A exaustão afeta quase toda a sociedade moderna e, diferentemente de outros problemas sociais, acontece de forma democrática. O “novo normal” impõe rotinas complexas que ultrapassam o simples cansaço. Com o estado de pandemia, acabaram-se os tempos de lazer ao ar livre. A rotina de trabalho invadiu a vida pessoal, tornando os momentos de descanso e diversão cada vez mais escassos. Todo este contexto foi tema no primeiro episódio da terceira temporada do podcast Somos Newa, conduzido pela socióloga, CEO e fundadora da Newa, Carine Roos.
“Muitas pessoas traçam a vida, suas rotinas diárias pessoais e profissionais, como se fosse um eterno checklist, e quando algo não sai como esperado, elas se torturam. E isso não pode se tornar comum” .
diz Carine Roos
A exaustão pode estar associada ao fato de estarmos sempre resolvendo muitas coisas ao mesmo tempo e a autopunição que muitas fazemos em nós mesmos por não conseguir cumprir aquilo que tínhamos como meta. “Sem tempo livres, sem descanso, sem freios para que possamos seguir com outros pontos da vida. Apesar disso, existem empresas que já criaram meios de fazer com que o funcionário se desligue do trabalho fora do horário de expediente. Em contrapartida, há pessoas que se punem por não estarem sendo produtivas o suficiente”, conta a CEO.
Para Alexandre Coimbra Amaral, convidado do episódio, “o descanso é parte da beleza da vida, sabores que só iremos perceber se estivermos aliviados”. Ele apontou que é preciso se desconectar das demandas do dia-a-dia ao final do expediente, a fim de evitar de promover um momento de descanso ao corpo e à mente. “É sobre sair do mundo do trabalho, dos problemas, e se conectar com a natureza, ou algo que goste, algo que não vai sobrecarregar a cabeça. Existe um momento em que o corpo fala, o corpo para e é preciso se desconectar, pois o corpo adoece, ele começa a pedir ajuda, pois ele chegou no seu limite”, explica.
Ao longo de toda a terceira temporada, o podcast Somos Newa abordará temáticas relacionadas à saúde mental e ao ambiente de trabalho. Estão previstos ainda debates sobre Equilíbrio Emocional, Saúde Mental e Luto, Trabalho e Exaustão Materna, Compaixão nas Organizações, Burnout, Depressão e Ansiedade, entre outros.
“Nosso objetivo é abordar esses temas a partir da ótica de gênero, raça, classe social e outras interseccionalidades. Queremos compartilhar experiências e vivências, visando acender esse alerta para as organizações sobre a importância de ambientes de trabalho saudáveis, que respeitem a saúde mental dos trabalhadores”, finaliza Carine Roos.
Fonte: Conteúdo de responsabilidade de Gabriela Porto Alegre
