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Oriente Médio

ONGs suspendem atividades no Afeganistão

Pelo menos seis ONGs anunciaram a interrupção de atividades no país após o regime teocrático dos talibãs proibir que organizações empreguem mulheres

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Duas novas ONGs, a Christian Aid e a ActionAid, anunciaram nesta segunda-feira (26/12) que vão suspender suas atividades no Afeganistão depois que o grupo fundamentalista islâmico Talibã proibiu o trabalho humanitário de mulheres, elevando para seis o número de organizações a fazer tal anúncio.

“A ActionAid tomou a difícil decisão de interromper, temporariamente, a maior parte dos seus programas no Afeganistão” até que a situação se esclareça, informou a ONG em um comunicado. A ActionAid espera poder reverter esta medida “o mais rápido possível”, completou a ONG, lamentando a “gradativa erosão” dos direitos das mulheres no país.

A organização, que emprega 97 mulheres no Afeganistão, denunciou as “consequências devastadoras” da decisão dos fundamentalistas islâmicos. “As mulheres são essenciais para qualquer operação de ajuda humanitária”, especialmente no Afeganistão, onde “apenas as mulheres podem interagir com outras mulheres”.

A ONG Christian Aid declarou, por sua vez, que procura “obter esclarecimentos” sobre o anúncio dos talibãs e “exorta as autoridades a reverterem esta proibição”, disse o diretor da ONG para esta região do mundo, Ray Hasan, em um comunicado. Enquanto isso, “infelizmente, estamos interrompendo o trabalho dos nossos programas”, informou.

“Proibir as mulheres do trabalho humanitário apenas reduzirá nossa capacidade de ajudar o crescente número de pessoas necessitadas e corre o risco de agravar a terrível crise humanitária que mulheres e meninas enfrentam”, denunciou.

No último sábado, o Ministério afegão da Economia sob controle talibã ordenou que todas as organizações não-governamentais parem de empregar mulheres, sob risco de ter suas licenças operacionais suspensas. Não foi esclarecido se a nova norma incluía funcionárias estrangeiras das ONGs.

No domingo, após o anúncio, as ONGs Save the Children, Conselho Norueguês para os Refugiados e CARE International anunciaram, em conjunto, a suspensão de suas atividades. Pouco depois, o Comitê Internacional de Resgate (IRC) se somou a elas.

O ministério afegão explicou que tomou a decisão após receber “sérias reclamações” sobre o descumprimento do uso do “hijab islâmico” imposto no país.

Há menos de uma semana, os talibãs proibiram as mulheres de frequentar universidades públicas e privadas, pelos mesmos motivos. Antes disso, as adolescentes já haviam sido impedidas de frequentar o Ensino Médio.

De acordo com as Nações Unidas e com agências de ajuda humanitária, mais da metade dos 38 milhões de habitantes do país precisam de assistência urgente durante o rigoroso inverno.

jps (AFP, ots)

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