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EsporteMundo

O que você precisa saber sobre a Copa do Mundo feminina

As melhores jogadoras de futebol do mundo estão na Austrália e na Nova Zelândia para o grande torneio. Copa da Fifa de 2023 deverá ser a última de grandes estrelas, como Marta, Megan Rapinoe e Christine Sinclair.

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Quantas equipes estão envolvidas?

Pela primeira vez na história, 32 seleções – incluindo oito estreantes – participam da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Em 2019, o Conselho da Fifa votou por unanimidade para aprovar a proposta do presidente Gianni Infantino de aumentar o número de participantes, que eram 24 na Copa anterior, na França.

Em meio a temores de que a expansão do torneio pudesse comprometer a qualidade, o anúncio do aumento foi defendido por Infantino com base no sucesso do evento de 2019, sendo a mudança vendida como um “passo concreto” para “promover o crescimento do futebol feminino”.

O presidente da Fifa também anunciou um aumento em 300% do prêmio em dinheiro da Copa do Mundo feminina, para 150 milhões de dólares (cerca de R$ 720 milhões). Embora o novo valor seja três vezes maior que o de 2019 e dez vezes superior ao de 2015, ainda é consideravelmente inferior ao prêmio total de 440 milhões de dólares (2,1 bilhões de reais) concedido na Copa do Mundo masculina no Catar no ano passado.

Marta anunciou que esta será sua última Copa do Mundo/Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS/M. Smith

Onde as partidas são disputadas?

Esta não é apenas a maior Copa do Mundo de Futebol Feminino, mas também a primeira a ter dois países como anfitriões. Ao todo, as partidas serão disputadas em dez estádios de nove cidades. Seis estádios são na Austrália, incluindo dois em Sydney, e quatro, na Nova Zelândia.

A abertura do torneio ocorreu em território neozelandês, com uma disputa contra a Noruega no Eden Park de Auckland nesta quinta-feira (20/07) – três horas antes do jogo da Austrália contra a Irlanda, no Stadium Australia, em Sydney. A final será disputada neste mesmo estádio, que é o maior da competição, com capacidade para 83.500 torcedores.

O menor, por outro lado, é o Estádio Hindmarsh, de Adelaide, com capacidade para 18.435. É onde ocorrerá a estreia do Brasil na Copa, em partida contra o Panamá na próxima segunda-feira, 24 de julho, às 8h (horário de Brasília).

As americanas estão em busca de seu terceiro título consecutivo e quinto geral na Copa do Mundo feminina/Foto: Mirko Kappes/foto2press/picture alliance

Quem são as favoritas?

As americanas são claramente as favoritas. Elas não apenas estão (como sempre) no topo do ranking da Fifa, como também são bicampeãs, tendo conquistado sua quarta Copa do Mundo na França há quatro anos. No entanto, há dúvidas em torno da nova configuração do time devido à aposentadoria de Carli Lloyd e a várias jogadoras importantes terem ficado de fora devido a lesões.

As inglesas também estão entre as favoritas, chegando no torneio como campeãs europeias depois de conquistar nada menos que o segundo principal título internacional do país desde a vitória masculina na Copa do Mundo em 1966. Embora desta vez não joguem em casa, elas pareciam confiantes ao falar com a DW em sua base em Sunshine Coast.

Já a Alemanha, mesmo com uma performance inconstante durante os amistosos, conseguiu ficar logo atrás da seleção inglesa, para a qual perdeu na prorrogação da final da Eurocopa do ano passado. A heroína trágica desse drama foi a atacante alemã Alexandra Popp, mas há dúvidas se ela conseguirá manter a forma necessária para recriar seu recorde de gols marcados no verão passado.

Alexandra Popp é uma das promessas da Alemanha na Austrália/Nova Zelândia/Foto: Eibner/Memmler/picture alliance

Espanha também deve estar na disputa, a despeito das turbulências do ano passado, quando 15 jogadoras renunciaram à seleção em protesto contra o técnico Jorge Vilda, entre outras queixas. A Real Federação Espanhola de Futebol, no entanto, decidiu manter Vilda na liderança do time – que chega à Copa com três das jogadoras que haviam se rebelado contra o técnico. Apesar de não contar com algumas atletas importantes, a Espanha tem de volta Alexia Putellas, duas vezes vencedora da Bola de Ouro e que havia ficado de fora do Campeonato Europeu de Futebol Feminino por motivo de lesão.

A surpresa pode vir das canadenses, que carregam a medalha de ouro dos últimos Jogos Olímpicos. Ainda que a preparação para a Copa do Mundo tenha sido interrompida quando as jogadoras ameaçaram fazer greve por melhores pagamentos, elas ainda contam com Christine Sinclair, uma das maiores de todos os tempos. Quem deverá fazer falta é Janine Beckie, que ficou de fora devido a uma lesão no joelho.

Um último show para as estrelas veteranas

A canadense Sinclair lidera o grupo de veteranas que certamente disputarão sua última Copa do Mundo. A atacante, que acaba de completar 40 anos, é a maior artilheira da história do futebol internacional entre mulheres e homens, com 190 gols em 323 jogos. Presente em cinco Copas do Mundo e quatro torneios olímpicos, ela também ajudou a trazer a medalha de ouro de Tóquio para o Canadá.

A superestrela dos EUA, Megan Rapinoe, espera se despedir da Copa do Mundo com mais um título/Foto: Andrea Vilchez/ZUMAPRESS.com/picture alliance

A superestrela americana Megan Rapinoe, que acabou de completar 38 anos, anunciou recentemente que este seria seu último Mundial. Sua lista de vitórias é longa, tendo conquistado as duas últimas Copas do Mundo com os Estados Unidos, além de uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.

Aos 37 anos, a brasileira Marta também deve entrar em campo para sua última Copa. A jogadora foi eleita seis vezes a melhor do mundo e é a maior artilheira do país, com 119 gols em 183 jogos. Disputou cinco edições de Copas do Mundo e de Jogos Olímpicos. Em Copas, fez 17 gols (o maior número entre mulheres e homens) nos torneios de 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019.

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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