O primeiro-ministro israelense Naftali Bennett condenou nesta terça-feira (05) o assassinato de civis documentado na cidade ucraniana de Bucha, mas não chegou a acusar as forças russas de responsabilidade.
Israel foi contido em suas críticas à Rússia durante a crise na Ucrânia, citando os esforços de Bennett para mediar a paz. Israel também quer manter os canais abertos para os militares russos na Síria, onde frequentemente organiza ataques aéreos contra ativos iranianos.
“Estamos chocados com as terríveis visões em Bucha – cenas horríveis – e as condenamos. O sofrimento dos cidadãos ucranianos é imenso e estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar”, disse Bennett durante uma entrevista coletiva na televisão.
A descoberta dos civis mortos, muitos deles presos, após a retirada das forças russas da cidade provocou um clamor global. Kiev os considerou evidência de genocídio. Moscou negou a responsabilidade e acusou a Ucrânia de tentar difamá-la.
Bucha abriu brechas dentro da coalizão multipartidária de Bennett. Um ministro liberal descreveu os assassinatos como um crime de guerra russo, enquanto outro parceiro de direita sugeriu que as contra-acusações da Rússia deveriam ser atendidas.
Por Reuters
