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Agricultura

Pesquisa viabiliza sistema de criação em larga escala de parasitoide da mosca-minadora

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Trabalho realizado pela Embrapa Semiárido (PE), em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) tornou possível disponibilizar um sistema de criação em larga escala para parasitoides da mosca-minadora, praga de dezenas de culturas agrícolas. Como inimigo natural do inseto-praga, o parasitoide é voltado para uso em programas de controle biológico.

Trata-se do primeiro agente de controle biológico para a mosca-minadora do Brasil e foi rapidamente incorporado pelo setor produtivo e registrado em julho no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A versão comercial do parasitoide Neochryoscharis formosa para o controle desse inseto foi desenvolvida pela Topbio Sistemas Biológicos, e contou com cooperação técnica da Embrapa.

As moscas-minadoras do gênero Liriomyza são consideradas pragas importantes para diversas hortaliças e plantas ornamentais como o melão, tomate, feijão, batata e crisântemo. “Entre os principais inimigos naturais desse inseto estão os parasitoides, pequenas vespas que conseguem atacar as larvas das moscas ainda dentro das folhas”, explica o coordenador das pesquisas, o biólogo Tiago Costa Lima.

“Algumas espécies dessas vespas já eram utilizadas como alternativas de controle biológico para moscas-minadoras desde a década de 1980, na Europa e América do Norte. No entanto, o conhecimento para a multiplicação massal das vespas parasitoides não estava disponível”, conta o pesquisador.

Nesse sentido, o trabalho iniciado na Esalq e finalizado na Embrapa Semiárido buscou desenvolver um sistema que permitisse a produção em larga escala e pudesse ser adaptado para multiplicação de diferentes espécies de parasitoides.

Sintonia público-privado

O primeiro agente de controle biológico para mosca-minadora no País contou com o esforço conjunto da pesquisa pública e do empreendedorismo do setor privado. Em 2017, a empresa Topbio Sistemas Biológicos selecionou o Neochrysocharis formosa, um parasitoide de mosca-minadora com ocorrência em áreas de cultivo de melão no Rio Grande do Norte, com o objetivo de torná-lo um novo produto de controle biológico.

O melão é especialmente atingido pela mosca-minadora. A dificuldade de controle da praga com inseticidas sintéticos e as exigências dos países importadores de melão por frutos livres de resíduos agroquímicos fez surgir uma forte demanda por soluções biológicas para o controle do problema.

Parasitoide Neochysocharis Formosa TopBio b
Parasitoide-Neochysocharis-Formosa (foto: TopBio)

Assim, a Topbio Sistemas Biológicos buscou a Embrapa para aprimorar a tecnologia já disponibilizada pela instituição pública, visando uma produção em escala industrial. Foi firmado um contrato de cooperação técnica com a Embrapa Semiárido, que possibilitou mais estudos sobre a biologia do parasitoide N. formosa.

No Brasil, 32 startups se dedicam ao controle biológico

Pesquisa em andamento TopBio
Pesquisa pública e empreendedorismo do setor privado desenvolveu o primeiro agente biológico para mosca-minadora no Brasil (foto: TopBio)

A ampliação do mercado de controle biológico foi confirmada em recente publicação da CropLife Brasil, com dados da consultoria Blink apontando uma tendência de crescimento de 33% do setor em 2021.

Outro mapeamento realizado pela Embrapa, por meio do Radar Agtech Brasil 2020-2021, mostrou que já existem 32 startups dedicadas especificamente ao controle biológico e manejo integrado de pragas, com foco na comercialização ou desenvolvimento de tecnologias para o combate de pragas, doenças, controle populacional e otimização da utilização de insumos.

O Ministério da Agricultura já vem percebendo a evolução desse mercado. Em 2020 foram registrados 95 produtos de baixo impacto no País, maior número já alcançado desde o início dos registros. Para se ter uma ideia da curva de crescimento, 2018 contou com 52 produtos registrados, sendo o segundo ano com maiores índices para essa área.

O Mapa considera como produtos de baixo impacto aqueles que possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento.

Esses dados demonstram o investimento crescente em uma agricultura mais sustentável, tecnificada e com diminuição da utilização de produtos químicos. A Embrapa reúne seus trabalhos nessa área no Portfólio de Insumos Biológicos, que engloba, atualmente, 96 pesquisas ativas sobre o controle biológico de pragas, promoção do crescimento de plantas e fitoquímicos. 

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