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Europa

Putin culpa Ocidente e promete seguir com guerra na Ucrânia

Em discurso sobre o estado da nação, presidente russo responsabiliza Kiev e aliados pela guerra, os quais pretenderiam transformar o conflito numa confrontação global.

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O presidente Vladimir Putin prometeu nesta terça-feira (21/04) seguir adiante com a guerra na Ucrânia e culpou o Ocidente pelo conflito, que completa um ano em 24 de fevereiro.

Em seu aguardado discurso sobre o estado da nação, Putin disse à elite política e militar do país que a Rússia fez tudo o que podia para evitar a guerra, mas que a Ucrânia, apoiada pelo Ocidente, planejava atacar a Crimeia, anexada ilegalmente por Moscou em 2014.

“O povo da Ucrânia se tornou refém do regime em Kiev e seus senhores ocidentais, que ocuparam o país no sentido político, militar e econômico”, disse Putin. “Eles pretendem transformar o conflito local numa confrontação global. É assim que entendemos e vamos reagir de acordo”, prosseguiu.

Mais uma vez, o líder russo repetiu a narrativa de que um regime neonazista está no poder na Ucrânia e afirmou que a “operação militar especial”, como Moscou chama a guerra, irá continuar.

“Passo a passo, com cautela e consistência, vamos solucionar as tarefas diante de nós”, declarou.

Putin afirmou que derrotar a Rússia é impossível. “Que uma coisa fique clara a todos: quanto maior for o alcance do armamento fornecido à Ucrânia, mais nos veremos obrigados a afastar a ameaça de nossas fronteiras.”

Putin culpa elites ocidentais

No discurso, Putin culpou novamente a Ucrânia pela guerra. “A responsabilidade pela eclosão do conflito ucraniano, pela escalada, pelo aumento do número de vítimas recai inteiramente sobre as elites ocidentais e, é claro, sobre o atual regime de Kiev”, enfatizou.

Moscou nunca cederá às tentativas do Ocidente de dividir a sociedade russa, disse, alegando que a maioria da população do país apoia a guerra.

Ao falar sobre a anexação ilegal de quatro regiões ucranianas no ano passado, o presidente foi aplaudido de pé no centro de exposições Gostiny Dvor, a poucos metros do Kremlin.

Ele pediu ao público, que incluía legisladores, soldados, chefes de espionagem e presidentes de companhias estatais, que ficasse em pé para homenagear aqueles que perderam suas vidas no conflito em curso.

A guerra na Ucrânia é a maior aposta de um líder do Kremlin desde ao menos a queda da União Soviética, em 1991. As forças russas sofreram três grandes reveses nos campos de batalha desde o início do conflito, mas ainda controlam cerca de um quinto do país vizinho. Dezenas de milhares foram mortos.

Putin afirma que a Rússia se encontra numa batalha existencial contra o Ocidente, que, segundo o presidente, pretende roubar os recursos naturais russos.

O Ocidente e a Ucrânia rejeitam tal narrativa, apontando que a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o leste não justifica a aventura imperialista da Rússia.

Promessas a militares russos

Putin anunciou ainda uma modernização das Forças Armadas do país. “O nível de equipamentos de força de dissuasão nuclear da Rússia com os sistemas mais recentes é agora de 91,3%. Levando em conta nossa experiência acumulada, precisamos alcançar esse nível de qualidade em todas as partes das forças armadas.”

O presidente prometeu ainda a militares que lutam na Ucrânia duas semanas de férias a cada seis meses e argumentou que cada combatente deve ter a oportunidade de visitar familiares e amigos. Ele propôs ainda a criação de um fundo para fornecer ajuda aos veteranos da guerra e às famílias de soldados mortos.

Este foi o 18º discurso sobre o estado da nação proferido por Putin. O último havia sido em abril de 2021. O presidente afirmou que o tradicional discurso não ocorreu no ano passado devido à “dinâmica de acontecimentos”.

Esta notícia está sendo atualizada…

lf/cn (Reuters, DPA, Efe, AP)

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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