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Ásia

“Pico de covid na China pode continuar até março”

Especialista do país alerta que doença ainda não chegou a populosas regiões rurais e deve se espalhar com o feriado do Ano Novo Lunar.

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O pico de covid-19 na China deve durar de dois a três meses, segundo a avaliação do ex-chefe de epidemiologistas do Centro de Controle de Doenças da China Zeng Guang. O especialista afirmou nesta sexta-feira (13/01) à imprensa local que a atual onda da pandemia deve permanecer em alta no país “até fevereiro ou março”.

“O pico da pandemia já passou em lugares como Pequim, mas ainda está para começar em algumas regiões, como as áreas rurais”, observou Zeng. Espera-se que as infecções aumentem nas zonas rurais devido ao feriado do Ano Novo Lunar, quando milhares de chineses viajam para suas cidades natais. O feriado começa em 21 de janeiro e, antes da pandemia, era conhecido como a maior migração de pessoas no mundo.

No mês passado, a China abandonou abruptamente sua política de “covid zero”, famosa por seus lockdowns em massa, que alimentou protestos históricos em todo o país em novembro. O governo chinês também determinou a reabertura das fronteiras. O fim das medidas restritivas causou uma onda de infecções no país de 1,4 bilhão de habitantes.

Segundo Zheng, o pior do atual surto ainda não passou. O especialista manifestou preocupação com “a situação nas zonas rurais da China”. Ele destacou que essas regiões são populosas e suas instalações médica são relativamente pobres. Ele pediu ainda uma “estratégia de prevenção” da doença.

Potencial de propagação da covid

Os festivos do Ano Novo Lunar ocorrerem entre os dias 21 e 27 de janeiro. A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta nesta semana sobre os riscos decorrentes destas viagens. Apesar de especialistas terem declarado que o pico de infeções já passou em grandes cidades como Pequim, outros pedem cautela devido aos milhões de deslocamentos que vão ocorrer durante o feriado. 

No mês passado, o Conselho de Estado (Executivo) pediu aos governos locais que deem prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando “a sua relativa escassez de recursos de saúde”.

A rápida disseminação do vírus lançou dúvidas sobre a confiabilidade dos números oficiais, que relataram apenas algumas mortes recentes pela doença, apesar de a realidade sugerir que o país enfrenta uma grave crise de saúde pública.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta semana que a China não está divulgando os números completos de mortes pela covid-19 do atual surto, o que impede de saber a verdadeira gravidade da pandemia a nível global. Pequim rejeita essas acusações e alega estar sendo transparente desde o início da pandemia.

Cerca de 900 milhões de casos

Embora especialistas internacionais tenham previsto que haverá ao menos 1 milhão de mortes na China por covid-19 neste ano, o país reportou apenas 5 mil óbitos em decorrência da doença desde o início da pandemia – uma das menores taxas de mortalidade do mundo.

Com o fim da política de covid zero, cerca de 900 milhões de pessoas já teriam sido infectadas na China, estima um estudo da Universidade de Pequim. Segundo o estudo, até 11 de janeiro, 64% da população do país já teria contraído o vírus da doença.

cn (Reuters, EFE, Lusa)

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