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Artigos

O sofrimento pode ser a chave para o seu sucesso

"Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se." - Viktor Frankl

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Em nossas vidas, uns estão em busca de conforto e dinheiro; outros, de felicidade e paz; tantos outros, de prazeres… alguns, em um momento ou outro, encontram; outros, não. Contudo, algo que todos invariavelmente buscam, acredito eu, é o sentido da vida, aspecto que não, necessariamente, possui uma forma, um modelo ou um caminho, mas que deve ser criado por você mesmo, pois a vida é sua e você está no direito de vivê-la em sua plenitude ou arruiná-la como desejar.

Viktor Frankl, professor de psiquiatria e neurologia, é fundador da Logoterapia, muitas vezes chamada de “terceira escola vienense de psicoterapia”, sendo as duas primeiras a da Psicanálise de Freud e a da Psicologia Individual de Adler. Ele publicou 32 livros e a sua obra que inspira este texto se chama Em Busca de Sentido que constitui a porta de entrada para a sua terapia. Nela, Frankl descreve como sentiu e observou a si mesmo e as demais pessoas e seu comportamento na situação-limite do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, onde foi prisioneiro. 

Frankl distingue diferentes formas de neurose e atribui algumas delas à incapacidade de encontrar um sentido e um senso de responsabilidade na existência. Segundo ele, a vida é sofrimento e sobreviver é encontrar sentido na dor. Se há, de algum modo, um propósito na vida, deve havê-lo também na dor e na morte. Como dizia Nietzsche, quem tem por que viver, pode suportar quase qualquer como. Na obra, ele busca responder a seguinte questão: De que modo se refletia na mente do prisioneiro médio a vida cotidiana do campo de concentração? 

Na parte I, Frankl discorre sobre o processo de chegada ao campo, as primeiras reações e a vida em aspectos como os sonhos dos prisioneiros, fome, sexualidade, ausência de sentimentos, arte, solidão, irritabilidade entre vários outros. Na parte II, escreve sobre os conceitos fundamentais e técnicas da logoterapia em aspectos como o vazio e frustração existencial, sentido da vida, do amor, do sofrimento entre outros.

Em uma passagem, afirma que somente quem viveu em um campo de concentração consegue perceber a radical insignificância a que se reduz o valor da vida do individuo lá internado, perdendo toda a sensibilidade do ser, transformando-se em um joguete do destino. Frankl explica que a realidade em que se encontra, seduz a pessoa a entregar os pontos completamente abandonando a si mesma, mas pontua que essas pessoas, assim como muitos de nós, esquecem-se de que uma situação exterior extremamente difícil é a oportunidade de ela crescer interiormente para além de si mesma. Acrescenta que, naturalmente, são poucas as pessoas com tal habilidade de ressignificarem suas vidas encontrando um sentido. 

Da mesma maneira que uma pessoa descobre que a vida lhe impõe um grande sofrimento, deve saber que ele é uma tarefa exclusivamente sua, única e original, não podendo ninguém o assumir, cabendo-lhe buscar um sentido nele e superá-lo. A partir daí, Frankl começa a descrever as maneiras pelas quais um indivíduo pode encontrar o sentido em sua vida, citando o exemplo de dois homens que haviam manifestado intenção de suicídio, mas que um deles possuía um filho lá fora que o esperava e o outro, uma série de livros ainda não publicada. Tais tarefas eram de sua exclusividade e passavam a ser os sentidos de suas vidas; uma no amor e outra, no trabalho. 

O termo logos é uma palavra grega e significa sentido. Assim, a terapia de Frankl concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por esse sentido. Para a Logoterapia, a busca de sentido é a principal força motivadora no ser humano, sendo sua motivação primária. Esse sentido é exclusivo e específico e somente pode ser cumprido por aquela determinada pessoa. A Logoterapia busca criar no paciente uma consciência plena de sua própria responsabilidade em cumprir a sua tarefa nesta vida, a qual não pode ser executada e nem delegada a outro. 

De acordo com Frankl, podemos descobrir o sentido da vida de 3 diferentes formas. A primeira é criar um trabalho ou praticar um ato, ou seja, encontrar o sentido da vida no trabalho ou se voluntariar a uma causa; a segunda é experimentar algo como a bondade, a verdade e a beleza por meio da natureza e da cultura ou encontrar alguém para amar, como um familiar ou uma outra pessoa e a terceira é sofrer e encontrar uma oportunidade no sofrimento para ressignificar a sua vida. 

A Logoterapia como técnica diz que a angústia é a mãe do evento, ou seja, o fato de você antecipar uma ansiedade, por exemplo, faz com que aquilo em que você está pensando, realmente aconteça. Como exemplo, Frankl cita o caso de um jovem médico que possuía um grande medo de transpirar, portanto, sempre que esperava uma emissão de suor, sua ansiedade antecipatória já era suficiente para precipitar a transpiração excessiva. Então, Frankl aconselhou o jovem a mostrar às pessoas o quanto ele conseguia suar, dizendo-lhes veja, antes eu só conseguia suar um litro, mas agora vou despejar dez litros. Isso fez com que ele desviasse seu pensamento do problema, superando-o. Vejamos mais um exemplo… quando você se deita para dormir e fica pensando preciso dormir, pois amanhã tenho que despertar cedo,automaticamente começa a ficar ansioso e não dorme, para tanto, Frankl recomenda tentar fazer o contrário que é buscar ficar acordado, assim você desvia o pensamento do problema e logo adormece, sendo esse o chamado desejo paradoxal. 

Assim, Logoterapia baseia sua técnica denominada “intenção paradoxal” no fato duplo de que o medo produz aquilo de que temos medo e de que a intenção excessiva impossibilita o que desejamos. Dessa forma, preocupe-se com o sentido potencial inerente e latente em cada situação que você enfrenta na vida, use-o a seu favor buscando um sentido para sua vida enfrentando seus medos por meio da intenção paradoxal. 

Eu, quem lhes escreve, encontrei o sentido da vida no trabalho, pois acredito que os meus textos, como este, e o meu primeiro livro que será publicado em breve são a força motriz que me faz acordar cedo todos os dias, ler, analisar e me sentar para escrever o que compreendi buscando, por meio dos textos, ajudar as pessoas da mesma forma que os livros me ajudam a acreditar em mim, no meu trabalho e a seguir em frente com garra e perseverança, desenvolvendo a consciência do meu ser-responsável pela obra que somente eu posso executar neste mundo, não podendo ser delegada a mais ninguém. Muitos dos meus medos, busco enfrentar por meio da supracitada intenção paradoxal, técnica que tem me ajudado a batalhar pelos meus sonhos concentrando-me naquilo em que faço com maestria passando por cima das minhas dificuldades. 

Você também encontra e outros textos em meu site pessoal 

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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