Os legisladores iranianos estabeleceram condições para o renascimento de um pacto nuclear de 2015, incluindo garantias legais aprovadas pelo Congresso dos EUA de que Washington não o abandonaria, informou a mídia estatal iraniana neste domingo (10).
O Irã e os Estados Unidos se envolveram em negociações indiretas em Viena no ano passado para reviver o acordo nuclear de 2015 entre Teerã e potências mundiais. O presidente Donald Trump saiu em 2018 e o Irã posteriormente violou o acordo ao aumentar seu programa nuclear.
As negociações agora estão paralisadas, pois Teerã e Washington culpam-se mutuamente por não terem tomado as decisões políticas necessárias para resolver as questões remanescentes.
A imposição de tais condições em um momento crucial pode colocar em risco um acordo final ao restringir a margem de manobra dos negociadores nas discussões sobre o acordo.
“Os Estados Unidos devem dar garantias legais, aprovadas por seu congresso, de que não sairão do pacto novamente”, a agência de notícias semi-oficial Tasnim citou um comunicado assinado por 250 parlamentares de um total de 290.
A carta também dizia que, sob um pacto revivido, os Estados Unidos não deveriam ser capazes de “usar pretextos para acionar o mecanismo de snapback”, sob o qual as sanções ao Irã seriam imediatamente restabelecidas, informou a agência de notícias Tasnim.
Os legisladores também disseram que “sanções levantadas sob o pacto restabelecido não devem ser reimpostas e o Irã não deve ser atingido por novas sanções”.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, disse hoje que o presidente dos EUA, Joe Biden, deve emitir ordens executivas para suspender algumas sanções ao Irã para mostrar sua boa vontade em reviver o pacto nuclear.
Por Reuters
