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Religião

Paróquia de Nossa Senhora Aparecida do Bairro Bela Vista conta com novo diácono

A Celebração eucarística foi acompanhada pelos familiares do novo diácono e fieis da paróquia.

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Neste domingo (15), às 16h, aconteceu a missa de ordenação de Mauro José Kalinoski, novo diácono da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida do Bairro Bela Vista de Erechim. O bispo ordenante que conduziu a passagem de Mauro para o diaconato permanente foi Dom Adimir Antonio Mazali com a presença do Padre Jair Carlesso. A Celebração eucarística foi acompanhada pelos familiares do novo diácono e fieis da paróquia.

O Portal de notícias Roda de Cuia entrevistou o novo diácono e esteve presente na celebração. Veja a entrevista na íntegra abaixo.

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Roda de Cuia: Como você percebeu o chamado à missão de ser diácono? Como sua família reagiu à notícia quando soube sobre sua decisão?

Diácono Mauro Kalinoski: Na realidade, o chamado para seguir a Deus é um constante na vida de todo batizado, de todo cristão. Cabe a cada um, de forma individual perceber este chamado e de que forma responder.

Fui seminarista na adolescência e por vários motivos acabei desistindo da vida sacerdotal. Mas sempre tive a consciência que poderia ser atuante e servir a Deus de outras formas.

Após vários anos atuando em diversos setores da Igreja, a percepção de que poderia fazer mais e ter uma atuação mais efetiva era uma sensação que me acompanhava.

Quando surgiu a oportunidade para um curso de diáconos permanentes, percebi que poderia, apesar de minhas limitações, desta maneira responder ao chamado de Deus e trabalhar na Igreja e no mundo de forma mais efetiva.

Preciso ressaltar a importância da família no sentido de apoiar e compreender a decisão de assumir este papel dentro da Igreja. Neste sentido, a resposta é conjunta, a família também é chamada a viver esta nova realidade juntamente comigo.

Roda de Cuia: Diaconato é um ministério carregado de significados, para você o que isso representa?

Diácono Mauro Kalinoski: Diaconato significa serviço. Servir é o maior predicado de um diácono. Então o diácono deve estar disponível e a serviço do Reino de Deus. Estou disponível para exercer as funções que serão a mim confiadas pela ordenação que receberei. Estou pronto e disposto a trabalhar pela construção do Reino que Jesus nos ensinou por meio de sua pregação. Este Reino de igualdade, de liberdade, de amor, de profunda transformação, de fraternidade e solidariedade só é possível se nos dispusermos a seguir a Jesus e sua Boa Nova.

Roda de Cuia: Ao percorrer o caminho até este momento especial de ordenação, você teve que abrir mão de muitas coisas. Pode descrever um pouco desta trajetória rica de espiritualidade?

Diácono Mauro Kalinoski: Como citei anteriormente, sempre me senti chamado, convidado a trabalhar e participe na construção do Reino de Deus. Este sentimento sempre gerou em mim uma “inquietação”, um “desassossego”, algo que me incomodava.

Com a resposta positiva da família, da Diocese de Erexim, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e da minha comunidade Santo Antônio – Bairro Linho – resolvi então iniciar a escola diaconal.

E percebi, então, que era este o caminho a ser trilhado para que pudesse responder ao chamado de Deus.

E durante este período de formação, de oração, de reflexão tomei a decisão, uma das mais importantes da minha via, e que acontece neste dia 15 de maio: ser ordenado diácono permanente.

Para finalizar, o novo diácono tece comentários a respeito do Evangelho e deixa uma mensagem final aos fiéis.

Neste momento tão importante da minha vida como batizado e como cristão, e seguidor de Jesus escolhi como lema de minha ordenação o trecho do Evangelho de Mateus, capitulo 6, versículo 33: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais vos será acrescentado”.

A construção do Reino de Deus é o ponto principal que perpassa todo o ensinamento e a evangelização de Jesus. Este trecho do evangelho é o que retrata a minha motivação e será o direcionador após minha ordenação como diácono. Prioriza a necessidade de construir o Reino de Deus entre nós, neste tempo em que vivemos e dentro da realidade que atuamos. Sendo missionário, evangelizador e servidor praticamos o que Jesus nos ensinou.

Finalizando, peço a todos que rezem por mim, pela Igreja, pelo mundo. E, espero também, que compreendam que sou humano, que posso falhar, mas que, acima de tudo, espero ser digno da função à qual serei ordenado e que serei um servidor incansável na construção do Reino de Deus.

Multimídia

Créditos das fotos para Portal Roda de Cuia.

Entenda o que é o diaconato

O diaconato é um ministério, primeiro grau da ordem, carregado de significados e tem origem bíblica, no contexto dos Atos dos Apóstolos. Diante da queixa dos helenistas contra os hebreus de que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos aos pobres, os apóstolos propuseram escolher sete homens de ‘boa reputação’, ‘espírito’ e ‘sabedoria’ para que se dedicassem ao serviço da cáritas (amor fraterno) (cf. At 6,1-6). No decorrer da história, o diaconato tornou-se o ministério do ‘serviço da caridade’, da ‘proclamação da Palavra’ e do ‘serviço do culto’.

Os Padres da Igreja, Irineu de Lião, Cipriano e Eusébio de Cesareia ressaltaram que o diaconato constitui o núcleo identitário do Sacramento da Ordem. A essência do diaconato é servir. Derivado do grego ‘diakonós’, o diácono é aquele que pratica a ‘diakonia’ que é o ‘serviço’ à comunidade.

Conforme o documento Directorium Diaconi foi o Concílio Vaticano II a estabelecer que o diaconato pudesse, no futuro, ser restaurado como grau próprio e permanente da hierarquia definindo ser homens de idade madura, também casados, e bem assim a jovens idóneos, para os quais, porém, deve permanecer em vigor a lei do celibato.

Para se tornar diácono permanente, as normas da Igreja fazem algumas exigências: a formação deve durar pelo menos três anos (no mínimo mil horas) e deve conter obrigatoriamente Teologia Bíblica, Dogmática, Litúrgica e Pastoral. O candidato deve estar casado há no mínimo cinco anos; tem que ter pelo menos 35 anos de idade, vida matrimonial e eclesial exemplares. Além disso, é necessária autorização verbal da esposa no momento da ordenação e por escrito, arquivada no processo.

Um diácono permanente pode exercer seu ministério em qualquer lugar do mundo, pois ele recebe um sacramento válido e a Igreja é Una, Santa e Católica, ou seja, é UNIVERSAL. No entanto, o diácono está intimamente ligado ao Bispo Diocesano a quem deve plena obediência.

A Formação

A formação do futuro diácono permanente exige que seu processo de formação considere as dimensões humano-afetiva, intelectual, pastoral, espiritual e eclesial comunitária.

Além de uma sólida espiritualidade regada pela oração que alavanca e unifica o processo de formação, bebendo das fontes trinitária, eucarística e mariana é necessária especial atenção à formação pastoral missionária e propositiva.

A Escola Diaconal é a instância articuladora do processo formativo em suas dimensões, com tonalidade própria e diferenciada de outros processos formativos, levando em conta os diferentes perfis dos candidatos, incluindo os de formação universitária assim como os mais simples, que têm sabedoria pelo testemunho de vida.

A Escola Diaconal organiza o processo formativo em três etapas, depois do processo seletivo: o propedêutico, a formação básica e a formação permanente, com ênfase na formação acadêmica e articulação de programas que contemplem, de forma teórica e prática, as outras indispensáveis dimensões da formação.

As etapas da formação

O propedêutico é o tempo necessário para nivelamentos considerados indispensáveis. Ele tem a duração definida pelas necessidades dos candidatos, incluindo elementos formativos das diferentes dimensões do processo, assim como em programas e sessões especiais com o conteúdo e dinâmica definidos pelas necessidades apontadas, em grupos pequenos ou maiores.

A formação básica pode ser dada de forma intensiva (formação ao longo de vários dias seguidos, mesclando aulas, laboratórios de liturgia, convivência e celebrações, duas vezes por ano, ao longo de três ou quatro anos) ou extensiva (curso ministrado normalmente uma noite por semana ou uma manhã de sábado), com possibilidade de uso de sistemas virtuais para facilitar e intensificar o processo formativo. Isso inclui as vivências e retiros, presenciais, com a participação de esposas e filhos, oportunamente, com duração definida a partir das condições de cada candidato, no processo seletivo, vivências e retiros, com duração de até três anos.

A formação permanente, exigência própria da vocação diaconal, merece, anualmente, uma programação própria, com abordagens teóricas e vivenciais, articuladas com a periodicidade das reuniões, assembleias, retiros e vivências garantindo respostas a exigências do momento histórico e da realidade eclesial.

Nelsir Luterek

Empresário, colunista, especialista em TI, mentor, CTO e consultor estratégico em inovação.

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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