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Europa

Clamor global contra assassinatos por “crime de guerra” perto de Kiev à medida que a linha de frente muda

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A indignação global se espalhou nesta segunda-feira (04) pelos assassinatos de civis no norte da Ucrânia, onde uma vala comum e corpos amarrados baleados à queima-roupa foram encontrados em uma cidade recuperada das tropas russas, enquanto Moscou mudava o foco dos combates para outro lugar.

As mortes em Bucha, nos arredores de Kiev, pareciam prontas para galvanizar os Estados Unidos e a Europa em sanções adicionais contra Moscou, possivelmente incluindo algumas restrições aos bilhões de dólares em energia que a Europa ainda importa da Rússia.

As descobertas ofuscaram as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, que devem ser retomadas hoje em um cenário de bombardeios de artilharia no sul e no leste da Ucrânia, onde a Rússia diz que agora está concentrando suas operações.

“Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em visita a Bucha, acrescentando que ficou mais difícil para a Ucrânia negociar com a Rússia desde que a escala de supostas atrocidades emergiu.

Taras Shapravskyi, vice-prefeito da cidade a cerca de 40 quilômetros a noroeste da cidade de Kiev, disse que cerca de 50 vítimas de assassinatos extrajudiciais cometidos por tropas russas foram encontradas lá depois que as forças do Kremlin se retiraram no final da semana passada.

A Reuters viu um homem deitado à beira da estrada, com as mãos amarradas nas costas e um ferimento de bala na cabeça. Mãos e pés perfuraram a argila vermelha em uma vala comum perto de uma igreja, onde imagens de satélite mostravam uma vala de aproximadamente 14 metros de comprimento.

O Kremlin negou categoricamente quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis, inclusive na cidade, onde disse que os túmulos e cadáveres foram encenados pela Ucrânia para manchar a Rússia.

Autoridades ucranianas disseram ter encontrado 421 vítimas civis perto de Kiev até domingo e estavam investigando possíveis crimes de guerra em Bucha, uma descrição também usada pelo presidente francês Emmanuel Macron e, em referência à ofensiva mais ampla da Rússia, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A Reuters viu mais enterros improvisados ​​em outros lugares, mas não conseguiu verificar independentemente o número de mortos ou quem foi o responsável.

Na aldeia ou Motyzhyn a oeste de Kiev, seus repórteres viram três corpos em uma cova na floresta. Um assessor do Ministério do Interior da Ucrânia disse que as vítimas eram o líder da aldeia e sua família.

Zelenskiy usou o termo genocídio em diferentes momentos durante a guerra, condenando o que ele chama de intenção de eliminar a nação pelo colega russo Vladimir Putin, que questionou a história legítima e independente da Ucrânia em relação à Rússia.

Por Reuters

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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