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Américas

Brasil convida União Europeia pela primeira vez para observar sua eleição nacional

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A principal autoridade eleitoral do Brasil, o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), disse à Reuters na segunda-feira (11) que convidou a União Europeia pela primeira vez para observar suas eleições gerais este ano, quando o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição.

Bolsonaro questionou a validade do sistema de votação eletrônica do Brasil e fez alegações infundadas de fraude na corrida de 2018, despertando preocupações de que ele possa não aceitar os resultados das eleições de outubro.

Pesquisas de opinião recentes mostram que o presidente de extrema-direita está bem atrás do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, que lida com a política externa da UE, respondeu no mês passado agradecendo ao TSE pelo convite, dizendo que precisava consultar os 27 estados membros do bloco e o Parlamento Europeu, disse uma pessoa com conhecimento do assunto à Reuters.

Essa fonte e outra, que pediu anonimato para discutir as deliberações diplomáticas, disseram que a UE planeja enviar uma missão ao Brasil em maio para avaliar a viabilidade de ser observador oficial nas eleições gerais de outubro.

A embaixada da UE em Brasília se recusou a comentar. O gabinete de Bolsonaro não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O TSE disse à Reuters que convidou outros grupos e instituições internacionais para montar missões de observação eleitoral, incluindo a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Carter Center, o parlamento do bloco comercial sul-americano Mercosul e a Fundação Internacional para o Sistema Eleitoral, com sede em Washington (IFES). A autoridade eleitoral disse que os convites ainda estão sendo negociados.

“A OEA foi convidada antes para observar as eleições de 2018 e 2020. Este ano estamos convidando outras instituições”, disse uma fonte do TSE, pedindo anonimato para falar livremente.

Bolsonaro renovou recentemente seus ataques ao sistema eleitoral brasileiro, dizendo que está aberto a adulterações e exigindo a adoção de cédulas de papel. Ele questionou a independência do TSE, cujos principais membros são ministros do Supremo Tribunal Federal que questionaram seus ataques ao sistema de votação eletrônica do Brasil.

No ano passado, quando os apoiadores do ex-presidente dos EUA Donald Trump invadiram o Capitólio tentando derrubar a vitória eleitoral do atual presidente Joe Biden, o admirador de Trump Bolsonaro disse, sem fornecer evidências nas mídias sociais, que havia muitos relatos de fraude na votação dos EUA.

Suas críticas ao sistema eleitoral brasileiro e os laços estreitos com as Forças Armadas preocupam os eleitores de que ele possa copiar a recusa de Trump em aceitar a derrota.

Por Reuters

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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