Artista carioca que viralizou nas redes sociais é um dos destaques da SP-Arte

As colunas que sustentam o Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, serão recobertas com cordas e tecidos pretos, além de 270 peças em mármore. Essa será a intervenção do artista plástico Yhuri Cruz durante o Festival Internacional de Arte de São Paulo, SP-Arte, que começou na última quarta-feira (6) e segue até o dia 10 de abril.

Yhuri faz sua estreia no evento – voltado para o mercado consumidor de arte -, que este ano inicia um novo programa, o Radar SP-Arte, que tem como propósito mostrar o trabalho de artistas que não são representados por nenhuma galeria.

Em janeiro, o carioca de 30 anos nascido em Olaria e formado em Ciência Política, viu suas obras ganharem as redes sociais, depois que a cantora Linn da Quebrada, uma amiga pessoal, entrou em um reality show vestindo uma camiseta com a estampa de uma de suas obras, o “Monumento à Voz de Anastácia”.

Com os dizeres “Anastácia Livre”, a obra é o oposto da imagem de Anastácia feita pelo francês Jacques Étienne Arago, em 1839, em que aparece com uma máscara de flandres – usada para maltratar e transportar os escravos.

Em suas obras, Yhuri, que também é pós-graduado em jornalismo cultural, mescla textos e poesias com performances e instalações, para mostrar sistemas de poder, relações de opressão e cura.

Em novembro, ele também de destacou com “Noite Faminta”, escultura de mármore em formato de porta que ficou exposta em plena Praça Mauá, de frente para a Baía de Guanabara, no Rio, como parte do festival IluminaRio.

O Radar SP-Arte terá participação também de outros nove artistas, e cinco coletivos e espaços autônomos de arte, que apresentarão seus projetos em pequenas exposições comerciais. Essa é a 18ª edição da feira, que volta ao modelo presencial em 2022 com 133 galerias – entre elas, 92 galerias nacionais, nove internacionais, além de galerias de design e editoras.

Por CNN Brasil