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Artigos

Poesia: Essas Mulheres

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O grito e o silêncio são dois monstros que lhes devoram as entranhas, dilaceram suas carnes…

Os mesmos monstros que habitam todas as mulheres, que devoram todas elas, de dentro para fora…

Comem as tímidas que frágeis se encolhem, murcham, perdem o viço e se apagam como tantas Marias , Carmens e Joanas…

Comem as ousadas que fortes apanham, se levantam, apanham, se levantam e morrem com dignidade na fogueira, na praça ou na sala de sua casa…

O grito fala pela boca de tantas mulheres, desde que ousaram se aventurar andar sobre duas pernas e a terem suas próprias vontades…

O silêncio invade a garganta, aperta, desconcerta a alma e domina, cala aquelas que pensaram que sua forca seria mais do que simplesmente suportar…mas foi de silenciar!

Silenciar para não sofrer…

Silenciar pra sofrer só́, sem a presença da pressão, anônima… só́, somente  só!

Gritar para não sofrer…

Gritar para exorcizar a dor, a dor do posto, do exposto, efervescência ao imposto!

Mulheres ancestrais, mulheres atuais, de gritos e silêncios, de acabrunhamento, de jucundidade…

Estas mulheres habitam cada uma de nós na alternância de estados na garantia da sobrevivência…

Ah! Essas mulheres!

Elas todas em mim,

Eu em todas elas,

Misto, num sangue carmim

Que pulsa a vida, que perpassa o tempo…

Ah! essas mulheres!

Texto de inteira responsabilidade de Angela Dias

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