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Europa

Erdogan expõe condições para adesão de Suécia e Finlândia

Presidente turco conversou com os líderes dos dois países nórdicos sobre pedidos para que Ancara não trave a adesão deles à Otan. Governo turco acusa Estocolmo e Helsinque de apoiar grupo terrorista.

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O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, conversou neste sábado (21/05) com os líderes da Finlândia e da Suécia pela primeira vez desde o impasse quanto à adesão dos dois países nórdicos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Turquia promete barrar a entrada de Finlândia e Suécia na aliança militar caso seus pedidos não sejam atendidos. Para que os dois países sejam aceitos na Otan, todos os 30 membros da Aliança Atlântica precisam dar o seu aval – inclusive a Turquia.

O chefe de Estado turco conversou por telefone com a primeira-ministra sueca, Magdalena Anderson, o presidente finlandês, Sauli Niinistö, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

Em um comunicado publicado logo após a conversa com Andersson, Erdogan disse que “espera que a Suécia tome medidas concretas e sérias para mostrar que partilha das preocupações da Turquia sobre a organização terrorista PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão] e as suas extensões na Síria e no Iraque”.

O presidente turco também pediu a Estocolmo que “levante as suas restrições” às exportações de armas para Ancara, medida em vigor desde outubro de 2019, após operações militares lideradas pela Turquia no norte da Síria e do Iraque contra posições do PKK e dos seus aliados da milícia curda YPG (Unidades de Proteção Popular). Embora a Turquia classifique a YPG como um grupo terroristas, os EUA, por outro lado, trabalham em estreita colaboração com a milícia na Síria. 

Por essa razão, após uma ofensiva militar turca contra o YPG em 2019, Suécia, Finlândia e Alemanha, entre outros, restringiram as exportações de armas para a Turquia.

Na conversa, Erdogan também afirmou que a Suécia apoia os seguidores do clérigo islâmico Fethullah Gülen, o qual o presidente culpa por uma tentativa de golpe em 2016.

Após o telefonema, Andersson disse à emissora sueca SVT que enfatizou a Erdogan que a Suécia saúda a cooperação na luta contra o terrorismo internacional e que apoia claramente a luta contra o terrorismo e a classificação do PKK como uma organização terrorista.

Tom mais conciliador com a Finlândia

Depois de falar com Andersson, Erdogan conversou com seu homólogo finlandês, em um diálogo aparentemente mais conciliador. Segundo a presidência turca, Erdogan defendeu “o direito natural da Turquia de esperar respeito e apoio na sua luta legítima contra ameaças à sua segurança e à sua população”.

No Twitter, Niinistö classificou a conversa como “aberta e direta”. “Sublinhei que, como aliados da Otan, Finlândia e Turquia estariam comprometidas uma com a outra, pela sua segurança e que as suas relações se fortaleceriam. A Finlândia condena o terrorismo em todas as suas formas. O diálogo sustentado continua”, disse Niinistö.

Erdogan também falou com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg , por telefone. “Enquanto a Suécia e a Finlândia não mostrarem claramente que são solidárias com a Turquia em questões fundamentais, especialmente na luta contra o terrorismo, não veremos positivamente a adesão desses países à Otan”, disse Erdogan, segundo seu gabinete.

Por sua vez, Stoltenberg escreveu no Twitter que conversou com Erdogan sobre a importância da “porta aberta da Otan”. “Concordamos que as preocupações de segurança de todos os aliados devem ser abordadas e as negociações devem continuar para encontrar uma solução”, disse Stoltenberg.

Na quinta-feira, em um forte sinal de apoio a Suécia e Finlândia, o presidente americano, Joe Biden, recebeu Andersson e Niinistö na Casa Branca, ressaltando que os dois países cumprem todos os requisitos para ingressar na aliança militar. 

Por DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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