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Europa

Eslovênia, o novo revés da ultradireita na Europa

Partido ambientalista recém-criado liderado por político novato vence pleito na Eslovênia, impondo derrota para governo de ultradireita, acusado de reprimir liberdades civis e perseguir a imprensa.

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O amplo descontentamento com o governo de ultradireita do primeiro-ministro da Eslovênia, Janez Jansa, levou a população a escolher um novato sem experiência política para governar o país.

Há menos de três meses, Robert Golob, um ex-diretor de uma empresa de energia, sequer tinha um partido para concorrer. Mas, após sua recém-criada legenda vencer as eleições parlamentares deste domingo (24/04), ele se tornou o mais novo revés para os populistas de ultradireita no continente europeu.

Com quase a totalidade dos votos apurados, o partido ambientalista Movimento da Liberdade (GS) de Golob liderava com 34,3%, bem à frente do Partido Democrata (SDS) de Jansa, que recebeu 23,5%. A insatisfação com a repressão às liberdades civis impostas pelo governo projetou o carismático engenheiro elétrico de 55 anos ao cargo mais alto do país alpino, de dois milhões de habitantes.

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“Nosso objetivo foi atingido. Uma vitória que nos permitirá levar o país de volta à liberdade”, disse Golob, ao saudar seus eleitores em uma transmissão ao vivo de sua casa, depois de testar positivo para covid-19.

Reconhecido pelo cabelo na altura dos ombros, um estilo que preserva desde sua juventude, Golob viajou o país de ônibus durante a campanha, enquanto sua equipe postava mensagens e anúncios no Facebook e Instagram. Ele se recusa a usar o Twitter. O motivo, segundo diz, é “para evitar a tentação dos dedos rápidos”.

Golob prometeu restaurar a “normalidade”, depois de afirmar que as eleições seriam um “referendo sobre a democracia”.

Durante o último dos três mandatos de Jansa à frente do governo, dezenas de milhares de pessoas participavam regularmente de protestos, acusando o primeiro-ministro de usar a pandemia para atacar a liberdade de imprensa e o Judiciário, e para sabotar o Estado de direito.

Aliado do primeiro-ministro nacionalista da Hungria, Viktor Orban, e admirador do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Jansa agiu diversas vezes em oposição à União Europeia em questões envolvendo a liberdade de imprensa, entre outras. Ele aceitou a derrota e declarou que seu partido fará uma “oposição de apoio ao Estado”.

Por DW

Cássio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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