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Viagem & Turismo

Milena Tressi, estudante erechinense, realiza uma inesquecível viagem de estudos ao Canadá

Durante um mês, Milena estudou inglês, conheceu pessoas de várias partes do mundo e viveu momentos formidáveis no gelado país da América do Norte

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As viagens de estudo a outros países, popularmente conhecidas como intercâmbio, são um sonho de muitas pessoas, principalmente entre os adolescentes que estão em período escolar. Por meio desse estilo de viagem, os estudantes costumam ter uma imersão total na cultura do país em que estão realizando a experiência, por meio da língua, culinária, passeios, entre outras atividades.

Com esse sonho, a erechinense Milena Tressi, de 16 anos, filha de Clair Inês Tressi e Valmir Antônio Tressi, partiu para o Canadá no último mês de janeiro para realizar o grande desejo de viver uma experiência que mudaria sua vida. Baseada em Toronto, a maior cidade do país, a estudante passou um tempo inesquecível que a transformou, deixando de ser a Milena que era antes do Canadá, para uma nova Milena pós-Canadá.

O Canadá não só superou minhas expectativas, como me ensinou coisas que a vida cotidiana não me ensinaria de uma forma tão leve. Me fez abrir a mente para coisas necessárias e eu digo que, conhecendo o Canadá, eu não conheci só o país, como me descobri também. Às vezes temos dúvidas tão cruéis e lá eu me reconstruí, uma parte de mim mais forte e decidida. ”

Imagem: Arquivo Pessoal/Milena Tressi

Milena concedeu uma entrevista ao Roda de Cuia falando tudo sobre sua viagem, desde as expectativas, estudos, passeios, imersão cultural e à transformação que essa experiência lhe proporcionou.

Roda de Cuia: Como surgiu o sonho de fazer uma viagem de estudos ao Canadá? Por que você escolheu esse país? Em qual cidade você estudou?

Milena: Eu não sei exatamente o dia, mas há tempos sonhava em conhecer a neve, mesmo odiando o inverno desde pequena. Eu vi que o Canadá seria o lugar que me tiraria da minha zona de conforto e que eu poderia me encontrar novamente em meio a quase 3 milhões de habitantes de uma cidade cosmopolita. Toronto foi a cidade escolhida por ser a maior cidade do país, mas acho que o que mais me chama atenção nela mesmo é a diversificação de culturas e nacionalidades, os bairros e pontos turísticos para serem explorados. E foi na cidade de Toronto que realizei meus estudos, minhas descobertas e meu sonho.

Como a própria Milena diz, a sua viagem lhe tiraria da sua zona de conforto, colocando-a dentro de um país totalmente diferente do Brasil, em todos os quesitos, o que demanda certa resiliência para enfrentar o desconhecido, como continua a estudante. 

Eu poderia vir aqui e falar que foi fácil a adaptação, mas eu estaria mentindo. Nas primeiras aulas, por conta da dificuldade de entender inglês, tive conversas curtas, mas com o tempo eu descobri que foi a melhor escolha que já fiz. Conhecer pessoas de culturas e línguas diferentes ficou mágico e interessante, principalmente falar sobre o Brasil e todos ficarem chocados com o quanto onde eu moro é incrível também. As aulas sempre foram de muita conversa sobre nós mesmos e nossas opiniões e, de vez em quando, com atividades que nos proporcionaram grupos e estudo do inglês.

Imagem: Arquivo Pessoal/Milena Tressi

Uma das experiências mais memoráveis que a Milena carregará consigo é o fato de haver conhecido pessoas do mundo inteiro e, com elas, trocar conhecimento e fazer amizades, conforme explica abaixo.

Conhecer lugares e pessoas foi o que completou minha viagem para ser inesquecível. Eu estava com pessoas do mundo inteiro e do Brasil inteiro também que me faziam bem, que tiravam altas risadas e deixavam o lugar em que eu estava conhecendo, cada vez melhor. Cada estação, cada esquina, cada shopping, ficará gravado na minha memória para o todo sempre. Foi algo inesperado sair de metrôs subterrâneos e dar de cara com paisagens cheias de neve, prédios inteiros com as luzes ligadas, pessoas com cafés nas mãos e monumentos gigantescos cheios de cor. Acho que não tem um porquê de isso ser a minha coisa favorita da viagem, apenas sentindo você sabe que aquele lugar é para você. ”

Roda de Cuia: Qual foi parte mais difícil nesta viagem? Como você lidou com isso?

Milena: Sem sombras de dúvidas, ir para outro país com o mínimo de inglês foi difícil. Sempre com muita calma e me esforçando, fui evoluindo cada dia mais e, quando vi, o medo gigantesco que eu tinha, não existia mais.

A estudante está convicta de que esquiar foi o mais sensacional momento da viagem, o qual também lhe trouxe memórias de filmes que assistira. O desafio de colocar a vestimenta apropriada, ouvir as instruções e disparar colina abaixo, foi uma realização.

Esquiar é uma daquelas experiências que você vive uma vez e te marca para o resto da vida, sabe? O dia que me deparei com uma “montanha”, jovens e crianças descendo em cima de pares de esqui, eu senti que estava realizando um dos maiores sonhos já tidos. Além de me sentir em um filme. Depois de esquiar, comemos hambúrguer com batata frita em um chalé de inverno.

Imagem: Arquivo Pessoal/Milena Tressi

Umas das maiores dificuldades que encontramos ao visitar um país, pode ser a culinária que varia entre temperos fortes, alimentos diferentes e novos sabores pelos quais nos apaixonamos. Milena conta que sofreu bastante com a comida picante do Canadá.

Roda de Cuia: Do que você mais sentiu falta do Brasil neste período em que esteve no Canadá?

Milena: A comida, COM CERTEZA. Por não ser acostumada com temperos fortes, digo que sofri horrores com pimentas e molhos. Também, por certas coisas serem muito industrializadas e nada ser saudável realmente (nem a salada). Mas os doces, ao contrário, eram muito bons!

Roda de Cuia: Você recomenda viagem de estudos aos adolescentes de sua idade considerando sua experiência? Por quê?

Imagem: Arquivo Pessoal/Milena Tressi

Milena: De fato, todos os jovens que eu conheço deveriam ter a experiência de conhecer outro país e viver sozinhos por pelo menos um mês. É algo encantador. Você pode tomar decisões pelas quais o único responsável é você mesmo. Vai dar saudade e é realmente bom chegar em casa depois, mas voltar com histórias e tanta coisa para contar, é mais reconfortante ainda.

Assim como a maioria das pessoas relata, uma viagem internacional, seja ela qual for, pode transformar a sua vida mudando a sua maneira de ver o mundo, ensinando-lhe que o diferente também é correto. Além disso, mostra-nos que, em essência, o ser humano é igual em qualquer lugar, o que o diferencia é a sua cultura, forma de viver e de se relacionar.

“Por fim, quero deixar claro que encontrei uma parte do meu coração que eu jamais imaginaria ter encontrado numa cidade. Em ruas, ônibus, amizades para a vida, pontos turísticos, lojas e comidas, porque por mais que sejam péssimas, marcaram muito. Quem diria que uma viagem de mais de 8 mil km pudesse mudar tanto uma pessoa.

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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