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Europa

Mariupol relata mais de 5 mil vidas civis perdidas

No 43º dia da guerra, prefeito da cidade portuária afirma que tropas russas tentam encobrir seus rastros utilizando crematórios móveis. Defesa britânica diz que situação na cidade se deteriora cada vez mais.

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O prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, disse na quarta-feira (06/04) que mais de 5 mil civis foram mortos durante o cerco à cidade portuária por tropas russas no mês passado, entre elas 210 crianças.

Boichenko acrescentou que mais de 90% da infraestrutura da cidade foram destruídos pelos bombardeios russos e que as forças russas também atacaram hospitais, incluindo um onde 50 pessoas morreram queimadas. As informações não puderam ser checadas de forma independente pela DW.

O 42º dia da guerra na Ucrânia também foi marcado por novas sanções dos EUA à Rússia, incluindo as filhas de Vladimir Putin, por um discurso do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ao Parlamento da Irlanda e pela imagem do papa Francisco beijando uma bandeira proveniente de Bucha.

Crematórios móveis 

Boichenko disse que as tropas russas “estão tentando encobrir o seu rasto” de destruição e começaram a utilizar crematórios móveis para fazer desaparecer os “vestígios dos seus crimes” na cidade.

Numa mensagem publicada no Telegram, Boichenko afirmou que, “após o genocídio generalizado cometido em Bucha, os principais líderes da Rússia ordenaram a destruição de qualquer evidência dos crimes cometidos pelo seu exército em Mariupol”. 

“Há uma semana, algumas estimativas cautelosas indicavam 5 mil mortos [em Mariupol]. Mas, dado o tamanho da cidade, a destruição catastrófica, a duração do bloqueio e a resistência feroz, dezenas de milhares de civis de Mariupol podem ter sido vítimas dos ocupantes russos”, escreveu.

Também nesta quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que a Rússia está bloqueando o acesso humanitário a Mariupol porque quer esconder evidências de “milhares de pessoas mortas”.

“Eles não poderão esconder tudo isso e enterrar todos esses ucranianos que morreram e estão feridos. É um número muito grande, são milhares de pessoas, é impossível esconder”, afirmou.

Há semanas, dezenas de milhares de moradores de Mariupol enfrentam falta de água, energia, aquecimento, alimento e medicamentos, além de conviverem com constantes bombardeios e ataques de tropas russas. As cenas de um bombardeio a uma maternidade e de um ataque a um teatro que servia como abrigo chocaram o mundo. 

As autoridades de defesa britânicas disseram nesta quarta-feira que a situação na cidade está se deteriorando cada vez mais e que cerca de 160 mil pessoas permaneceram presas em Mariupol, que tinha 430 mil habitantes antes da guerra.

Por DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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