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Europa

Em Kiev, Meloni diz que Roma não hesitará em apoiar Ucrânia

Premiê italiana de ultradireita buscou reafirmar suporte ao país invadido pela Rússia. Sua coalizão está rachada sobre o tema, e na semana passada Berlusconi culpou Zelenski pelo conflito.

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A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitou Kiev nesta terça-feira (21/02) e afirmou que Roma “não irá hesitar” em seu apoio à Ucrânia.

“Queria fazer isso [visitar Kiev] para reiterar o total apoio da Itália à Ucrânia diante da agressão russa, para reiterar que a Itália não pretende hesitar”, disse Meloni durante uma entrevista coletiva ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.

A líder italiana também visitou Irpin e Bucha, duas cidades nos arredores de Kiev que foram devastadas durante a tentativa fracassada da Rússia de tomar a capital no ano passado. “É diferente ver isso com os próprios olhos. Farei todo o possível para contar a todos os italianos o que vi”, disse.

A Itália, membro da Otan, já forneceu apoio financeiro e armas para a Ucrânia, e no início do mês concordou em enviar sistemas móveis de mísseis terra-ar desenvolvidos em conjunto com a França.

Meloni disse ainda que o envio de caças à Ucrânia não está “sobre a mesa” no momento e é uma decisão a ser tomada “em consulta com parceiros internacionais”.

Divergência na direita italiana

Meloni tomou posse em outubro e lidera o partido de ultradireita Irmãos da Itália, que governa o país em coalizão com outro partido de ultradireita, a Liga, de Matteo Salvini, e o partido populista de direita Força Itália, de Silvio Berlusconi.

Há divergência entre esses três partidos sobre como lidar com a Rússia, e Meloni vem buscando se distanciar quanto ao tema de seus parceiros de coalizão.

Zelenski criticou nesta terça-feira declarações anteriores de Berlusconi, que há anos tem uma relação pessoal com o presidente russo, Vladimir Putin.

“Sr. Berlusconi (…) sua casa nunca foi bombardeada diariamente com mísseis, suponho. E graças a Deus seu parceiro da Rússia não entrou em seu quintal com um tanque e não destruiu sua família e amigos”, disse Zelenski.

Berlusconi afirma que Moscou não tem culpa pela guerra, e na semana passada disse que o responsável pelo conflito seria Zelenski, que deveria, segundo ele, “ter parado de atacar as duas ‘repúblicas autônomas' do Donbass”.

Logo em seguida, o gabinete de Meloni respondeu enfatizando seu apoio “firme e comprometido” à Ucrânia.

Salvini, que exerce o cargo de vice-primeiro ministro italiano, também já fez elogios a Putin e no passado até vestiu uma camiseta com o rosto do presidente russo.

bl (AFP, Reuters)

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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