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Religião

Menos de 50% dos alemães agora são católicos ou protestantes

Queda no número de fiéis das duas grandes igrejas da Alemanha é sentida há décadas, mas se acentuou nos últimos seis anos. Segundo projeção, em 2060, somente 30% da população será oficialmente católica ou evangélica.

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Uma projeção divulgada na última terça-feira (12/04) por especialistas aponta que as duas principais igrejas na Alemanha – a Católica e a Evangélica/Protestante  – estão perdendo cada vez mais fiéis e, juntas, reúnem atualmente menos da metade dos alemães. As estimativas são de um estudo do grupo de pesquisa Weltanschauungen (Fowid, na sigla em alemão).

“É um ponto de virada histórico porque, visto como um todo, pela primeira vez em séculos, não é mais ‘normal' na Alemanha ser membro da igreja”, afirma o cientista social Carsten Frerk, um dos autores da pesquisa.

No ano passado, 51% dos alemães ainda pertenciam à Igreja Católica ou à Igreja Evangélica (EKD, na sigla em alemão). Para efeito de comparação, em 1990, 72% eram membros de uma das duas grandes igrejas e, há 50 anos, esse número passava de 90% na Alemanha Ocidental. Uma projeção das igrejas prevê que, em 2060, apenas cerca de 30% da população será católica ou protestante.

Em 2021, a Igreja Evangélica tinha, segundo dados oficiais, 19,7 milhões de membros – um pouco menos que os 20,2 milhões registados no ano anterior.

De acordo com os cálculos do Fowid, a Igreja Católica tem atualmente 21,8 milhões de paroquianos – em 2021, tinha 22,2 milhões. Oficialmente, os números mais recentes (a partir do final de 2021) serão publicados pelas igrejas até o verão europeu.

“A tendência de queda já acontece há algum tempo, mas nos últimos seis anos acelerou mais”, explicou Frerk.

Enquanto entre 2000 e 2015 as igrejas perderam, anualmente, entre 0,6 e 0,8% dos seus membros, a partir de 2016 o número acelerou e a queda passou a ser de entre 1,0 e 1,4%.

Motivos para a queda de fiéis

Além da morte de paroquianos, as igrejas tiveram de enfrentar inúmeros pedidos de desfiliação nos últimos anos por diferentes motivos. No caso da Igreja Católica, grande parte deles se deve a escândalos de abuso de menores por membros do clero.

O presidente da associação inter-religiosa Remid, Robert Stephanus, sustentou, em entrevista à revista Der Spiegel, que os motivos para os pedidos de saída variam entre protestos conscientes contra as hierarquias eclesiásticas até o desejo de economizar em imposto.

Na Alemanha, se você declara oficialmente ser filiado a uma das duas grandes igrejas, paga um imposto obrigatório. É o kirchensteuer (imposto da igreja), uma espécie de dízimo recolhido diretamente sobre os salários e ganhos de capital dos fiéis pela própria receita federal do país. A cobrança ocorre sobre uma taxa extra de 8% ou 9% calculada em cima do imposto de renda devido.

Por DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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