O início do mês de setembro é o momento em que a maioria das lavouras de trigo encontram-se no estádio fenológico de emborrachamento para em seguida emitir suas espigas. Essa circunstância é crítica para geadas tardias.
A partir desse estágio, o potencial da lavoura já está definido. Entretanto, o produtor deve tomar cuidado a fim de assegurar boas condições para que a cultura siga de forma sadia até a colheita.
E para isso necessitamos de pelo menos 3 folhas sadias por espiga, com enfoque na folha bandeira e sua subjacente, uma vez que a ausência destas é responsável por uma redução de 19% do rendimento de grãos. (SOUZA et al,. 2013). Portanto, cuidados com manchas, ferrugem e oídio são de suma importância nessa fase, evitando perda de área foliar. Além disso, existem doenças que atacam a espiga do trigo, como por exemplo, a Giberela. E para o produtor ter um bom controle dessa doença, o principal é o “time” da aplicação, que deve ocorrer no início da antese do trigo (floração), com o intuito de proteger as flores e evitar a entrada desse fungo (Fusarium graminearum).
Cuidado com doenças é importante, entretanto há pragas que causam grandes injúrias nesse momento. Como pulgões migrando das folhas para as espigas, apesar de não haver problemas com a transmissão de VNAC (Vírus do Nanismo Amarelo) no espigamento, esse afídeo atua como “dreno” de fotoassimilado. E também percevejos atacando espigas, podendo atingir perdas de até 1 saco/há. (Chiaradia, 2012).
Assim, devemos manter o monitoramento das áreas, observando os pontos acima com o intuito de proteger e atingir bons potenciais produtivos.
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Por Pedro Consoli
