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Estados Unidos intervieram “discretamente” na última eleição à presidente do Brasil

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O jornal britânico Financial Times publicou, na última quarta-feira (21), uma matéria intitulada The discreet US campaign to defend Brazil’s election – a qual, traduzida, significa: A discreta campanha dos EUA para defender a eleição do Brasil, referindo-se à tentativa de golpe que estava sendo projetada pelo governo Bolsonaro. Como subtítulo, tem-se Amid widespread speculation about a coup attempt, the Biden administration pressured politicians and generals to respect the result; em português: Em meio a especulações generalizadas sobre uma tentativa de golpe, o governo Biden pressionou políticos e generais a respeitarem o resultado.

A matéria refere-se a Bolsonaro como O titular da extrema-direita, que estava flertando com a subversão da democracia do país. Segundo o site Wikipedia, subversão refere-se a um processo pelo qual os valores e princípios de um sistema em vigor são contrariados ou invertidos em uma tentativa de transformar a ordem social estabelecida e suas estruturas de poder, autoridade, tradição, hierarquia e normas sociais. Além disso, enfatiza que Bolsonaro havia atacado as urnas insinuando que não são confiáveis. Com isso, a eleição era roubada, ecoando as alegações de Donald Trump.

Segundo o texto, o governo americano instou, discretamente, os líderes políticos e militares do Brasil a respeitar e salvaguardar a democracia. O objetivo era enfatizar duas mensagens consistentes para generais inquietos no Brasil e aliados próximos de Bolsonaro: Washington foi neutro no resultado da eleição, mas não toleraria qualquer tentativa de questionar o processo de votação ou o resultado, cita o Financial Times. O veículo afirma ter conversado com seis ex-funcionários dos EUA ou atuais participantes do ato, assim como importantes personalidades brasileiras no âmbito internacional. Contudo, um alto funcionário citado pela matéria, afirmou que foram as sólidas instituições brasileiras que realmente garantiram eleições limpas e democráticas.

Os interesses dos EUA na América Latina se dão, especialmente, pelo subcontinente ser considerado o “quintal do EUA”, referindo-se à esfera de influência da potência. Ademais, a influência chinesa na região tem preocupado o governo americano que vê o país asiático realizando grandes investimentos nesses países e aumentando seus laços comerciais, o que afronta diretamente a soberania americana. Não é preciso lembrar que a China é o maior parceiro comercial atual do Brasil. Segundo matéria recente do G1, o gigante asiático respondeu por 31,28% das exportações brasileiras em 2021 e por 21,72% das importações.

Certamente, a campanha de intervenção rendeu críticas, da mesma forma que em outros países, nos quais os EUA já interferiram ou o fazem atualmente. Há vários exemplos disso, como o Afeganistão e Iraque; mais recentemente a Ucrânia. As tais intervenções não são realizadas pelo fato de o governo não ter o que fazer em seu país, mas pela razão de que buscam, a todo custo, manter a hegemonia por meio de sua influência onde for necessário. Apesar do grande crescimento econômico chinês, a país asiático ainda não desbancaria os EUA, o qual possui a maior força militar do planeta capaz de derrubar, basicamente, qualquer inimigo. Por fim, basta rememorar que quando a fonte de petróleo russo secou, devido à guerra, os EUA vieram sorrateiramente à Venezuela. Relações são baseadas em interesses!

Você pode ler a matéria completa aqui

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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