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Mundo

Ex-chanceler alemão Schröder assumirá cargo em estatal russa

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O ex-chanceler federal da Alemanha Gerhard Schröder foi nomeado para integrar o conselho de administração da poderosa estatal energética russa Gazprom, a empresa anunciou nesta sexta-feira (04/02).

Schröder, que comandou o governo alemão de 1998 a 2005, pelo Partido Social-Democrata (SPD), vem provocando controvérsia desde que deixou o cargo devido aos seus laços estreitos com a Rússia e sua amizade pessoal com o presidente Vladimir Putin. Ele foi amplamente criticado  por chamar, em 2004, o presidente russo de “democrata impecável”.

O anúncio do seu possível novo cargo não foi bem recebido por alguns políticos alemães.

“O comportamento de Gerhard Schröder está prejudicando a Alemanha”, disse Stefan Müller, deputado da União Democrata Cristã (CDU). Ele afirmou que todos os partidos alemães deveriam discutir a retirada dos benefícios pagos com dinheiro público ao ex-chanceler. “Aqueles que se permitem ser pagos por autocratas não precisam de dinheiro dos contribuintes alemães”, disse.

Confirmação na diretoria deve ocorrer em junho

O ex-chanceler deve ser admitido na diretoria da Gazprom em uma reunião anual do comando da estatal em 30 de junho, em São Petersburgo. Schröder já ocupa vários cargos relacionados ao setor energético russo.

O alemão de 77 anos é também presidente do conselho de administração da petrolífera estatal russa Rosneft.

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Schröder tem uma amizade pessoal com o presidente russo Vladimir Putin

Seus outros cargos incluem a presidência do comitê de acionistas da Nord Stream AG e presidente do conselho de administração da Nord Stream 2 AG. Ambos os cargos envolvem gasodutos que ligam a Rússia e a Alemanha e estão no centro de um intenso debate no cenário internacional.

O gasoduto Nord Stream 2 também se tornou um importante ponto de discórdia na atual tensão entre a Rússia e o Ocidente sobre a Ucrânia.

Os críticos do gasoduto, principalmente os Estados Unidos, argumentam que eles criam uma dependência excessiva da Europa em relação ao gás russo. Eles temem que possam ser usados para pressionar os governos europeus a recuar caso Moscou tente uma invasão da Ucrânia.

Tensões na fronteira da Ucrânia

A Rússia reuniu cerca de 100 mil soldados perto de sua fronteira com a Ucrânia, mas afirma que não está planejando uma incursão militar. No final de janeiro, Schröder acusou a Ucrânia de fazer bravatas intimidatórias em resposta às tropas russas próximas de suas fronteiras.

O atual chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, também do SPD, disse em uma entrevista à emissora pública ZDF na quarta-feira que não consultou Schröder sobre como lidar com a Rússia, para onde Scholz viajará em breve para uma reunião com Putin. 

“Eu não pedi a ele conselhos e ele também não me deu nenhum”, disse Scholz. Questionado sobre a mensagem que estava sendo enviada pelo ex-chanceler, Scholz afirmou: “Se eu entendi corretamente a ordem constitucional da República Federal da Alemanha, existe apenas um chanceler. E esse sou eu.”

Fonte: DW Internacional

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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