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Europa

Premiê escocesa propõe plebiscito para independência em 2023

Líder do governo da Escócia afirma que país foi "arrancado" da União Europeia contra a vontade durante o Brexit, e traça planos para uma independência do Reino Unido sem a necessidade do aval de Londres.

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A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou nesta terça-feira (28/06) planos para realizar um novo plebiscito para retirar o país do Reino Unido.

Na esteira do Brexit, Sturgeon, líder do Partido Nacional Escocês (SNP), disse ter chegado a hora de conduzir a Escócia de volta à União Europeia (UE) como um país independente.

Sturgeon afimou que queria que os cidadãos da Escócia votassem a favor da independência em 19 de outubro de 2023.

“A Escócia, ao longo de gerações, pagou um preço por não ser independente. Governos de Westminster nos quais não votamos, impondo políticas públicas que não apoiamos, muitas vezes nos impedindo de realizar nosso potencial”, disse Sturgeon ao Parlamento escocês.

“Os conservadores têm apenas seis deputados da Escócia, apenas 10% da representação escocesa, e ainda assim nos arrancaram da UE contra nossa vontade”, afirmou.

Ela disse que o Parlamento escocês poderia promover um novo plebiscito de independência sem o consentimento do governo britânico.

Londres irá “estudar cuidadosamente” a proposta

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e seu Partido Conservador, que está na oposição na Escócia, opõem-se a qualquer votação desse tipo. Eles dizem que a questão foi resolvida em 2014, antes do Brexit, quando o eleitorado escocês votou, por 55% a 45%, para permanecer no Reino Unido.

“Nossa posição permanece inalterada. Tanto a prioridade [do governo britânico] como a do governo escocês deveria ser trabalhar juntos com foco incessante nas questões que sabemos ser importantes para as pessoas em todo o país”, disse o porta-voz de Johnson.

“Uma decisão foi tomada pelo primeiro-ministro, então estudaremos cuidadosamente os detalhes da proposta e a Suprema Corte irá agora considerar se aceita o encaminhamento do governo escocês”, acrescentou o porta-voz.

Mudança na realidade política?

Sturgeon disse que o Brexit levou a uma mudança tão significativa do cenário político que uma nova votação era necessária. Cerca de 62% dos escoceses se opuseram a que o Reino Unido deixasse a UE no plebiscito de 2016.

Crítica tanto de Johnson como do Brexit, Sturgeon disse que a Escócia e sua população de cerca de 5,5 milhões de moradores estavam sendo bloqueados.

De acordo com a lei, o governo do Reino Unido em Londres deve primeiro concordar com um plebiscito. Para fazer isso, teria que emitir uma ordem conhecida como seção 30. Mas, em um discurso no início do mês, Sturgeon disse que iria levar a proposta adiante de forma independente.

“Se quisermos manter a democracia aqui na Escócia, devemos forjar um caminho para avançar, se necessário sem uma ordem da seção 30. (…) No entanto, devemos fazer isso de uma maneira legal”, disse.

A Escócia e a Inglaterra fundiram-se em uma união política em 1707, criando formalmente o Reino da Grã-Bretanha com um parlamento unificado em Londres. Até então, elas eram Estados separados com Legislativos independentes, mas com o mesmo monarca.

Por DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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