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Educação

Projeto “Apresente sua tese: círculos formativos docentes” continua na UFFS Erechim

As próximas apresentações serão nos dias 24/11 e 15/12

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Iniciado em 30 de junho deste ano, o projeto Apresente sua Tese: círculos formativos docentes promove a transmissão de conhecimento por meio da apresentação das teses de 14 professores da UFFS que, uma vez por mês, de dois em dois, apresentam suas teses à comunidade acadêmica e demais interessados.

Na última quinta-feira, (20), mais duas professoras doutoradas apresentaram suas teses. Nesta data, Ana Maria de Oliveira Pereira, com a tese: O protagonismo do jovem na relação com o conhecimento geográfico: possibilidades e limitações no uso das tecnologias digitais nas aulas; e Sandra Simone Höpner Pierozan, com a tese: Uma década de estudos sobre o Plano de Ações Articuladas (PAR): revisão sistemática da produção acadêmica, debateram suas descobertas com mediação da professora Sonize Lepke.

A elas, foram feitas três perguntas iguais sobre a motivação para o estudo, a conclusão mais importante e a contribuição de suas teses para a sociedade.

Até o fechamento desta matéria, apenas a professora Ana Maria Pereira respondeu a entrevista. Veja abaixo:

A professora Ana Maria de Oliveira Pereira nos contou um pouco sobre seu trabalho.

Roda de Cuia: O que a motivou a desenvolver a tese sobre o assunto abordado?

Professa Ana Maria: Pesquiso sobre tecnologias digitais na educação desde 2007, quando ainda trabalhava na Educação Básica. É um assunto que eu gosto e tem relação grande com a minha atividade profissional.

Essa pesquisa foi realizada entre 2014 e 2016 e ainda hoje é possível observar a grande dificuldade que existe na utilização das TDIC como recurso didático e pedagógico, pois para tal é necessário formação aos professores e também estrutura adequada nas escolas.

O professor não vai utilizar em suas aulas, um recurso que não conhece, muito menos se ele souber que além de conhecer pouco, os equipamentos da escola onde trabalha não são adequados.

Passamos por uma pandemia, onde em poucos dias tivemos que mudar completamente nosso modo de trabalho. Nas escolas e universidades, os professores tiveram um desafio gigantesco para dar conta de tamanha responsabilidade. A vida ficou “digital”, a sala de aula virou uma tela e os alunos “janelinhas”, dificuldades foram imensas, em todas as áreas. Tivemos perdas pessoais, intelectuais, financeiras e dentre tantas lições, na Educação destacamos duas: a importância da presencialidade e o imprescindível letramento digital dos professores.

Roda de Cuia: Qual foi a conclusão mais importante de sua tese?

Professa Ana Maria: Com a pesquisa foi possível comprovar a importância do “letramento digital do professor” para que possa utilizar de maneira crítica e criativa as TDIC em aula. Além disso, o modo como o professor utiliza a tecnologia digital em aula, influencia o uso da mesma pelo estudante. O professor além de estar mediando o processo de construção do conhecimento ao aluno, em relação a sua ciência de formação, proporcionará também condições de aprendizagens referente às TDIC, potencializando autonomia e protagonismo nesse processo.

Roda de Cuia: Como sua tese pode contribuir com a universidade e sociedade regional?

Professa Ana Maria: Acredito que esse trabalho tem grande potencial para provocar discussões e possíveis mudanças na formação inicial e continuada dos professores, no que se refere ao uso das tecnologias digitais da informação e comunicação em atividades de aula.

Existe uma “ilusão” de que as pessoas que nasceram no século XXI “dominam” as tecnologias digitais, isso não é verdade. É necessário observar quem tem acesso, além disso, como essas pessoas utilizam esses recursos. Em pesquisa anual realizada pelo Cetic.br https://www.cetic.br/pesquisa/educacao/ divulgada no final de 2021, é possível observar um número alto de conexão com a internet nos domicílios brasileiros, 81%, porém, quando esse dado é desmembrado em espaços urbanos e rurais, Regiões do Brasil e classe social obtém-se a real situação. Nas áreas urbanas, 83% dos domicílios possuem conexão com a internet, esse número cai para 71% nas áreas rurais. Na classe social A, 100% dos domicílios possuem conexão com a internet, já na classe DE 61%.

Essa pesquisa é por amostra, porém dá um panorama com detalhamento dos recursos tecnológicos disponíveis nos domicílios e nas escolas, corroborando com a conclusão da pesquisa, sobre a importância da estrutura física e tecnológica das escolas.

A responsabilidade na mudança não é só do professor, para que haja utilização das TDIC de maneira a estimular a criticidade e autonomia dos estudantes é necessário políticas públicas eficientes, que possam dar suporte ao aparato tecnológico necessário para as escolas. Além disso, manutenção dos equipamentos e formação permanente aos professores. Sem isso, a utilização das TDIC se reduzirá a mudança de suporte para desenvolvimento das aulas, ou seja, deixa-se o quadro de giz ou canetão para o projetor de PowerPoint.

A próxima apresentação será no dia 24/11, com a seguinte programação:

Horário: 18h às 19h30

Local: Auditório do Bloco dos professores da UFFS Erechim

Andréia Inês Hanel Cerezoli – A alteridade na relação locutor-enunciadores: potencialidades da teoria da polifonia para a qualificação da habilidade de compreensão leitora

Ulisses Pereira de Mello – Construção do conhecimento agroecológico em sistemas agroflorestais de erva-mate e de frutíferas: conhecimento local e produção de novidades

A última apresentação será no dia 15/12/22, com a seguinte programação:

Horário: 18h às 19h30

Local: Auditório do Bloco dos professores da UFFS Erechim

Débora Regina Schneider Locatellli – Feiras de negócios e seu potencial para desenvolvimento de relacionamento entre expositores

Thiago Ingrassia Pereira – Classes populares na universidade pública brasileira e suas contradições: a experiência do alto Uruguai gaúcho.

As inscrições ocorrem no local do evento. Haverá certificação para o público. Mais informações: [email protected].

Para ler as outras entrevistas, você pode clicar aqui.

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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