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Fashion

Morre o estilista espanhol Paco Rabanne, aos 88 anos

Sucesso na perfumaria, o designer também ficou conhecido por peças de vestuário com estética "espacial" e metalizada

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O estilista Paco Rabanne morreu, nesta sexta-feira (3/2), aos 88 anos, em Portsall, na França. A informação foi divulgada em comunicado oficial pela grife homônima fundada pelo designer. A causa do falecimento não foi revelada. Sucesso na perfumaria, o espanhol também ficou consagrado por peças de vestuário com estética “espacial” e metalizada.

Ao anunciar o falecimento, a casa Paco Rabanne prestou homenagem ao fundador. “Entre as figuras da moda mais seminais do século 20, seu legado permanecerá uma constante fonte de inspiração. Somos gratos a Monsieur Rabanne por estabelecer nossa herança de vanguarda e definir um futuro de possibilidades ilimitadas.”

Francisco Rabaneda Cuervo, mais conhecido como Paco Rabanne, nasceu na província de Guipúscoa, na região do País Basco, na Espanha, em 1934. Contudo, aos 17 anos, mudou-se para Paris, na França, onde estudou arquitetura durante 10 anos na Escola Nacional de Belas Artes. O exílio na França foi devido à Guerra Civil Espanhola.

Jovem, ele se enveredou para a moda de forma natural. A mãe era costureira do estilista Cristóbal Balenciaga, também espanhol, de quem Paco Rabanne virou aprendiz. Ganhou o apelido de “enfant terrible” (criança terrível, em tradução livre. O termo em francês é usado para crianças atrevidas.

No início da carreira, criava joias para nomes como Givenchy e Dior. Como designer, fundou a própria marca em 1966 e também se tornou um dos maiores nomes da perfumaria.

Ele também era entusiasta do esoterismo. Ao longo dos anos, escreveu livros sobre a filosofia e ficou conhecido como especialista em bolas de cristal. A curiosidade por materiais inusitados também permeou o trabalho no mundo fashion.

Legado de Paco Rabanne

Na primeira coleção, o artista já mostrou ao que veio. Intitulada 12 Vestidos Não Usáveis em Materiais Contemporâneos, tinha o plástico como principal matéria-prima. Foi assim que o estilista chegou à estética inconfundível e marcante: a de formas geométricas em tons metalizados.

Virou desejo absoluto – e seguiu conquistando, a cada geração, novos fãs – com saias, vestidos e bolsas em prata e dourado, também com correntes, que tinham esse visual noturno. Criou e definiu, então, a estética “balada chique”, código que rege a marca até atualmente.

Comprimentos mini, materiais metalizados e correntes definem a estética da Paco Rabanne desde sua fundação. Acima, desfile de 1968/Keystone/Getty Images
Apesar da primeira coleção ter tido o plástico como matéria-prima, o estilista se aventurou pelo metal, papel, botões e peles/DANIEL SIMON/Gamma-Rapho via Getty Images

Em 1969, o espanhol lançou a primeira fragrância. O perfume Calandre, criado para o público feminino, é vendido até hoje. No portfólio, possui outros hits de venda do universo da perfumaria: o 1 Million e o Invictus.

Paco Rabanne se afastou da própria marca em 1999. Foi visto publicamente pela última vez em 2014, quando o grupo de perfumaria Puig, que detém a empresa, celebrou um século de fundação.

Desde 2013, o francês Julien Dossena comanda a direção criativa da marca. Ex-pupilo de Nicolas Ghesquière na Balenciaga, ele colocou a etiqueta Paco Rabanne de volta no radar fashion. Artistas como Elle Fanning, Taylor Swift e a brasileira Manu Gavassi são clientes da atualidade.

Luto na moda

Após a notícia da morte de Paco Rabbane, personalidades lamentam e reconhecem o legado do designer espanhol. Nas redes sociais, fãs e admiradores prestam condolências.

“Estou profundamente triste com a morte do Sr. Paco Rabanne”, disse Marc Puig, presidente e CEO da companhia Puig. “Adeus, Paco Rabanne, que deu forma à era espacial”, escreveu Vanessa Friedman, diretora e crítica de moda do New York Times.

Por Metropoles

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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