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Curiosidades

Tesouros de naufrágio espanhol de 350 anos são recuperados

Alta tecnologia foi utilizada para encontrar itens valiosos que estavam no galeão que naufragou no século XVII; valor das peças é inestimável

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Histórias de tesouros enterrados e naufrágios antigos cativam há séculos, de contos de piratas a sucessos de bilheteria de Hollywood. Para uma equipe de exploradores, no entanto, a lenda se tornou realidade quando eles descobriram um tesouro de artefatos de um galeão espanhol afundado de 350 anos – incluindo moedas, pedras preciosas e joias inestimáveis que pertenceram a cavaleiros marítimos.

O Nuestra Señora de las Maravillas (ou Nossa Senhora das Maravilhas) afundou em 1656 depois de colidir com outro barco de sua frota e bater em um recife de coral nas Bahamas. O navio carregava um tesouro, parte do qual estava reservado como imposto real para o rei Filipe IV, de Cuba, para Sevilha, na Espanha. O navio de 891 toneladas continha mais carga do que o normal, pois também havia sido encarregado de transportar tesouros recuperados de outro navio que havia afundado dois anos antes.

Já houve várias tentativas bem-sucedidas de recuperar a carga do navio, com quase 3,5 milhões de itens recuperados entre 1650 e 1990, segundo o especialista em naufrágios Allen Exploration, que realizou uma expedição de dois anos a partir de 2020.

Mas as últimas descobertas, que serão exibidas neste mês no novo Museu Marítimo das Bahamas, oferecem uma nova visão da vida a bordo do navio. Trabalhando com mergulhadores locais, arqueólogos e outros especialistas, os pesquisadores também estão no processo de “reconstruir o mistério de como o navio naufragou e se desfez”, disse o arqueólogo marinho do projeto James Sinclair em um comunicado à imprensa.

An artistic reconstruction of the Nuestra Senora de las Maravillas built in 1647 Courtesy The Bahamas Maritime Museum
Concepção artística do Nuestra Señora de las Maravillas, construído em 1647 / The Bahamas Maritime Museum / Divulgação

Usando tecnologia de sensoriamento remoto, como sonar e magnetômetros, a Allen Exploration rastreou “uma longa e sinuosa trilha de detritos” espalhados por um trecho de 13 quilômetros no fundo do oceano, acrescentou o fundador Carl Allen em uma declaração.

Entre as descobertas estava uma corrente de filigrana de ouro de 1,76 metro de comprimento e vários pingentes de joias que pertenceram a cavaleiros da Ordem de Santiago, uma ordem religiosa e militar centenária.

Um dos pingentes de ouro apresenta uma grande esmeralda colombiana oval e uma dúzia de esmeraldas menores, que os especialistas acreditam que podem representar os 12 apóstolos, ao lado da Cruz de São Tiago. Três outros pingentes de cavaleiro também foram descobertos, incluindo um em forma de concha de vieira dourada.

Tesouros02 Nuestra Senora de las Maravillas Courtesy The Bahamas Maritime Museum
Pingente de ouro com esmeraldas recuperado do naufrágio / The Bahamas Maritime Museum / Divulgação

“Quando trouxemos o pingente oval de esmeralda e ouro, minha respiração ficou presa na garganta”, disse Allen, acrescentando: “Como esses minúsculos pingentes sobreviveram nessas águas ásperas e como conseguimos encontrá-los. É o milagre do Maravillas.”

Outros artefatos recuperados mostraram um pouco da vida cotidiana no Maravillas, que navegou durante a “Idade de Ouro da Espanha”, incluindo porcelanas chinesas e jarros de azeitona, bem como um cabo de espada de prata. Alguns dos valiosos conteúdos do galeão também podem ter sido de contrabando, com o propósito de “lubrificar ilegalmente as mãos de comerciantes e funcionários espanhóis”, disse Allen.

Tesouros01 Nuestra Senora de las Maravillas Courtesy The Bahamas Maritime Museum
Garrafa de vinho recuperada do naufrágio / The Bahamas Maritime Museum / Divulgação

Os itens descobertos pela equipe de Allen serão alojados permanentemente no Museu Marítimo das Bahamas, que abre em 8 de agosto na segunda maior cidade do país caribenho, Freeport.

E Sinclair acredita que ainda pode haver mais descobertas a serem feitas.

“O navio pode ter sido destruído por resgates anteriores e furacões… Mas estamos convencidos de que há mais histórias por aí”, disse ele.

Por CNN

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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