditos: Nelsir Luterek/Portal Roda de Cuia

O ator e diretor Patrick Menegazzo é natural de Erechim. Iniciou sua carreira no teatro em 2008 pela Escola Belas Artes. Em sua trajetória, ele possui diversos trabalhos na área de teatro, cinema e televisão.

No pouco tempo que residiu em São Paulo, levou aos palcos seu solo “A Aposta”, adaptação de um conto de Tchecov, participou de vários comerciais nacionais, e ainda da série Hard, da HBO, Rota 66da Globo e muitos outros trabalhos comerciais para grandes marcas nacionais.

Ele é criador da Dona Rute, Seu Antônio, Chico O Caipira, Gervásio Fagundes e Don Canelone.

O monólogo “A Aposta”

Apoiado em uma história emotiva e de natureza louvável, este conto adaptado em monólogo teatral, do renomado autor russo Anton Tchekhov (1860-1904), apresenta o desenrolar e as consequências de uma aposta entre um poderoso banqueiro e um jovem jurista.

Em jogo estão uma pequena fortuna do primeiro e a liberdade do segundo. Contudo, “A Aposta” vai além de uma narrativa sobre ganhar e perder. Nesse caso, o “ser e ter” são colocados e discussão. E assim como outros textos do autor, trata-se de um olhar sobre o comportamento humano.

A apresentação

Durante a apresentação, o público presente não tirava os olhos do palco, buscando nos gestos, nas cenas e, principalmente, imaginando qual seria o desfecho da história. O ator contracenava de forma que os envolvidos – o banqueiro e o jovem turista – vivessem a realidade dos dias atuais. Inicialmente, o banqueiro, cheio do dinheiro, sem ligar para 2 milhões, esnoba o mais pobre e, de outro lado, um turista que não consegue imaginar o que fazer com uma quantia daquelas, decidem fazer uma aposta. O turista aceita ganhar 2 milhões e ficar 15 anos preso solitariamente.

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Cena de “A Aposta”. Créditos: Portal Roda de Cuia

O banqueiro por sua vez vai torrando a fortuna e acaba passando o tempo, percebe que a aposta vai lhe trazer prejuízo, pois devido a sua ganancia de sempre querer mais, dá a entender que acaba se arrependendo e mostrando que está pobre. No desenrolar da história, sabendo que o jovem turista está próximo a sair, ele estuda muitos planos para querer matar o jovem, mas ao se deparar com ele preso, e com a leitura da sua carta final escrita pelo presidiário, começa a perceber que o que ele viveu e ostentou não tem significado nenhum.

Conversamos com Patrick Menegazzo, após sua apresentação. Confira:

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Créditos: Portal Roda de Cuia

Roda de Cuia: Como é fazer uma apresentação artística no atual cenário do “Tudo politicamente correto”?

Patrick Menegazzo: No primeiro momento eu penso em respeitar o texto, sei que o texto desta peça é um pouco forte, muito potente, embora ele tenha um vocabulário um pouco complicado para algumas pessoas entenderem. É um texto que tem mais de 100 anos, sendo muito pertinente e relevante.

Hoje em dia, as coisas estão muito latentes, são muito opostas, cada um olha para um lado. Assim “A Aposta”, que fala da relação do ser humano com o dinheiro, tendo uma abordagem muito importante para a nossa época, principalmente porque, em alguns casos, as pessoas são muito gananciosas. Fazer arte sempre foi difícil. Nos últimos anos está muito mais difícil. Fazer arte hoje no país, é um ato de resistência, é uma voz que a gente não pode calar.

Roda de Cuia: De onde veio a inspiração para fazer a peça “A Aposta”?

Patrick Menegazzo: Este texto não é necessariamente uma inspiração minha. Recebi ele de um amigo, o Carlinhos Tabajara, de Passo Fundo, ele me disse que o texto era minha cara. Isso foi há uns 10 anos, aproximadamente. Quando eu vi o texto falei “Nossa, isso aqui é mesmo a minha cara, posso apresentar daqui a 30 anos que ele vai ser relevante, pois os personagens do texto acabam meio que se mesclando”. Acho que o texto deste monólogo tem a ver com a nossa sociedade sendo quase um retrato dela. É um texto que eu já trago há 10 ou 12 anos e pretendo continuar com ele. Toda vez que eu o deixo parado por uns seis meses ou um ano, em cada nova reapresentação, ele me renova.

Roda de Cuia: Como está sendo o seu retorno para a sua terra natal, Erechim?

Patrick Menegazzo: Na verdade, morei por quase 4 anos em SP, acabei de gravar este ano uma participação em uma série da Globo Rota 66, que vai estrear agora em outubro em que meu papel foi de um policial em Porto Alegre, baseada no livro de Caco Barcelos. Assim eu acabo sempre voltando para Erechim por causa da expectativa, pois aqui, a gente nunca sabe como é que vai ser, se vai ser casa cheia, não vai. Geralmente Erechim me recebe muito bem. Escuto na cidade e região, “Ah, mas em Erechim não dá nada. Para mim dá”. Então eu fico muito feliz porque o povo respeita o meu trabalho e, assim, aquela expectativa é até superada, às vezes. Eu sempre fui muito bem recebido aqui.

Multimídia

Créditos devem ser dados a Nelsir Luterek (Roda de Cuia).

Nelsir Luterek

Empresário, colunista, especialista em TI, mentor, CTO e consultor estratégico em inovação.

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